Estou cansado! É o lamento que se ouve
Acorda! Está na hora da escola,
do trabalho, da academia
Antes, um banho. Corre! Se não...
não vai dar tempo
Tempo? Pra quê?
O sistema impôs e nós acatamos:
haverá tempo para tudo
Menos para você, adapte-se ou não
sobreviverá
Oito horas no escritório, antes,
o banho, o café que não quer esfriar
Corre! Vai perder o ônibus. Passou!
Quinze minutos perdidos...
Ou o único tempo achado para
cuidar um pouco mais de si?
Quinze minutos de espera é muita
coisa.
Muita coisa? E os teus problemas?
Desculpe, estás ocupado demais
Ocupado demais com o pouco tempo
que tens
Pouco tempo para cumprir tuas
tarefas diárias que não tens tempo para os teus problemas
Não tens tempo nem para ter
problemas, esse direito não te foi permitido
E muito menos para curtir a
companhia de quem te é raro
Afinal, vives em função do tempo
que impuseram a ti
Hoje acreditas que não consegue
parar
Teu relógio parou, há tempos...
E mesmo assim despertas com a
mesma programação diária
De não ter tempo para ti, sem
saber
Sem saber que quem vive em função
do tempo não aproveita o que ele tem de melhor
Hoje, se puder, não pergunte, não
queira saber a hora
Não pergunte quanto tempo falta
para você ser feliz
Dê um tempo para essa sua rotina
e gaste tempo com o que te faz sorrir
E, agora que já perdeu seu tempo
lendo e pensando sobre o que acabou de ler
Esqueça tudo e volte aos seus
afazeres
Afinal, você não tem tempo a
perder
Volte ao ritmo do sistema.
Um comentário:
Parabéns, pelas belas construções de poesias, crônicas... são obras que falam da vida e atingem a alma.
Ir. Ana Carla Assis
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