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terça-feira, 19 de março de 2013

Costura Encadernada - O Segundo Sexo (Simone de Beauvoir)


Na Semana da Mulher no Costuras e Pescarias, a Costura Encadernada que apresentamos hoje é O Segundo Sexo, que foi tecida por uma das mulheres que tanto admiro, Simone de Beauvoir*.  Feminista, foi uma grande costureira (escritora) e ensaísta e é considerada uma das maiores representantes do pensamento existencialista francês. Ela fez parte de um grupo de filósofos-escritores associados ao existencialismo - movimento que teria enorme influência na cultura européia de meados do século passado, com repercussões no mundo inteiro. Nasceu em Paris/França aos 9 dias de janeiro de 1908. Ainda jovem ingressou na Universidade de Sorbone, na qual cursou Letras e Filosofia. Simone de Beauvoir é considera uma das costureiras mais influentes do ocidente. Seu pensamento discorria sobre questões ligadas à independência e autonomia feminina e o papel da mulher na sociedade. Sua obra também tratava da luta feminina e as mudanças de papeis estabelecidos, bem como a participação nos movimentos sociais. E em 1949 publica “O Segundo Sexo” (Costura Encadernada de hoje), pioneiro manifesto do feminismo, no qual propõe novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens e, das suas Costuras Encadernadas, é a que melhor condensa suas experiências.

Sobre a Costura Encadernada - O Segundo Sexo: esta costura é um estudo  sobre a mulher na sociedade, publicado numa época em que a mulher já estava começando a se libertar do jugo machista, mas que ainda encontrava diversos obstáculos. No Brasil esta costura foi publicada dividida em dois volumes: o primeiro com o sub-título: Fatos e Mitos e o segundo: A Experiência Vivida.(você poderá baixar os dois volumes clicando nos títulos) Nessa obra, nossa costureira de hoje apresenta uma análise, histórica, social, psicológica e biológica sobre o papel da mulher na sociedade, negando completamente idéias  e estudos que  tratem de uma suposta natureza feminina. 

Esta Costura é riquíssimo em informações, análises profundas e bem fundamentadas, numa tentativa exaustiva de mostrar que o "ser mulher" é algo construído histórica e socialmente, tanto quanto a submissão dela  em relação ao outro sexo. Simone de Beauvoir se propos desconstruir a tese do "instintos biológico feminino", uma vez que o pressuposto natural e imutável é questionável e para nossa costureira de hoje inaceitável e eu concordo com ela. Assim, podemos reafirmar que “não se nasce mulher: torna-se”, ou seja, uma condição culturalmente construída. 

A ideia defendida por muitos de que foi a “natureza inferior” da mulher que a teria definido como o segundo sexo é totalmente refutada por nossa costureira, e ela defende que ao invés disso foi a invisibilidade histórica da mulher que a teria colocado neste lugar, ou neste “não lugar”. E para ela (Simone de Beauvoir), a saída da mulher, desta invisibilidade histórica, das suas diversas funções exercidas socialmente que sempre se estabeleceram em relação ao lugar do homem na sociedade, só se daria através de uma formação de consciência autônoma e liberdade econômica. Assim, a mulher conseguirá ser livre e ter autonomia plena sobre seu corpo e sua vida em si.

Como não temos a pretensão de esboçar análises profundas sobre as Costura Encadernadas apresentadas aqui, e sim breves comentários gerais sobre as obras, com o intuito de despertar o interesse sobre as mesmas, paramos por aqui. Mas, fica o desejo e a esperança que tenhamos despertado o seu interesse de conhecer mais sobre esta Mulher, seu pensamento e de modo especial, sobre sua costura que hoje apresentamos, uma vez que é considerada a que melhor condensa as experiências de Simone Beauvoir. E também esperamos ver aqui os comentários acerta desta costura que foi um pioneiro manifesto feminista, ao questionar a o relacionamento entre mulheres e homens e porpor novas bases para esta relação.

*Simone Lucie-Ernestine-Marie-Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris, em 1908. Forma-se em filosofia, em 1929, com uma tese sobre Leibniz. É nessa época que conhece o filósofo Jean-Paul Sartre, que será seu companheiro de toda a vida. Em 1945, ela funda, com Sartre, o combativo periódico Les Temps Modernes.

Escritora e feminista, Simone de Beauvoir fez parte de um grupo de filósofos-escritores associados ao existencialismo - movimento que teria enorme influência na cultura européia de meados do século passado, com repercussões no mundo inteiro.

Em 1949 publica O Segundo Sexo, pioneiro manifesto do feminismo, no qual propõe novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens. Os Mandarins é de 1954; nesse mesmo ano, Beauvoir ganha o prêmio Goncourt.

Ela e Sartre visitaram o Brasil entre agosto e novembro de 1960; foram também a Cuba, recebidos por Fidel Castro e Che Guevara. Sempre tiveram marcada atuação política, manifestando-se contra o governo francês por suas intervenções na Indochina e na Argélia; contra a perseguição dos judeus durante a Segunda Guerra; contra a invasão americana do Vietnã e em muitas outras ocasiões.

Simone de Beauvoir morreu de pneumonia as 78 anos, em Paris, em 14 de abril de 1986. Entre seus muitos livros, vale ressaltar O Sangue dos Outros (1945), Uma Morte Muito Suave (1964) e A Cerimônia do Adeus (memórias da vida com Sartre, 1981).

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