Aqui você poderá encontrar muito de mim e espero com isso revelar o que ainda não sabe sobre você. Calma, aqui não será um espaço esotérico. Mas, acredito que no contato com o outro/a descobrimos quem verdadeiramente somos. Sinta-se a vontade em viajar comigo nesses escritos e saiba que o conhecimento é um processo, é uma construção, em que todos/as nós fazemos parte das diversas etapas de sua edificação. Participe desta aventura, venha pescar comigo nesse grande mar que é a vida, onde costuraremos histórias e reflexões acerca dos nossos sentimentos, pensamentos e das coisas da vida, as coisas do dia-a-dia que nos rodeiam.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Costura Explicativa 3 - Segunda-feira - Dia de Costura Musicada

Na segunda-feira, contaremos com os comentários do Pescador sobre as Costuras Musicadas, as canções que o marcaram e que nos levam a viajar pelo universo dos sentimentos e reflexões sobre nossas vidas. Nas costuras musicadas, somos apresentados a compositores, intérpretes e a uma análise sobre a canção e da relação que o pescador estabeleceu com ela. A proposta é além de apresentar uma costura musicada é que esta possa nos acompanhar durante a semana.

Levando em consideração a temática da segunda-feira, resolvi recuperar uma costura que trata deste item, intitulada Aleatoriedade, que mais parece uma Costura Explicativa, por isso cabe sua publicação aqui.

Aleatoriedade (parte 1)
Ontem, ao visitar meu canal no youtube resolvi revisar algumas coisas, layout, foto de capa e sua descrição, então alinhavei algumas palavras e acabei omitindo algumas coisas, mas que vou contar aqui, não é nada de grave ou que cause algum movimento de manifestação por tal omissão. Contei que que inicialmente o meu canal no youtube surgiu para publicação de costuras musicadas, mas na verdade ele surgiu antes. O criei para postar um vídeo de declaração de amor, mas que acabei por não postar e o canal foi criado.

Um tempo depois, com a reformulação do meu blog o “Costuras e Pescarias”, aí sim resolvi usar o canal, para postar as costuras musicadas de tantos costureiros e costureiras que cantam costuras da vida e dos sentimentos humanos, que eu publicaria no Blog do Pescador, fiz uma abertura para introduzir todos os vídeos, mas que acabou ficando apenas nas primeiras publicações.

Ao estabelcer esta dinâmica de postagem costurei as seguintes palavras para compor a parte de introdução/abertura dos vídeos: “Costuras musicadas inspiram poetas, transformam almas e tornam a vida mais bela”. Chamo assim as canções por considerar que cada verso que compõe uma canção é retalho de uma trama de palavras costuradas por tantos seres sensíveis que conseguem alinhavar tantos detalhes e coisas simples da vida que muitos não conseguem perceber, assim como os sentimentos humanos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Costura Musicada - Fiz uma canção pra ela (Galldino & F. Anitelli)

Já faz um tempo que o atelier do pescador está sem atualização, ao menos de postagem. Hoje, resolvi retomar as publicações e elegi como tema para esta semana “Ela”, isso mesmo: “Ela”. Alguém pode se perguntar: "quem é Ela?”, mas essa pergunta não cabe aqui. Pois, “Ela” é uma generalização de muitas coisas, muitas possibilidades. Eu não sei exatamente no que resultará essa temática, mas acredito que ela nos permitirá viajar ainda mais nas possibilidades reflexivas, inventivas e criacionistas que possuímos. Ainda mais ao começar a semana com a Costura Musicada Eu fiz uma canção pra ela, canção fruto de uma bela e perfeita parceria entre Galldino* e Fernando Anitelli.

Galldino é violinista, cantor, compositor e autodidata, baiano, nascido em uma família de 9 irmão, aprendeu a tocar violão sozinho, após inúmeras incorporações do Homem Aranha, que lhe valeu muito para ser o que é hoje. Depois surgiu o violino, não como escolha, mas como a única opção restante, pois queria tocar clarinete. Depois, envereda rumo a São Paulo, onde por suas andanças culturais encontra Fernando Anitelli. 

“Mas antes da internet ser esse fenômeno global, na minha busca por levar as canções aos ouvidos, encontrei num sarau, há mais de dez anos, um cara com uns tiques esquisitos e talento cancionista. Fernando Anitelli.” Este último, vamos dispensar os comentários, não por ser o grande astro que é, mas por eu já ter postado sua apresentação neste atelier.

E antes de passarmos às palavras sobre nossa costura musicada, quero ressaltar que Galldino é aquele tipo de artística, claro que com todas sua singularidade, que consegue mesclar letras fabulosas com arranjos magníficos, um processo que não poderia resultar em efeito diferente que não seja o sucesso, irrompendo com os enquadramentos formatados das grandes produções artísticos/culturais através da valorização do artista independente e vanguardista. Talvez por isso, permanecer com a Trupe d'O Teatro Mágico, desde o seu início, que traz a defesa do livre compartilhamento de arquivos musicais via internet e flexibilização do direito autoral, que conta com adesão de artistas e músicos preocupados com a questão da censura na web. Assim, Galldino nos presenteia com a livre disposição de suas canções via web fazendo com que suas belas costuras musicadas viajem, Ao infinito... E além!
    
Sobre a Costura Musicada: Eu fiz uma canção pra ela – canção bela e profunda que traz elementos fortes e que muito valorizo, através de uma harmoniosa costura de palavras, significados e som/melodia, que suavizam os sentidos fortes dos versos. 

Afinal, vindo de uma pareceria entre Galdino e Anitelli, mestres das construções metafóricas, paranomásicas e exímios esteticistas musicais, não era de se esperar outra coisa. Já é sabido de quem acompanha este atelier que costumo postar as costuras musicadas que falam das coisas que penso, acredito, valorizo e até que sinto. E esta costura musicada de hoje conseguiu articular todos esses atributos, além de trazer esse tom misterioso, enigmático, coisa que dizem que sou, então além de falar por mim, a canção fala de mim. É incrível como certas costuras musicadas falam por nós, falam de nós.

Assim, deixo que você possa apreciar esta bela costura musicada e faça a sua vivência, de tão bela costura. E deixo meus destaques no que vi, li e senti: a beleza da cumplicidade realizada através da canção; o desejo de acalentar a alma que os corpos distanciam; a valorização da singularidade do outro, que na sua história e valores se igualam a nós; os sentimentos que nos fazem sentir frio e desejarmos sermos aquecidos; a vida em espera, o cultivo da paciência; defesa da liberdade e amor às suas consequências; o desejo de ir além e enfrentar os limites que nos impedem de sermos felizes; e em tudo ser fiel à felicidade e guardar a força e estar sempre a postos para colocar a história de ser feliz(juntos) ao seu devido lugar.
Paro por aqui, deguste e me diga qual sabor encontrou.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Costura Musicada - Pra não dizer que não falei das flores (Geraldo Vandré)


A costura musicada de hoje é Pra não dizer que não falei das flores (Caminhada) do Grande Artista da Caminhada Geraldo Vandré, cantor, compositor e violonista e co-autor da costura musicada da semana passada, inteiramente relacionada com a costura de hoje. Geraldo Pedroso de Araújo Dias, conhecido como Geraldo Vandré, nome artístico, usava este nome que era a abreviatura do sobrenome de seu pai, José Vandregísilo. Vandré, nasceu aos 12 dias de setembro de 1935 na cidade de João Pessoa/PE. 

Foi e é uma das figuras mais célebres da música popular brasileira e costureiro de canções que se tornaram hinos de resistência contra ditadura militar, em especial nossa costura musicada de hoje. Por suas composições foi obrigado a exilar-se em 1968, mesmo ano em que costurou Pra dizer que não falei das flores. Pois sua costura musicada foi interpretada pela censura como uma chamada a luta armada contra os ditadores, em especial o retalho que versa assim: "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer", um dos meus favoritos.

Antes de partir para o exílio, refugiou-se na fazenda de  Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, esposa de Guimarães Rosa, que falecera no ano anterior. Partiu para o Chile e, de lá, para a Alemanha e França. Reside até os dias de hoje, em São Paulo, onde ainda compõe e está elaborando seus novos projetos: “gravar um disco no exterior, num país de língua espanhola. Quero gravar num país de música espanhola, com músicos de lá. Minha prioridade comercial é esta”

Refugiado dos holofotes midiáticos, há quem fale de sua insanidade, pois percebe-se em seu semblante um ar enigmático de que nem tudo que pensa consegue sair em palavras de sua boca ou  possa dizer, talvez traga esse ar pelas torturas sofridas na ditadura militar e possível retaliação após voltar do exílio em 1973. Mas, ele mesmo diz que não foi torturado ou mesmo obrigado a fazer declaração contra a sua vontade (“Queriam que eu fizesse uma declaração. Não me lembro o que foi que disse. Mas eu disse coisas que poderia dizer. O que eu disse era verdade. Não disse nada que não tenha querido dizer”), mas como saber de fato. Pois na mesma entrevista da qual retiramos os trechos que citamos, ele diz: “Estou exilado até hoje. Ainda não voltei. Eu estou exilado e afastado das atividades que eu tinha até 1968 no Brasil. Eu me afastei. Não retornei”. 

E me pergunto: o que de fato está por trás destas declarações? Em fim, são estes os dados que temos e talvez nunca saibamos os reais motivos que retiraram Geraldo Vandré de nós.

Sobre a Costura Musicada: Pra não dizer que não falei das flores – essa costura de hoje, é uma daquelas que me inquietam a alma, por sua melodia, seus versos e o quão ela transcende o status de canção, parece mais uma oração, um mantra motivador. Talvez um tratado da inconformidade. Não lembro quando a escutei pela primeira vez, mas sei que ela sempre mexeu comigo e o trecho que a censura interpretou como um chamada para a luta armada, sempre me impulsionou a não desistir da luta, "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer". Um dos mantras que mais cantei em minha militância.  Creio que sua profundidade e importância em minha militância se deem, por trazer à luta, elementos que tanto valorizo como a canção, que representa a presença e importância da poesia nas lutas revolucionárias, muito esquecida nas atuais manifestações que marcham na defesa e efetivação de direitos para todos.

Destaco a atualidade desta costura, pois narra uma realidade presente me nossas lutas, que braços dados ou não, somos iguais, e que essa igualdade deve prevalecer. Pois, quando somos nós os que sofrem, ao invés de procurarmos aquilo que nos divide e enfraquecer o cordão, devemos procurar o que nos unifica para fortalecer a luta. E assim, não caminharmos mais indeciso como dita a canção, mas certos de querermos mudar a nação.

Essa canção de 1968, ao tempo que é uma análise da sociedade daquela época é um prenúncio do que ainda vivemos hoje. E que podemos constatar nas manifestações que, estes dias, tomaram as ruas do país. O povo nas ruas, acuados, violentados pelas as armas da repressão e mesmo assim, ainda trazem as flores nas mãos, pois acreditam na sua força de transformação.  Nos quartéis a lição ainda é mesma: viver sem ração. E povo mostra que aprenderam a nova lição: que “Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer”. Lição que em minha juventude sempre me impulsionou a ir para as ruas e fazer a transformação social, ainda enquanto jovem. Pois, logo estaria em outra condição, que não a juvenil, como estou. Mas, ressalto que não esqueci e ainda sigo esta lição, por isso ainda estou a fortalecer o não mais indeciso cordão, composto pelas mais diferentes lutas que se unem numa mesma reivindicação – um país melhor para tod@s.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Costura Musicada - Canção da Despedida (Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré)



Após uma semana do encontro com a Cúmplice Renata Requena e outros companheiros e companheiras, a Costura Musicada que grita em mim desde que voltei de Curitiba é Canção da Despedida, de co-autoria de Geralva Azevedo e Geraldo Vandré, que aqui será postada no timbre nordestino, do compositor, cantor, violonista e autodidata Geraldo Azevedo*. Ele nasceu aos 11 dias de janeiro de 1945 na cidade de Petrolina/Pernambuco, que margeia o velho chico (rio), fonte de inspiração. Na costura musicada O Ciúme, canta esta relação com sua terra natal e o velho chico. Tocava violão desde os 12, mas foi em Recife que iniciou sua carreira musical aos 18 anos, quando mudou-se para essa cidade com o intuito de estudar e lá juntou-se ao Grupo Folclórico Construção, onde conhceu Teca Calazans e Naná Vasconcelos.

Foi a partir deste grupo que Geraldo Azevedo ficou conhecido por Eliana Pittiman, que o levou como músico acompanhante ao Rio de Janeiro onde  se tornou conhecido  como compositor e instrumentista versátil; em seguida juntou-se a Naná Vasconcelos, Nelson  ngelo e Franklin para formar o QUARTETO LIVRE, grupo que acompanhou Geraldo Vandré em seus shows até a época em que, devido a  problemas políticos com o governo militar, Vandré teve que deixar o país e o grupo se dissolveu.

Logo em seguida, GERALDO participou  com Alceu Valença (um antigo amigo de Pernambuco) de um festival de música onde defenderam a canção  “78 ROTAÇÕES”. Era o início de uma carreira que iria dar bons frutos, e que conduziu os artistas ao Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro em 1972 com “PAPAGAIO DO FUTURO”. Juntamente com o lendário cantor popular Jackson do Pandeiro, eles tiveram uma notável apresentação no Festival, e foram contratados pela Gravadora Copacabana; seu disco de estréia, “ALCEU VALENÇA  &  GERALDO AZEVEDO”, foi lançado no mesmo ano.

Sobre a Costura Musicada - Canção da Despedida: esta canção já me acompanha há tempos, e sempre que vivo, penso e sinto as confluências de sentimentos que envolvem a partida, esta canção me vem a mente. Creio que seja por trazer a resposta de uma pergunta que certa vez em um momento de despedida me fizeram, “o que se diz na hora de se despedir?”, como já costurado anteriormente, se diz: “até logo”. Pois, como a própria canção nos apresenta é confortante a certeza que vamos nos reencontrar, “já vou embora, mas sei que vou voltar”, do contrário sentiremos um eterno vazio preenchido pela falta que sentimos. O frio fica menos intenso (saudade menos dolorida), quando há a esperança do reencontro. 

E sabe de uma coisa? Quando mais cumplicidade existir, nem esperança haverá, pois não há esperança quando se tem a certeza, e esta canção me faz sentir isso. 

O frio mais intenso é aquele provocado por aquilo que vivemos e não se repetirá e pela partida de quem amamos que não voltará. 

Por mais difícil que seja, precisamos compreender a hora da partida, da despedida, que por algum motivo somos levados a vivermos, precisamos compreender “que a hora é deixar”, e que este momento não será superior ao amor que sentimos, que permanece em nós, amor que nos faz bem, amor que sempre ficará.  Sempre que me despeço, canto esta canção. E sempre que a ouço, trago presente cada momento, cada ser que ficou em algum lugar no tempo e agora habita em meu coração e em minhas lembranças, e desta forma está sempre presente aqui, em mim. 

Termino por aqui minha costura de hoje , e desejo que você tenha uma boa semana e que o frio (saudade), que por ventura venha sentir, ganhe novo significado em tua vida. 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Costura Musicada - Abraço de pai (Walmir Alencar)


A Costura Musicada que apresentamos hoje é Abraço de pai de Walmir Alencar, que é cantor e compositor católico e é possuidor de um timbre vocal que torna suas costuras musicadas mais belas ainda. Este costureiro destaca a música e a religião como suas duas grandes paixões. Walmir nasceu aos 29 dias de julho de 1967, na baixada paulista. Foi na cidade de São José dos Campos, onde ainda reside. Fez parte da banda católica Vida Reluz, com a qual gravou dois CDs onde além de vocalista, foi o compositor da maioria das costuras musicadas cantadas pela banda. Deixou a banda para seguir carreira solo, tendo gravações em português e espanhol.

Sobre a Costura Musicada – Abraço de pai: além de trazer a temática que escolhemos para essa semana, ela me recorda do tempo em que vivi na Comunidade Imaculada Conceição, onde pude desenvolver e aprofundar meu envolvimento com o espaço religioso. Não é esta canção que marca meu envolvimento adolescente com a religião, mas ela faz parte de uma lista extensa de costuras musicadas que me fazem recordar deste momento bom, que me impulsionou ir mais longe. A costura nos faz lembrar a parábola do filho pródigo que narra o reconhecimento do amor de Deus, o filho que reconhece a grandiosidade de amor do pai e decide voltar, mesmo após ter tido uma atitude decepcionante e, para muitos, imperdoável, mas não para Deus. 

A costura não fala exatamente do filho da parábola, mas de nossa busca por Deus e tudo que estamos dispostos a fazer para encontrá-Lo e que Ele está sempre a nos esperar e o gesto com que Ele nos espera. E apesar de já termos citado, nosso foco não falar da grandiosidade do amor de Deus, e sim queremos falar do gesto com que o Pai recebe o filho, Ele o acolhe em um abraço, lugar de proteção e de carinho. Por isso o abraço é o lugar onde sempre queremos estar quando a falta nos preenche ou a tristeza tenta nos consumir. Acolher o outro em um abraço é dizer, eu estou contigo, eu sou contigo, é dizer sem palavras, eu te entendo. É um gesto de amor. Antes e depois do beijo um abraço. Melhor pararmos por aqui e deixarmos que cada um/a possa costurar as suas próprias reflexões.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Unicamente Mulher

O que seria a minha vida sem elas?
O que seria da minha história sem elas?
Hoje não queria apenas homenagear,
Não queria apenas agradecer,
Mas, quero dizer, que de onde eu estiver,
E enquanto me restar o mínimo de força,
Colocarei meu ser em tua defesa Mulher,
Na defesa de tua luta e teus direitos,
Direito ser unicamente mulher
Nem maior, nem menor,
Apenas MULHER,
Pois, eu não cansarei em anunciar,
Que eu nada seria sem a teu ser,
Faço da tua luta, minha razão,
E em minha vida, em minha história,
Encontro a tua força e a tua beleza de ser Mulher,
São tantos exemplos e inspirações,
Minha gratidão será eterna,
Mulher! Algumas eu tive a graça de conviver,
Outras nunca saberão da minha existência,
E seja de perto ou de longe,
Eu as admiro e bendigo cada uma delas,
E eu lhes serei eternamente grato,
Mulher! Que ao seu modo me ajudou a crescer,
Crescer como homem e, me ajudou a ser forte,
Forte e sensível na luta diária que travamos para sermos HUMANOS.


One Woman "Uma Mulher"


Sobre a Costura Musicada - "Uma Mulher" (Uma Mulher): No último Dia Internacional da Mulher, dia 8 de Março, a Organização das Nações Unidas - ONU, lançou esta costura musicada, uma canção para a ONU Mulheres, que é uma celebração musical das mulheres no mundo, a canção ganha vida com a participação de mais de 20 artistas de diferentes nacionalidades. E este é o primeiro tema musical criado para uma organização das Nações Unidas. 

Pela beleza que esta costura musicada carrega e pela semana que estamos passando no Costuras e Pescarias e por considerar uma aproximação com o poema do pescador resolvemos postá-la nesta semana, mesmo não sendo hoje dia de costuras musicadas. E isso se faz também como forma de reforçar essa luta que apoiamos e defendemos e que a ONU Mulheres tem como elemento sustentador. 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Costura Musicada - Protagonismo Feminino (Graça Figueiredo)


Nesta semana o Costuras e Pescarias fará uma homenagem às mulheres, e iniciaremos a semana com a Costura Musicada Protagonismo Feminino de autoria e interpretação de uma mulher, a Instrumento Poético Maria das Graças Figueiredo da Silva Mendes*, ou unicamente Graça, para os mais chegados. Negra, surgiu para a vida nas terras quentes de Imperatriz/Maranhão aos 16 dias de fevereiro de 1981. Graça milita na defesa dos direitos da juventude e da mulher, e de maneira muito especial tem atuação junto a Pastoral da Juventude, na qual integra o grupo virtual intitulado Artistas da Caminhada que reúne artista do país inteiro comprometidos com as causas populares e de maneira especial com a juventude. Suas costuras musicadas carregam essa marca de luta e garantia dos direitos e vida digna para a juventude e para os empobrecidos/as.

Sobre a Costura Musicada – Protagonismo Feminino: quando ouvi pela primeira vez esta costura musicada algo que encantou foi o chamado feito a juventude para ver a força que cada mulher possui e que na força de ser mulher existe muito mais do que é conhecido e que é preciso reconhecer e valorizar a força que a mulher traz em seu ser, sua luta e sua história. Mas, desta vez, considerando o propósito de homenagear o ser mulher, o “Costuras e Pescarias” buscou saber da própria compositora os meandros desta costura musicada, assim nos calamos para ler o que costurou Graça sobre sua bela canção que apresentamos hoje, neste dia de costura musicada em que iniciarmos nossa semana dedicada as mulheres. 

O processo de composição da música “Protagonismo Feminino” se mistura um pouco com as motivações que existem num contexto pessoal, social, e grupal, desde a ampliação do meu lugar como mulher  no mundo, a sociedade, num contexto de eleição para presidência, e o processo de formação de animação aos grupos de jovens da Pastoral de Juventude, pela assessoria e pelas as atividades permanentes das pastorais de juventude.

O meu lugar no mundo começa com a retomada da minha história como mulher, do meu caminhar pelo mundo, do papel das mulheres na minha vida, do sinal de resistência que representam pra mim.  Depois, o processo desencadeado pelas eleições de 2010, nas quais duas mulheres eram as candidatas à presidência da república, das leituras provocadas na época e que passavam despercebidas na sociedade quando se fala das mulheres. Uma delas é a questão da moral, sempre quando se fala de mulher, a questão da moral vem em primeiro plano, seja para exaltá-la ou para rebaixá-la, questão vivida nas eleições, que me causou muita indignação e me despertou para escrever. Ver a vitória da Dilma foi inspirador, tanto que terminei a música no dia da posse dela, em Brasília.

Também sempre tive um olhar diferenciado para as mulheres da bíblia. Nunca gostei da visão na qual Maria é apenas aquela que guarda tudo no coração em silêncio, mas sim como uma Maria que Grita no Magnificat: “derrubou dos tronos os poderosos e exaltou os humildes”. (Lc. 1,52) Nessa Maria eu me inspiro, ela sempre me encantou assim como a presença de Miriam que canta: “Minha força e meu canto é o Senhor” (Javé é minha é minha força e meu canto, ele foi a minha salvação, Ex. 15, 2) sempre cantei esses cânticos com muita força. A força trazida dessas mulheres que diziam e falavam muito mais do que apenas uma voz forte, traziam a vida de um povo inteiro com elas. Essa presença de mulheres fortes, numa sociedade que não as reconhecia, me trazia à memória mulheres que esta sociedade não reconhece em situações diversas.

Mas esse olhar não veio do nada, um pouco se deve à formação humana que tive na casa das Irmãs Missionárias de Ação Paroquial,  e às leituras teológicas que já fiz, uma delas diz respeito às “sensibilidades teológicas”, que Sandro Gallazzi explicita nos seus escritos sobre estudos bíblicos, sensibilidades teológicas que Sandro se refere às mulheres, são elas que são capazes de revelar o Deus dos oprimidos porque falam da sua experiência. Sandro Gallazzi é um especialista bíblico que escreve sobre as mulheres na bíblia, ele e sua esposa Ana Maria Rizzante Gallazzi dizem muito bem dessas mulheres em vários escritos do CEBI (Centro de Estudos Bíblicos)

Como militante da PJ e assessorando muitos grupos de jovens percebia a militância dessas mulheres de luta, no dinamismo, na criatividade, nas lideranças pelo qual também muitas vezes estive junta e refletindo o tema do DNJ deste ano e imbuída da mística dessas mulheres no meu corpo, senti vontade de escrever sobre essas experiências. Por isso falo na letra não do que ainda nos falta conquistar e sim do que já temos e somos, porque reconheço um lugar na sociedade e sei desse lugar com as alegria e marcas que é ser Mulher. Por isso mesmo, até o ritmo entra nessa dinâmica para dizer de forma livre que temos um jeito de ser... que levamos a vida com garra, fé, coragem, beleza e isso é ser mulher, não precisa ser negado como “pecado”, como algo que sempre tem que ser redimido, nada disso.

Por isso, trouxe: Ester Susana e Judite, para dizer a certos grupos da sociedade, porque não dizer de certas religiões – que às vezes não dizem, mas explicitam que a mulher tem que negar a beleza para ser... sei lá o quê... –  que tudo isso é uma obra divina, dada pelo nosso criador e que não deve ser negado, pelo contrário, deve ser valorizado como graça e dom...  essa dádiva divina é força, que faz o povo se organizar com criatividade e quebrar as racionalidades de quem acredita já está no poder,  por isso, faz a transformação. São essas mulheres que quando o melhor é vender, preferem urgir, quando o certo é serem submissas subvertem o poder para a morte e preferem a vida do povo, são essas mulheres que quando se esperam delas a obediência cega, fazem da visão e da audácia uma vida livre com sentido, consciência e doação... Isso é muito inspirador e me fez escrever uma parte daquilo que acredito ser uma vida com protagonismo, com protagonismo feminino.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Costura Musicada: Circo da Alegria (Atchim e Espirro)



Hoje é dia do Palhaço e para homenagear este personagem sinônimo de alegria, publicamos neste dia, que também é dia de Costura Musicada, a canção Circo da Alegria, de Atchim e Espirro, uma dupla brasileira de palhaços que emplacou diversos hits durante a década de 1980 e que se separaram em 1989. Após um hiato de 12 anos na carreira,  a dupla retomou os trabalhos em comercial viral de uma marca de remédios para gripe. Fazendo com que quem teve a alegria de dançar com os versos desta costura musicada, recordasse com saudosismo sua infância.

Sobre a Costura Musicada: Circo da Alegria - se existe uma canção que sempre me veio à tona, nas minha recordações da infância, foi Circo da Alegria. Por diversas vezes me peguei cantando esta canção em momentos mais variados e diria até impróprios, mas sempre foi motivo de risos e alegria. Talvez seja pelo amor que tenho pela arte de fazer sorrir.

E hoje, quando pensei em postar uma canção em homenagem ao dia do palhaço, a primeira canção me veio a mente, adivinha qual foi? (risos) Mais do que fazer parte do meu imaginário infantil, a escolhi para postar no dia do palhaço, por ser de autoria de uma dupla destes personagem que fazem parte do imaginário alegre de tantas pessoas, e que apesar de não apresentar no seu título o nome Palhaço, a canção Circo da Alegria ao meu ver, mais do que falar do circo, lugar que geralmente se vinculam os palhaços, ela é uma homenagem a este personagem, que apesar ser a atração indispensável no picadeiro (circo), atua também em espetáculos abertos, de rua, em teatro e até em programas de televisão, como foi o caso dos nossos palhaços costureiros de hoje. 

E para não alongar demais nossa costura de hoje, e perder a graça no dia palhaço, fico  por aqui. 

Paz e Vida Longa! 

Antes uma pergunta: Hoje tem palhaçada? E o palhaço o que é? 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Costura Musicada - Versos Simples (Tati Portella/Chimarruts)



São os ventos do sul que mais uma vez trazem nossa Costura Musicada. Com Versos Simples da banda Chimarruts, começamos nossa semana. É uma composição de Cassiane Silva e Richardson Maia, que nesta canção nos mostram suas habilidades na arte da composição musical, sem contar a poética encontrada e elemento marcante em suas composições. Quem dá vida à canção é Tatiana Portella (Tati Portella) com sua voz suave e aveludada que harmoniza e torna nossa costura musicada de hoje uma canção marcante. Chimarruts é uma banda brasileira que tem como estilo musical o reggae, surgiu, nasceu ou aconteceu nas terras do sul, no Rio Grande do Sul no ano de 2000. Com uma formação inicial só de homens, posteriormente, em 2001, Tati Portella, nossa voz de hoje, foi convidada a integrar o grupo e até hoje, através das costuras musicadas da Chimarruts nos agracia com sua doçura ao cantar.

Sobre a Costura Musicada – Versos Simples: além do estilo que faz parte dos que me fazem não ficar parado, sobretudo na dança de troca de perfumes, a costura musicada traz um gosto de saudade, pelo tempo em que pude curti mais intensamente este estilo musical, dos cúmplices que viveram isso junto comigo. E, além disso, por fazer memória da partida para o outro plano de uma das rosas negras que cultivei em meu jardim, falo do grande cúmplice Gisley, que se estivesse vivendo neste plano, no último sábado, dia 17 de novembro, completaria 35 anos de vida.  Para fazer um vídeo em sua homenagem, após sua partida foi essa canção que encontrei para dizer o que sentia, já que por não saber o que dizer ou como dizer, só me restava “meus versos simples, mas que fiz de coração. O vídeo está acessível nos seguintes links: Uma Singela Homenagem: Gisley - Uma Alma Rara no próprio Costuras e Pescarias e no canal do You Tube com o título Uma Singela Homenagem. Hoje, é impossível para mim, ouvi-la e não lembrar dessa grande alma que tive a graça de com-viver. Esse dias o frio tem sido intenso e a irmã morte me olha sorrindo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Costura Musicada - Cuida de Mim - (Fernando Anitelli)



A Costura Musicada de hoje é Cuida de mim de Fernando Anitelli, que dispensa apresentação por ter sido apresentado na última costura musicada postada aqui. Mas, vale destacar o projeto ao qual a canção de hoje está vinculada, que faz parte do primeiro álbum do projeto Fernando Anitelli Trio, que é o projeto solo de Fernando. Seu álbum solo tem a mesma qualidade do que conhecemos com O Teatro Mágico, o que já era de se esperar, mas nessa proposta se apresenta sem as fantasias e a maquiagem. Despido desses adereços, o músico se abre para um novo caminho. 

Após anos se apresentando com a trupe d’O Teatro Mágico, Anitelli se mostra com uma nova personalidade, mas com a mesma qualidade e mantendo a mesma mensagem poética de suas costuras musicadas. 

O trio tem como objetivo trazer à tona as músicas de autoria de Fernando perdida pela internet, letras escritas cerca de 15 anos atrás, agora gravadas com nova roupagem. Os  outros dois que completam o trio é são os músicos Fernando Rosa (baixo) e Miguel Assis (bateria), além do Anitelli (voz e violão).

Sobre a Costura Musicada: Cuida de mim – a cação de hoje estreia uma semana mais intimista, um momento de busca por paz interior que muitas vezes nos faz caminhar por entre situações nada agradáveis a procura por uma saída. E essa canção me traz exatamente esse sentimento, na verdade, ela me faz refletir sobre o meu estar no mundo e tudo o que sinto. 

Lembro que quando escutei essa canção no lançamento do álbum: As claves da gaveta, inspirado por ela e por todo o sentimento que aflorava mim, elaborei a costura: Cante a minha canção, que é uma das minhas costuras inacabadas. Bom, por hoje é isso. Paz e Vida Longa!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Costura Musicada - Realejo (O Teatro Mágico)



Para fechar o ciclo de postagens que estabelecemos para esta semana, apresentamos como Costura Musicada para hoje Realejo da trupe O Teatro Mágico, composição de Fernando Anitelli e Danilo Souza.

Idealizada por Fenando Anitelli (poeta, ator, músico e compositor) a trupe O Teatro Mágico (TM), grupo musical brasileiro nasceu no ano de 2003 na cidade de Osasco, São Paulo. O TM é um projeto de difícil conceituação, pela grandeza e harmonia de como o belo da arte é explorado pela trupe, mas para não deixar de dizer algo, usamos sue próprio próprio nome, é mágico, uma vez que a magia reúne ou sintetiza todo o  nosso fascínio por tudo que alimenta nossa fantasia, ao despertar em nós, sentimentos adormecidos ou até mesmo nunca sentido. Mas, a trupe não é apenas uma proposta que nos faz viajar pelo mundo da fantasia. 

A trupe consegue através de sua intervenção poética tratar de temas polêmicos e de suma importância nas práticas cotidianas de uma sociedade, tal elemento pode ser melhor visualizado no seu último álbum A sociedade do espetáculo, assim como no anterior Segundo Ato, nestes dois últimos “a trupe discute o seu cotidiano político/cultural, sem esquecer também o lado sentimental, como foi no primeiro CD (Entrada para Raros, 2003), álbum este que resgata um humanismo individual e coletivo, provocando uma catarse com o forte tom positivista que só sabe quem já esteve em um show d'O Teatro Mágico”. 

Em fim, um grande diferencial deste projeto de arte poética é junção, com maestria de elementos do circo, do teatro, da poesia, da música, da literatura, da política e do cancioneiro popular e diferentes segmentos artísticos numa mesma apresentação.

Sobre a Costura Musicada – Realejo: hoje mais do que a letra desta canção pode evocar, a canção em si faz parte do enredo de postagem estabelecido para esta semana, o que não a torna de menor importância uma vez que ela faz parte do meu grupo de canções que me fazem viajar. E para fechar com chave de ouro a semana, como lembrança do meu amigo Raro Romildo Ramalho, além de apresentar a costura musicada Realejo, posto aqui a costura Alegoria dos porquês de Maíra Viana, que foi inspirada por nossa costura musicada de hoje.  Eu fico por aqui, deliciem-se. Paz e Vida Longa!

Alegoria dos porquês

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Costura Musicada - Realejo (Chico Buarque)


A costura musicada de hoje, foi escolhida pelo tema que trata e não pelas lembranças ou marcas que ela proporcionou em minha vida, como as anteriores, ou talvez sim. A costura musicada de hoje é Realejo, de Chico Buarque*, que nasceu aos 19 dias de junho de 1944 na cidade o Rio de Janeiro. É músico, dramaturgo e escritor brasileiro e é considerado um dos maiores nomes da MPB. Fazemos um destaque para a sua costura musicada Construção, considerada uma das melhores músicas brasileiras já compostas. Vale dizer da grande admiração por essa figura, socialista. Por sua multi-habilidades que nos presenteou com belas canções, sua poética e dramaturgia. Além de sua postura crítica e sua capacidade de usar das artes para dizer o que pensava e da qual usou para propagar sua crítica à Ditadura Brasileira. Em fim, são numerosos os atributos a este grande nome da cultura brasileira, e que infelizmente extrapolam a proposta deste post, mas que fique a dica de uma busca mais detalhada da história deste que homem que muito bem cantou a alma feminina.

Sobre a Costura MusicadaRealejo: ontem, após retornar de São Paulo, da gravação do DVD do O teatro mágico, que também tem uma costura musicada homônima a do Chico, em conversa com o Raro Romildo Ramalho, ele me fez recordar, ao falar de um de seus desejos, deste instrumento, o Realejo, cantado por Chico Buarque e Fernando Anitelli em suas canções de nomes homônimos. Então fiquei a pensar sobre o assunto, busquei informações e pouco encontrei, sobretudo ao se refere onde adquirir tal instrumento (desejo exposto por meu Amigo Raro) foi quando me veio a inspiração e me pus a costurar, tal ato resultou uma costura homônima ao instrumento e às canções de Chico e Anitelli. Mas, como hoje é dia de costura musicada, resolvi postar a canção de Chico, que fala desse nosso abandono das coisas simples simbolizada através do ofício do vendedor de sonhos e seu realejo posto a venda por não ter mais quem o consultasse. E no próximo dia de Costura Musicada postarei a canção do Fernando Anitelli. E ainda essa semana, postarei a costura inspirada pelo ofício do vendedor de sonhos e seu realejo que inspirou minha costura e a ela o nome emprestou. Hoje, fico por aqui, até a próxima.

sábado, 20 de outubro de 2012

Costura Musicada - A casa é sua (Arnaldo Antunes)


A Costura Musicada de hoje é: A casa é sua, de Arnaldo Antunes*, músico, poeta, compositor, VJ e artista visual brasileiro. Nasceu aos 2 dias de setembro de 1960 na cidade de São Paulo. Arnaldo Antunes é conhecido na América do Sul por ser um dos principais compositores da música pop brasileira, respirando de influências concretistas e pós-modernas. Compôs outras costuras musicadas que de grandes sucessos como "Pulso", "Alma", "Socorro", "Não Vou Me adaptar", "Beija Eu", "Infinito Particular", "Vilarejo", "Velha Infância" e "Quem Me Olha Só", e já teve suas canções interpretadas por artistas como Jorge Drexler, Marisa Monte, Nando Reis, Zélia Duncan, Cássia Eller, Frejat, Margareth Menezes, Pepeu Gomes, além, claro dos Titãs, banda da qual fez parte até 1992.

Sobre a Costura Musicada - A casa é sua: Arnaldo Antunes nos apresenta nesta costura musicada um desprendimento e abertura para um novo estilo de vida, que ganhará sentido quando a presença da pessoa amada compor o conjunto do seu lar. É a narrativa da necessidade da presença do/a amada/o compondo aquele cenário do seu cotidiano e que só espera pela aceitação do/a amada/o para estar ali completando com o seu riso, seu cheiro, enfim, com sua presença, o lugar de sua felicidade.

Por fim, esperar por alguém, pode ter entre tantos significados, um profundo e mais sincero amor. A casa é lugar de acolhida e dizer: "a casa é sua", é um ato de dizer que estamos permitindo que o outro/a faça parte de nossa vida. E assim, neste momento de minha vida, faço minhas, as palavras de Arnaldo Antunes: "A casa é sua. Por que não chega agora?".

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Costura Musicada - Sol de Primavera (Beto Guedes)


Começa setembro e iniciamos o mês com uma Costura Musicada, e a de hoje é, Sol de Primavera, de Alberto de Castro Guedes, mais conhecido como Beto Guedes*, mineiro lá do norte de Minas, da minha querida Montes Claros. Nascido dia 13 de agosto de 1951, mesmo dia em que meu pai aniversaria, Beto Guedes é cantor, compositor e multi-instrumentista e mais um dos grandes nomes que fez parte do movimento musical Clube da Esquina ao lado de  Milton Nascimento, Lô Borges e Fernando Brant.

Sobre a Costura Musicada - Sol de Primavera: esta canção já tinha um valor especial para mim, por sua beleza e sua imensidão de simbolismos, sempre a usei em reuniões e encontros de formação pastoral por trazer inúmeros elementos que nos possibilitavam refletir sobre nossa atuação, nossa prática. E sempre que entra setembro, é inevitável lembrar-me dela, hoje, com certa tristeza que aperta o peito. Além de um choro preso na garganta pelas recordações que ela me traz de um grande cúmplice que partiu (Dom Mauro) nas vésperas da primavera que setembro sempre traz.  Hoje, a primavera sempre me traz a imagem dele, suas lembranças e as lembranças tristes do dia em que ele partiu.

Mas, o que me leva a lembrar desse grande cúmplice quando ouço essa canção? No dia de seu encantamento, fui invadido por uma tristeza profunda.  Ele vinha para Belo Horizonte participar de uma atividade pastoral, dessas que citei anteriormente, e que costumo usar canções como a costura musicada de hoje. Então fui encarregado de fazer um vídeo em sua homenagem, tarefa árdua, cada imagem que buscava para usar no vídeo trazia uma imensidão de lembranças que eu não conseguia conter as lágrimas. Com a seleção das imagens pronta e o áudio da reflexão proferido por Dom no acampamento Igreja Jovem, também selecionado, era a vez de escolher uma canção que pudesse falar do sentimento de habitava em nós, com aquela perda. E, “Sol de Primavera” caiu perfeitamente na construção daquela homenagem. Assim, essa bela canção ganhou um significado para além do que ela já representava em minha vida.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Costura Musicada - Onde Deus possa me ouvir (Luciana Mello e Vander Lee)


A costura musicada de hoje demorou a sair e vem neste final de dia como resposta a este dia que aos poucos foi ficando nublado para mim. Quem canta para nós é Vander Lee, autor e intérprete da canção, acompanhado de Luciana Mello, cantora, compositora e apresentadora, que empresta seu charme e bela voz para abrilhantar a costura musicada desta segunda-feira.
Sobre a Costura Musicada: Onde Deus possa me ouvir. Essa costura musicada, tem sido uma grande companheira, sobretudo, nos dias em que os sentimentos de tristeza tentam invadir meu coração. Aqueles dias em que precisamos apenas de um colo de mãe para nos fazer cafuné e chorar, como fazíamos quando crianças sem medo da censura de quem por ventura nos visse chorar. Sem se preocupar com essa ideia de que homem não chora. Ou o colo de um/a cúmplice que nos acolha o pranto, sem nada perguntar ou mesmo dizer, apenas nos acolher no aconchego de seu abraço.
Certos momentos em nossa vida, tudo chega de uma vez e te pressiona exigindo uma resposta ou mesmo uma atitude que parece que nem Deus nos consegue ouvir. Não conseguimos dimensionar ou mesmo ter controle sobre a confluência de sentimentos que habitam em nós e gritam por emergir, fazendo nosso mar interior transbordar e nos turvar a visão. E não há nada que se possa fazer, além de deixar que o pranto venha e amenize a dor que não conseguimos compreender, sobretudo, quando a única coisa que nos resta é nossa cama vazia da companhia do meu riso.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Costura Musicada - Felicidade (Marcelo Jeneci e Laura Lavieri)



Nesta segunda-feira a Costura Musicada é Felicidade de Marcelo Jeneci*, cantor, compositor e multi-instrumentista, nascido em São Paulo e é um dos grandes nomes da nova geração de compositores brasileiro. Na costura musicada de hoje, junto com Jeneci, temos a participação da jovem e bela cantora Laura Lavieri**, de 23 anos, com sua voz encantadora que dá um tom especial às canções de Jeneci. Destaco que Marcelo Jeneci me foi apresentado por Chiara Campos, uma grande cúmplice e que desde esta apresentação o inclui na minha lista de Costuras Musicadas. 

Sobre a Costura Musicada: Felicidade. Inicialmente fiquei na dúvida qual das canções de Jeneci postaria hoje, pois só uma coisa eu tinha certeza, seria uma das canções do Jeneci. Afinal, ele faz parte de meu repertório de Costuras Musicadas que me fazem viajar, além de ter ido ao Show dele neste final de semana. 
Postar Felicidade, foi uma escolha árdua, queria postar outras como Dar-te-ei, Pra sonhar, Por que nós?, Pense duas vezes antes de me esquecer, enfim, o álbum inteiro é muito bom daí a grande dúvida sobre qual canção postar. Felicidade, ganhou, por trazer elementos que estes dias tenho me debruçado: o valor que damos à nossa vida, a importância dada às coisas que não voltam mais, pois o importante é sabermos o que faremos de agora pra frente. 
O que faremos para que nossa vida seja melhor, mesmo que por algum motivo, em certos momentos, sintamos nossa face molhar? Chorar faz parte, mas sorrir também e depois, como gesto de que tudo passa, "dançar, na chuva quando a chuva vem". Pois, acredito que é "melhor viver meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você". E assim poderemos "rir sem perceber" e que "felicidade é só questão de ser". 
Algo que também me fez postar esta canção foi o que o Jeneci canta em sua Costura Musicada: Borboleta, na qual diz que: "Música é que nem borboleta, ela voa pra onde quer, ela pousa em quem quiser [..]Se traveste na voz de alguém, quando entra dentro da cabeça [...] Te invade, te assalta e te faz refém [...] Às vezes ela é como um ladrão ou como um convidado trapalhão. Depois que entra não quer mais sair, quer repetir, repetir, repetir". Desde o show o retalho: "Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem", não saiu da minha cabeça e me fez refém. 
Quem não conhece Jeneci deixo aqui o link de seu site onde poderá ouvir todas as costura musicadas do álbum: Feito pra acabar. (É só clicar no nome do álbum)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Costura Musicada - Traumas (Los Hermanos)



Traumas de Roberto Carlos, é a Costura Musicada desta segunda-feira, interpretada pela Banda Los Hermanos. Roberto Carlos, autor desta canção, dispensa apresentações, mas devo deixar registrado que sou profundo admirador de suas costuras musicadas, e de como ele as costura com maestria, talvez tenha herdado o dom de sua mãe, que assim como a minha, fora costureira.

Já a Banda que interpreta costura musicada de hoje, Los Hermanos, é um grupo que tivemos o prazer ver seu retorno aos trabalhos este ano de 2012, após 5 anos de recesso enquanto grupo, período no qual, alguns dos integrantes da banda puderam dedicar-se em seus projetos pessoais. Os dois vocalistas da banda lançaram, no ano de 2008, seus respectivos trabalhos durante o hiato da banda. Camelo lançou seu disco de inéditas, chamado Sou e outro depois chamado Toque Dela e Amarante se juntou a Fabrizio Moretti, baterista da novaiorquina The Strokes para lançar o projeto Little Joy.

Mesmo em recesso, a banda realizou duas apresentações no festival Just a Fest, nos dias 20 e 22 de março de 2009, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente. Nos shows, abriu junto com a banda alemã Kraftwerk para a banda inglesa Radiohead. Em 2010, a banda deu início a uma mini-turnê pelo nordeste. No mês de Outubro a banda tocou no festival SWU, realizado no interior de São Paulo. Apesar dessa pequena quebra no hiato, nenhuma notícia sobre álbum novo foi confirmada, até a confirmação de uma grande turnê de retorno que aconteceu no primeiro semestre deste ano e foi um presnte para os fãs da banda.

Sobre a Costura Musicada: Traumas. A Costura Musicada de hoje, tem um valor especial para mim, ontem foi dia dos pais e eu não falei com o meu, deixei para ligar depois e depois não pude, pois quando fui pegar o celular para ligar para ele, percebi que tinha esquecido na casa de uma das minhas famílias aqui em Minas Gerais, da qual voltei mais cedo para dar continuidade a costura de meu pai, que iniciei há dois anos, pois hoje, 13 de agosto, este homem que tanto amo, faz aniversário. E ao retomar a costura que iniciei  para homenagear meu pai, busquei ouvir a mesma canção que ouvia quando iniciei tal costura, que nada me ajudou, pois a medida que a ouvia fui lembrando essa figura que tanto amo e admiro, me enchi da saudade que aflora e faz meu corpo tremer de frio e este sentimento me travou a capacidade de transcrever o que sinto por meu pai. Por estar longe de casa, ontem, dia dos pais e hoje, dia do meu pai, não pude e não posso sentir seu cheiro, sentir seu abraço e dizer-lhe o quanto o amo, olhando nos olhos. Assim, para homenageá-lo, mesmo que distante, posto esta Costura Musicada que me faz lembrar dos momentos que pude estar ao lado do meu pai.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Costura Musicada - Meu jardim (Vander Lee)




Sexta-feira chegou e hoje é dia de Costura Musicada. E o compositor e cantor de hoje é Vander Lee, como é conhecido artisticamente, tendo como nome de registro Vanderli Catarina. Vander Lee compõe a lista de grandes artística desta terra que me acolheu (Minas Gerais), e compõe a lista da nova geração da MPB, nasceu em Belo Horizonte, aos 3 dias do mês de março.
Foi nos bares da vida, como já cantou Milton Nascimento, que Vander Lee começou sua carreira. Isso em meados de 1980 e foi em 1986 que gravou sua primeira fita demo (composta de 4 músicas) e no ano seguinte já fazia shows com repertório próprio.
Suas costuras musicadas compõe um mosaico musical, de tão variados estilos, que vão desde o romântico, passando pelo samba até a balada e o que podemos chamar de rock mineiro. Identifico-me muito com suas composições, pois falam das coisas do dia-a-dia, das coisas que gosto de costurar, e sempre expondo seu lado romântico e com valorização do amor.  É possível que muitos não conheçam Vander Lee ou mesmo o tenha escutado, mas chego a duvidar que nunca tenha escutado alguma de suas belas costuras musicadas. Ele já gravou com grandes nomes da MPB, tais como: Zeca Baleiro, Elza Soares, Rita Ribeiro, Emilinha Borba, Leila Pinheiro e Nando Reis. Maria Bethânia e Gal Costa já gravaram canções suas; Bethânia gravou “Estrelas” e Gal gravou a bela costura musicada “Onde Deus possa me ouvir”. Fico por aqui com as informações sobre nosso cantor e compositor de hoje, e deixo aqui minha recomendação de que ouçam Vander Lee.

Sobre a Costura Musicada: Meu Jardim. Esta canção me remonta um tema que gosto muito: Revisão de Vida, prática que aprendi na Pastoral da Juventude e hoje é um dos elementos que trabalhado quando ministro formação sobre Projeto Pessoal de Vida. Meu Jardim, nos fala, através de uma bela melodia e construção poética da importância dessa parada que devemos ter em nossa vida. Na correria do dia-a-dia tendemos não conseguir parar e rever como estamos levando nossa vida. E, hoje, trago esta costura musicada de Vander Lee, pois ela sempre me provoca esse sentimento de parada e revisão de meu projeto de vida, me faz olhar com cuidado para as minhas opções na vida, aquilo que projetei para mim. Acredito que esta canção possa te ajudar, assim como me ajuda, a refletir sobre como estás conduzindo tua vida, ou até mesmo se a está conduzindo ou se estás deixando a vida te levar. Parar é preciso. É preciso limpar aquilo que se acumulou e já não nos ajuda mais seguir em frente. Assim como os jardineiros limpam as sujeiras que ofuscam a beleza dos jardins, precisamos retirar as sujeiras que tiram a beleza de nosso jeito de viver, pois só assim conseguiremos reescrever nosso caminho e ter um projeto de vida que torne nosso modo de viver mais belo e feliz. E não podemos esquecer que nunca é tarde para recomeçar, sejamos os jardineiros de nossa vida, cuidemos da gente como os jardineiros cuidam de cada detalhe do seu jardim.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Costura Musicada - Descobrimos Nós Dois (Daniel Chaudon)



Segunda-feira, dia de costura musicada, e hoje, nossa costura musicada é de Daniel Chaudon*, cantor e compositor brasiliense, com sua voz de timbre marcante, emocionante é mais uma das belas vozes revelação da música popular brasileira, e lançou recentemente seu CD de estreia, “Me conta uma música”, composto por 14 canções, na sua maioria inéditas. Quem não o conhece vale a pena parar e ouvir suas canções, no LetrasMus é possível ouvir uma lista de vinte e duas canções do compositor da costura musicada de hoje (Daniel Chaudon), a maioria com vídeos do cantor. Na Costura Musicada de hoje, Descobrimos Nós Dois, cantando com Daniel Chaudon está Tais Alvarenga, cantora e também compositora, que junto a Daniel Chaudon, faz parte do Projeto Sarau - recém-lançado pela Universal Music – projeto coletivo que apresenta o talento de sete jovens artistas brasileiros, são apresentados sete 'novos talentos da MPB' como está apregoado na capa do projeto. E Tais Alvarenga é a única voz feminina do projeto. Os outros cinco que fazem parte do Sarau são: Gugu Peixoto, João Guarizo, Toni Ferreira e a dupla formada por Aureo Gandur e Fred Sommer. Cada artista defende duas músicas - baladas, em sua maioria.

Sobre a Costura Musicada: Descobrimos Nós Dois: amores secretos, mas sempre evidentes, nas expressões, no olhar, nas manifestações e nos gestos inegáveis de quem ama. O medo muitas vezes nos impede de sair correndo e se entregar na vivência do amor que sentimos, o medo do inesperado, a incerteza do que está por vir que nos prende ao passado e nos faz não seguir em frente. Mas, amar é não temer e seguir, seguir rumo ao aconchego de quem amamos e nos ama, há quem ofereça amor, carinho, atenção, mas é preciso ser acolhido, e será maravilhoso se o coração que o receba seja aquele que provocou tal sentimento. Amor assim, recíproco e belo, causa estranheza e, é possível que surjam boatos querendo impedir que o amor aconteça, ou melhor, que a vivência desse amor partilhada perdure entre os dois. No tempo de espera por viver junto de quem se ama, poesias canções que falam de saudade, futuro, dor preenchem o vazio causado pela distância, mas sempre existirá, no coração amante, a esperança que o sorriso prevalecerá. Ao descobrirmos nós dois, logo soubemos que nossos risos iriam se juntar.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Costura Musicada - Noites com Sol (Flávio Venturini)


Antes de qualquer coisa, eu devo pedir desculpas por ficar tanto tempo sem apresentar minhas costuras. Hoje, completaria duas semanas sem postagens neste atelier. E, devo informar que não foi por falta do que postar, nem descaso, e sim os compromissos com outras frentes que me tomaram o tempo e aqui ficou sem minha atenção, mas estou de volta e espero corresponder com a devido atenção a este precioso espaço. 


E hoje é sexta-feira, dia de Costura Musicada, e aproveito para apresentar a Costura Musicada que deveria ter postado na segunda-feira, que também é dia de canção.

Trago a bela costura musicada: Noites com sol, de Flávio Venturine*, compositor e cantor revelado pelo Movimento do Clube da Esquina e que nos presenteou com belas Costuras Musicadas. Conheci esta canção através da voz de Marco Monteiro (cantor paraense). Mas, de acordo como está se formatando nas postagens das Costuras Musicadas, aqui colocamos apenas uma breve apresentação dos compositores e abaixo da quebra de texto (no mais informações), apresentamos algo mais aprofundado. E, cantando junto com Flávio Venturine, está Marina Machado**, também, belorizontina, e é mais uma das belas vozes que compõem a lista de revelações da nova geração da música brasileira.

Sobre a costura musicada: Noites com solesta canção sempre teve um encanto diferente sobre mim, sou apaixonado pela noite e esta canção, assim como as noites, é carregada de mistério. Noite com sol! Impossível? Miragem? Milagre? Talvez, se não acreditássemos no amor. Quem acredita no amor é capaz de saber que não são miragens as noites com sol, além de entender a linguagem que não é verbalizada. E, viver uma noite com sol é algo inesquecível, é um momento mágico. Mais belo ainda é ver o sol adormecer sobre seu peito e te trazer a luz por tanto tempo esperada para te tirar do breu.  Nas noites em que estiver tão só, deixe o sol entrar, então verás que, de fato, as noites com sol são mais belas e que a vivência do amor é que torna certas canções eternas. Por hoje é só, e semana que vem teremos mais.
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