Aqui você poderá encontrar muito de mim e espero com isso revelar o que ainda não sabe sobre você. Calma, aqui não será um espaço esotérico. Mas, acredito que no contato com o outro/a descobrimos quem verdadeiramente somos. Sinta-se a vontade em viajar comigo nesses escritos e saiba que o conhecimento é um processo, é uma construção, em que todos/as nós fazemos parte das diversas etapas de sua edificação. Participe desta aventura, venha pescar comigo nesse grande mar que é a vida, onde costuraremos histórias e reflexões acerca dos nossos sentimentos, pensamentos e das coisas da vida, as coisas do dia-a-dia que nos rodeiam.

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cantando a memória de uma identidade ameríndia.

Conviver é uma necessidade humana e para a juventude o desejo de estar em grupo se tornou uma necessidade fundamental. Na vida grupal, cada pessoa, sobretudo, jovem, descobre-se e descobre o outro. É nesta convivência que aprendemos a nos aceitar e a aceitar o outro. No grupo, experimenta-se o estar junto com outros iguais a mim, nele sou aceito e esta aceitação me satisfaz. É isso que te satisfaz?
No convívio com o outro vou me constituindo como ser, construo minha personalidade, solidifico minha identidade. Neste lugar me realizo, posso partilhar sobre mim, partilho meus sentimentos e ideais, partilho meus valores e descubro outros, às vezes, bem maiores que o meus. Descubro com quem posso verdadeiramente contar. Na minha vida em grupo/comunidade, reconheço que existe muita coisa antes mim e para além de mim. E esse convívio me ajuda a perceber o quanto é importante não esquecer. Não esquecer nossa história, não esquecer o que veio antes da gente e nos ajuda a sermos o que somos hoje e que é preciso cuidar desse lugar. Você cuida desse lugar?

Precisamos resgatar a valorização de nossas raízes, nossas culturas tradicionais, pois conhecer a cultura de nossa gente nos ajuda a entender e fortalecer o significado de nossos valores. Não deixar no esquecimento nossas culturas tradicionais é fundamental, precisamos resgatar nossa cultura, nosso folclore, nossas raízes, isso nos garantirá que não percamos nossa identidade como povo brasileiro. Qual é a tua identidade? Você tem identidade?

Não somos jovens sem passado, temos em nós a memória de nossa gente. Na nossa convivência descobrimos quem somos e de onde viemos, na diversidade do aconchego que forma nossa vida em grupo redescobrimos nossos costumes, tradições até a própria língua por muitos esquecidos. Em nossos abraços sentimos pulsar em nós, a mistura do sangue, índio, negro, europeu, asiático, que nos forma como povo latino americano, ameríndios.

Somos chamados a rever nossas atitudes diante de nossa memória, não podemos medir esforços no resgate de nossos valores e identidade cultural. Viemos dessa mistura étnica com mitos, música, dança, costumes e linguagens diversas que cada vez mais, entra no baú do esquecimento. Quem é você? De onde você veio?

Quem canta não esquece, assim cantemos nossa capacidade de fazer memória. Cantemos juntos sem distinção. Cantemos a consciência ecológica por muitos esquecida. Cantemos nossas matas, nossos quilombos. Cantemos o campo e a cidade. Cantemos as terras de muitos cantos sedenta por água. Cantemos as águas que são estradas de nossas comunidades ribeirinhas. Cantemos a chuva que mata a sede e nos diz que está na hora de rever nossa atitude em relação ao plenata. Vamos soltar a voz e cantar nossa história, nossos povos, nossos valores, nossos costumes. Vamos cantar a beleza se sermos latino-americanos, de sermos ameríndios.

Um comentário:

Unknown disse...

"É isso que te satisfaz?"

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