Aqui você poderá encontrar muito de mim e espero com isso revelar o que ainda não sabe sobre você. Calma, aqui não será um espaço esotérico. Mas, acredito que no contato com o outro/a descobrimos quem verdadeiramente somos. Sinta-se a vontade em viajar comigo nesses escritos e saiba que o conhecimento é um processo, é uma construção, em que todos/as nós fazemos parte das diversas etapas de sua edificação. Participe desta aventura, venha pescar comigo nesse grande mar que é a vida, onde costuraremos histórias e reflexões acerca dos nossos sentimentos, pensamentos e das coisas da vida, as coisas do dia-a-dia que nos rodeiam.

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

De a-braços dados


Uma Costura Viva: e se é viva... Vive!


Boa Tarde Pejoteiros. Evoé, axé e aleluia!!
Oi gentes! Alguém responde no plural
Para contemplar a diversidade do local
Boa tarde! - Lá do fundo se ouve alguém responder
Beijos do Mundo de cá, alguém reafirma o seu lugar
Opa, opa povo, alguém quer saber o que é
Com sorriso largo, alguém faz questão de esclarecer
É que o mundo de cá se esbarra em abraços por esses mundos de lá
E para certificar que tudo deve seguir como está
Anuncia-se a geografia de onde se deve estar
Sempre! É o grito de que o desejo de estar junto deve permanecer
Sem fronteiras que separem o mundo lá do mundo de cá
Pois, os abraços costumam ser o melhor lugar para se estar
Para os a-braços sempre uma mão que se estende
Mão que ama e protege, que firma e afirma, que dá carinho e dengo
E há braços, abraços que acolhem, que se despedem, que aconchegam e que protegem
De mãos dadas na luta abraçada e nos braços as bandeiras levantadas
E juntos veremos cada lutador e construtor da Civilização do AMOR,
Na mente um sonho, no peito a decisão de seguirem sempre em união
Sem a dúvida, sem o medo da força ou do fuzil
Para os a(braços) os muitos braços de pejoteiros e pejoteiras de cada canto do Brasil


(Costura elaborada em mutirão pelos Amigos/as das PJ's  e sistematizada pelo Pescador - participação especial: Aline Ogliari, Dominique Faislon, Edina Linda, Gisele Carmos, Pâmela Cervelin Grassi, Rodrigo Szymanski)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Projeto Pessoal de Vida - um instrumento para planejara a vida



Chegamos ao mês de dezembro, finda mais um ano, a gente olha para trás e diz: “como o ano passou rápido!” De fato, para alguns, o ano passou rápido, há até quem diga que não deu para fazer quase nada, quando viu, o ano já tinha acabado, mas, há quem conseguiu fazer as coisas como o Planejado, se faltou, foi uma coisa ou outra, que não desqualifica seu planejamento para o ano que se finda.

Mais um ano se finda e junto com ele nasce mais projetos, promessas, promessas de que neste novo ano vamos fazer isso e aquilo, projetos é o que não falta, sonhos, aos montes: “esse ano eu vou voltar estudar”, “vou entrar na faculdade”, “vou arrumar um emprego ou vou mudar do que eu estou”, “vou arrumar um namorado”, “vou casar”, “vou ter um filho, quem sabe”, “vou entrar na academia”, “vou fazer dieta”, “vou emagrecer ou vou engordar”, “vou comprar um carro, uma casa”. Vou isso, vou aquilo e quando vemos, o ano voou, e paramos mais uma vez em dezembro e voltamos às promessas de sempre, as sempre promessas do final de ano, seladas num brinde de uma taça de cidra ou de champanhe, para quem pode.

O fato é que ao final do ano nos deparamos com uma necessidade sempre existente e nem sempre a damos a devida importância, que é planejar nossa vida, nos projetar na vida, enfrentar nosso cotidiano sabendo o que queremos para nós. Precisamos ter nas mãos aquilo que realmente queremos da vida e para a nossa vida, sem as falsas promessas esquecidas no fundo das taças vazias nas festas de final de ano.

Diante disso, esse mês de dezembro, eu vou dedicar um espaço neste Atelier do Pescador, o Costuras e Pescarias, para refletirmos juntos sobre o nosso projeto pessoal de vida, neste tempo propício de avaliarmos como foi nosso ano e de pensarmos o que queremos para nós neste ano que está batendo à nossa porta.

Será uma seqüência de pequenas reflexões que podem nos ajudar parar um pouco para pensarmos em nós, em nossos sonhos, nossos projetos que a correria do dia a dia nos obriga a deixar de lado. Serão poemas, músicas ou vídeos, sempre acompanhados de uma motivação e uma pequena tarefa que nos ajudarão neste processo.

Este processo terá uma dinâmica especial, vamos fazer um acompanhamento personalizado, quem desejar participar deverá deixar seu comentário, nesta postagem, sobre essa proposta e, também, deixar um recado dizendo que está disposto/a a navegar nesse mar particular no perfil do Facebook do Pescador (Mauro Juventude). Feito isso, aguarde o contato do pescador que lhe dará as instruções necessárias para você começar a sua navegação.

Atenção: Nessa navegação vamos precisar de um Diário de Bordo (um pequeno caderno especificamente para registro de sua navegação), para fazermos as anotações necessárias de cada momento, este diário de bordo/caderno servirá para voltarmos, de tempo em tempo, nele para vermos nosso processo de navegação/reflexão sobre nosso projeto pessoal de vida. Por isso, recomendamos que se compre um caderno especificamente para este processo, para ser o seu Diário de Bordo.

Seja bem vindo, bem vinda a esta viagem ao seu interior!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Grupo de Jovens - Espaço de Formação

Na costura anterior, pensamos o grupo de jovens enquanto um espaço de convivência. É no encontro com outro, que descobrimos quem somos. Os e as jovens buscam os grupos com os quais se identificam e são aceitos, gerando assim, os mais variados tipos de grupos.


Queremos pensar o grupo também como um espaço de formação, onde os jovens, podem expor suas idéias, dialogar e construir saberes acerca da sua realidade e do mundo que os envolvem. Descobrem o “diferente” que existe em cada um. E, neste diferente, encontram também seus próprios interesses, aspirações, direitos, deveres, potencialidades e limitações.


Os grupos de jovens ligados às pastorais da Igreja buscam integrar à sua formação, dimensões que englobam toda a vida: afetiva, ajudando a ser pessoa; social, integrando-o no grupo e na comunidade; espiritual, ajudando a crescer na fé e no seguimento de Jesus; política, desenvolvendo o senso crítico e ajudando a tornar-se sujeito transformador da história e a técnica, capacitando para a liderança, planejamento e organização participativas. Estas são as cinco dimensões da Formação Integral que possibilita uma formação pessoal, política, social e religiosa.


Na formação integral, deve-se considerar que os jovens estão se aproximando deste espaço formativo e ainda não têm profundo conhecimento dos elementos que a incorporam. Para que a formação, nesta perspectiva, se dê de forma mais harmônica, devemos dar atenção a um elemento fundamental e cada vez mais raro nos grupos de jovens: a pessoa do Assessor. Este tem o papel de orientar e acompanhar a caminhada do grupo sem perder de vista o protagonismo dos jovens.


Assim, o aprendizado acontece em mutirão, na comunidade, no grupo. Os e as jovens que se dispõem a fazer esta experiência, serão jovens diferenciados em suas realidades capazes de questionar e refletir valores referentes à vida, à família, à cidadania. A formação é um processo continuo que vai se dando ao longo do tempo, de acordo com caminhada e abertura de cada jovem. Pensando desta forma, podemos dizer que o grupo de jovens é lugar do engajamento, da articulação, do crescimento e cultivo da fé e da utopia.
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Costura publicada no Jornal de Opinião Edição  940 - 07 a 13 de junho de 2007
Co-autoria de: Ana Clésia Alcântara e Irmão Carlos Henrique Silva

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Grupo de Jovens - Espaço de Convivência

O ser humano é um ser social, necessita de relacionar-se com os demais para se constituir como pessoa. No decorrer da vida e a partir de suas experiências pessoais e em grupo constrói seu sistema de valores e significados constituindo assim, sua identidade. Os jovens que não têm a oportunidade de viver essas experiências importantes para sua formação, acabam por se tornarem pessoas inseguras e se deixam facilmente levar pelos apelos dos meios de comunicação. Por isso, muitos têm dificuldade de dizer não, de assumir compromissos ou posicionar-se criticamente diante da sociedade.

A sociedade vem impondo aos jovens inúmeros desafios. A globalização, o individualismo, a avalanche de informações, a falta de oportunidades, entre outros, faz com que o jovem muitas vezes se sinta sem referência. É aqui que encontramos a necessidade de um espaço onde o jovem possa dar sentido à sua vida. O grupo é um lugar privilegiado para conhecer sobre si, sobre o outro e sobre a sociedade.  

Quase tudo que fazemos, seja na Igreja, na comunidade ou em qualquer ambiente, fazemos em grupo. Percebemos que os jovens buscam a formação ou reafirmação em diferentes grupos – skatista, roqueiro, punk, hip-hop, religioso, etc – com os quais se identificam e partilham objetivos comuns.

Nos referindo aos grupos de jovens ligados às pastorais da Igreja Estes tem uma característica diferente: tem como objetivo central a evangelização de outros jovens na perspectiva da formação integral e do protagonismo juvenil. O grupo segue, de maneira jovem, as orientações da Igreja Católica a partir de suas diretrizes. Assim, o entendemos enquanto um grupo Pastoral.

Podemos destacar três aspectos importantes da vivência grupal:
Proporciona situações onde aprendemos a buscar, juntos, uma solução para os problemas que surgem. Possibilita o crescimento em grupo e em comunidade. Isso pressupõe interesse de todos por problemas e temas comuns. À medida que todos participam, o grupo cresce. Promove espaço de diálogo, no qual todos participam com igualdade, cada um dentro de suas possibilidades e conhecimentos.

Pensando assim, fica fácil compreender, porém não podemos nos esquecer de que a participação no grupo é um processo contínuo de aprendizagem. O grupo de jovens é um espaço para se aprender a sair de um pensamento individual para ações coletivas.
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Costura publicada no Jornal de Opinião Edição  nº 939
Co-autora: Ana Clésia Alcântara (Psicóloga)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cantando a memória de uma identidade ameríndia.

Conviver é uma necessidade humana e para a juventude o desejo de estar em grupo se tornou uma necessidade fundamental. Na vida grupal, cada pessoa, sobretudo, jovem, descobre-se e descobre o outro. É nesta convivência que aprendemos a nos aceitar e a aceitar o outro. No grupo, experimenta-se o estar junto com outros iguais a mim, nele sou aceito e esta aceitação me satisfaz. É isso que te satisfaz?
No convívio com o outro vou me constituindo como ser, construo minha personalidade, solidifico minha identidade. Neste lugar me realizo, posso partilhar sobre mim, partilho meus sentimentos e ideais, partilho meus valores e descubro outros, às vezes, bem maiores que o meus. Descubro com quem posso verdadeiramente contar. Na minha vida em grupo/comunidade, reconheço que existe muita coisa antes mim e para além de mim. E esse convívio me ajuda a perceber o quanto é importante não esquecer. Não esquecer nossa história, não esquecer o que veio antes da gente e nos ajuda a sermos o que somos hoje e que é preciso cuidar desse lugar. Você cuida desse lugar?

Precisamos resgatar a valorização de nossas raízes, nossas culturas tradicionais, pois conhecer a cultura de nossa gente nos ajuda a entender e fortalecer o significado de nossos valores. Não deixar no esquecimento nossas culturas tradicionais é fundamental, precisamos resgatar nossa cultura, nosso folclore, nossas raízes, isso nos garantirá que não percamos nossa identidade como povo brasileiro. Qual é a tua identidade? Você tem identidade?

Não somos jovens sem passado, temos em nós a memória de nossa gente. Na nossa convivência descobrimos quem somos e de onde viemos, na diversidade do aconchego que forma nossa vida em grupo redescobrimos nossos costumes, tradições até a própria língua por muitos esquecidos. Em nossos abraços sentimos pulsar em nós, a mistura do sangue, índio, negro, europeu, asiático, que nos forma como povo latino americano, ameríndios.

Somos chamados a rever nossas atitudes diante de nossa memória, não podemos medir esforços no resgate de nossos valores e identidade cultural. Viemos dessa mistura étnica com mitos, música, dança, costumes e linguagens diversas que cada vez mais, entra no baú do esquecimento. Quem é você? De onde você veio?

Quem canta não esquece, assim cantemos nossa capacidade de fazer memória. Cantemos juntos sem distinção. Cantemos a consciência ecológica por muitos esquecida. Cantemos nossas matas, nossos quilombos. Cantemos o campo e a cidade. Cantemos as terras de muitos cantos sedenta por água. Cantemos as águas que são estradas de nossas comunidades ribeirinhas. Cantemos a chuva que mata a sede e nos diz que está na hora de rever nossa atitude em relação ao plenata. Vamos soltar a voz e cantar nossa história, nossos povos, nossos valores, nossos costumes. Vamos cantar a beleza se sermos latino-americanos, de sermos ameríndios.

sábado, 15 de agosto de 2009

Cuidado, Correria, Prioridade e Projeto de Vida

Você encontrará neste diálogo virtual, a história de um casal de militantes envolvidos com a educação e evangelização de adolescentes e jovens, que ao discernirem sobre os inúmeros envolvimentos assumidos pela militância, resolveram jogar a toalha. Aqui se encontra apenas uma parte do diálogo, mas que diz muito.
Acreditamos que somos motivados por um “inesgotável” gás de militantes, assumindo um turbilhão de compromisso, mas é fundamental saber o momento de dizer ou gritar: “Chegaaaaaaaaaaaaa! – Preciso Cuidar de Mim”.
Neste momento, é essencial poder contar com verdadeiros amigos/as, que antes de qualquer coisa, nos compreende.

O início...
Bruno e Aline fazem parte de um grupo que presta assessoria na linha da formação de adolescentes e jovens. Em 2008, o grupo foi convidado para assumir uma proposta de formação de educadores em que necessitaria da colaboração de toda a equipe, a formação teria 05 etapas.
Durante as reuniões iniciais de preparação da atividade, Bruno e Aline não puderam participar de nenhuma, contudo, o “casal maravilha” sempre esteve a postos para o trabalho. Sempre contribuíram com as construções virtuais de cada etapa, mesmo envolvidos em outras atividades, além dos compromissos que temos comumente como: estudo, trabalho, namoro etc. Desistir? Jamais!
Mas, chega um momento que não é possível mais fingir que está tudo bem, Bruno e Aline conseguiram perceber isso.
Após a realização da 4ª etapa e sem ter participado da execução de todas realizadas até o momento, o “Casal Militante Imbatível”, se posiciona da seguinte maneira, ao e-mail que convocava o grupo para o planejamento e preparação da 5ª e última etapa desta proposta de formação:
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De: Bruno Luz
Enviada em: quinta-feira, 28 de agosto de 2008 12:28
Para: ‘Grupo de Trabalho’;
Assunto: Cuidado, Correria, Prioridade e Projeto de Vida

Olá Pessoal, boa tarde!
Tanto eu e a Aline ficamos felizes com o empenho de todos(as), mas nos sentimos distantes da realização desse trabalho. Pois, como havíamos dito não pudemos (nem poderemos participar de nenhuma reunião). Outro fator que complica é o nosso desgaste. Uma vez que nas últimas três semanas tivemos muito trabalho (Serra, Oficina Interna, Oficina, Apresentação no Dom Silvério, Assessorias, Faculdade, Trabalho, etc.). Enfim, gostaríamos que nos perdoassem, mas está Phoda e precisamos descansar. Reconheço o compromisso que assumimos e o fato do Mauro ter cedido o seu lugar no carro para a Aline. Mas, acreditamos que não iremos contribuir como gostaríamos. Talvez essa não seja a melhor forma de comunicar, e gostaríamos de em uma oportunidade conversarmos diretamente/pessoalmente com o grupo. Sendo assim, pedimos encarecidamente o perdão de vocês e que compreendam que apesar de tudo nos esforçamos, mandando sugestões e lendo parte do material encaminhado, mas temos que jogar a toalha. Perdoem-nos e contem conosco para próximas empreitadas, e podem ter certeza, a falta veio de uma necessidade e sentimos pela falta que daremos à equipe. Pondero que iremos nos programar melhor das próximas vezes.
Apenas para complementar teremos nas próximas três semanas reuniões e assessorias, o que implica mais tempo e descanso para nós mesmos.
Com carinho e certos da compreensão de todos(as)!
Bjus carinhosos! – AlineBC e Bruno Luz
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De: Mauro
Enviada em: quinta-feira, 28 de agosto de 2008 14:30
Para: ‘Bruno Luz’; 'Grupo de Trabalho';
Assunto: RES: Cuidado, Correria, Prioridade e Projeto de Vida

Olá Cúmplice de Caminhada,
Ao Bruno,
Lamento muito o ocorrido, entendo e me preocupo. Acompanhei um pouco alguns desses momentos e foi admirável seu envolvimento. Como sei que você tem acompanhado nossa construção virtual, espero que você tenha tido um tempo e lido os materiais aprofundamento deste curso que estamos construindo coletivamente, sobretudo os materiais desta etapa. Pois, entre os materiais desta etapa, enviamos o texto “Carta de um militante”, que até queríamos que você ou Aline dramatizassem, mas não foi preciso, você o está vivendo. O texto apresenta uma realidade em que todos nós que nos encantamos com a evangelização da juventude, que assumimos nosso ministério com amor, e, ao nos vermos como Neotéfilos tendemos a seguir.
A juventude precisa de Neotéfilos inteiros, íntegros, que estejam bem de corpo e de alma, assim, cuidar de nós é pré-requisito indispensável. Somos seres limitados e devemos reconhecer o quanto antes isso. Não são os homens de aço ou as mulheres maravilhas dos quadrinhos ou dos cinemas que a juventude se inspira. A juventude se inspira em pessoas assim, como você, Aline, Zizi, Lelé, eu e muitos outros que se dedicam a estarem ao serviço dela, pois, ela vê em nós, gente, seres humanos como ela. Pessoas comuns, como qualquer jovem. Pessoas possíveis de serem alcançadas, tocadas, que vivem os dramas e a as alegrias de ser gente. E seremos muito mais inspiradores se soubermos lidar com nossos compromissos com cautela, mostrando que sabemos até onde podemos ir. E devemos ir até onde nossas ações não interfiram em nossa saúde mental e corporal.
Jogar a toalha é perceber que temos limites, que precisamos nos reabastecer de fôlego, de carinho, cuidado, e diria até mesmo de Deus, que no ativismo que tendemos a entrar, não sobra tempo para falar com Ele. Jogar a toalha é reconhecer-se humano, e ser humano é ser divino.
Meu Amigo, fico feliz que você resolveu tirar esse tempo para você. Conte comigo. Nesses momentos é bom olharmos para nosso projeto de vida. Beijos carinhosos.
Uma dica: leia o texto: Carta de um militante, ele é muito interessante, sempre me ajudou nesses momentos de entrada nos ativismos desenfreados.
Paz e Vida Longa!
Mauro Rodrigues
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De: Bruno Luz
Enviada em: quinta-feira, 28 de agosto de 2008 15:13
Para: 'Mauro'; 'Grupo de Trabalho';
Assunto:RES:RES: Cuidado, Compromissos, Prioridade e Projeto de Vida

Mauro e demais companheiros, boa tarde!
a. Obrigado pelas palavras de carinho e atenção. Se tivesse do meu lado iria lhe dar um beijão e um forte abraço;
b. Eu já havia lido o texto (como alguns outros encaminhados), e foi à luz do mesmo que refleti e partilhei com a Aline a nossa situação. Aliás, ele pode ser um motivador para momentos de retiro/avaliação do nosso grupo;
c. Saibam que estimo muito o nosso trabalho e fico feliz com a sua compreensão.

Vou realmente descansar, dormir, ver filmes, dormir, etc... rsrs! Amo vocês!

Bjus carinhosos!
Nota:
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O texto "Carta de um militante" foi publicado na coleção: Processo de Formação na PJ, número 5 - Fazendo História, uma publicação da Casa da Juventude Pe. Burnier.

sábado, 16 de maio de 2009

A dimensão da integração na vida do grupo e na vida do jovem


Pensando na formação integral da juventude, do ponto de vista pedagógico, é importante que o anúncio evangélico não seja realizado apenas de forma abstrata, mas dentro de um contexto vivencial e por meio de paciente e constante acompanhamento. Partindo desse princípio, apresento uma breve reflexão sobre a dimensão da integração na vida do grupo e na vida do/a jovem.

Os/as jovens e consequentemente os grupos nos quais estes estão inseridos estão envolvidos por numa realidade onde as relações se tornam cada vez mais complexas. Com esta realidade se torna cada vez mais difícil chegar a um mínimo conhecimento do outro com o qual o jovem se relaciona. Diante de um outro desconhecido, como este/a jovem pode estabelecer uma relação? Eis a grande questão posta à formação integral da juventude nesta sociedade complexa.

A atualidade como palco de novos paradigmas apresenta características próprias: relações humanas impessoais e regidas pela lógica mercadológica, consumo exacerbado, supervalorização do corpo/imagem entre outras. Das quais destacamos as novas relações próprias da contemporaneidade como as crescentes relações virtuais, cada vez mais presente na vida da juventude.

A dimensão da integração estabelece papel fundamental na compreensão destas relações interpessoais, sobretudo as novas relações postas pelo advento do mundo virtual, além de relações pouco trabalhadas nos espaços de vida grupal como são as relações de gênero.

Neste contato com o outro desconhecido, o assessor do grupo se torna elemento ímpar no auxílio ao e à jovem no lidar com estas relações, ele pode ajudar o e a jovem no conhecimento do outro, mas “para conhecer exige-se tempo, sensibilidade, alegria, envolvimento”. (GADOTTI, 2005).

Nesta perspectiva Leonardo Boff nos apresenta as relações a partir do cuidado, e nos coloca a todos/as como seres cuidantes e ele diz: “somos cuidantes quando prestamos atenção aos valores que estão em jogo, atentos ao que realmente interessa e preocupados com o impacto que nossas ideias e ações podem causar nos outros”. Complementando dirá, “ser cuidante é ser ético, pessoa que coloca o bem comum acima do bem particular, que se responsabiliza pela qualidade de vida social e ecológica e que dá valor à dimensão espiritual”. As relações pautadas no cuidado são fundamentais nesta sociedade que incita à competição, bem como encontramos no evangelho também uma proposta de “relacionamento baseado no amor e no serviço”.

Através do amor e do cuidado, poderemos instaurar uma nova sociedade. Esta forma de relação contagia, é também um processo de ensino/aprendizagem. O cuidado é um dos alicerces para as relações entre as pessoas e do modo especial o e a jovem. A falta de cuidado nas relações gera uma sociedade mesquinha e desumana.

Assim como esta dimensão busca ajudar o e a jovem no conhecimento do outro, ela impulsiona o e a jovem também a ter um conhecimento da realidade na qual está inserido através dos pressupostos dispostos por Gadotti como apresentamos anteriormente.

É preciso que o/a assessor/a nestas relações junto a juventude, achegue-se com sorriso no rosto e através do envolvimento, seja sensível à escuta dos anseios e necessidades do/a jovem.

Nota
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Texto publicado no Jornal de Opinião, 26 de junho a 1º de agosto de 2007, nº 947 - Ano 20, Página nº 5 - Juventude.
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