Sou um errante, passeio pelas ruas procurando uma direção. Sem ela, não há horizonte, caminhar é vão. Ouço ao longe uma linda melodia, melancólica, que me faz alegrar o coração. Das lembranças de nossa canção.
A distância protagoniza nossa história. A liberdade, nossa bandeira. Mas, é a vontade que nos move.
Eu, um ser moribundo, jogado no mundo, sigo o som e vejo um vendedor de sonhos. Triste, sem clientes, que já não encontravam sentido nas sortes dos realejos. Preferiam os infortúnios da realidade inventada aos sonhos comprados a varejo. E eu que já não tinha mais o que perder, pedi ao pássaro para a minha sorte ler.
E um sorriso de primavera brotou das tristezas que reinava em mim. Pois minha sorte dizia que eu teria felicidade sem fim.
E o vendedor de sonhos sorriu e mais um desejo me concedeu. Meu coração quase explodiu quando a sorte a mim ofereceu, uma luz a seguir, e a sorte dizia: "dela você não deve desistir". Então, eu ganhei de volta minha vida e o vendedor de sonhos sua alegria ao ver voltar a magia sempre contida nas sortes lidas ao som dos realejos
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