Aqui você poderá encontrar muito de mim e espero com isso revelar o que ainda não sabe sobre você. Calma, aqui não será um espaço esotérico. Mas, acredito que no contato com o outro/a descobrimos quem verdadeiramente somos. Sinta-se a vontade em viajar comigo nesses escritos e saiba que o conhecimento é um processo, é uma construção, em que todos/as nós fazemos parte das diversas etapas de sua edificação. Participe desta aventura, venha pescar comigo nesse grande mar que é a vida, onde costuraremos histórias e reflexões acerca dos nossos sentimentos, pensamentos e das coisas da vida, as coisas do dia-a-dia que nos rodeiam.

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sábado, 15 de junho de 2013

A Semana da Saudade e a “Tenda das juventudes” na JMJ

Para fechar a semana da saudade, replicamos a notícia publicada no portal Pastoral da Juventude Nacional, que trata sobre a "Tenda das Juventude". Pois, a saudade está diretamente ligada a memória e esta tenda traz a importância de se fazer memória, e fazendo memória ao irmão latino guerreiro, Che Guevara, trazemos uma de suas célebres micro costuras: "um povo sem memória é um povo sem coluna vertebral".

Considerando a importância da memória e seu valor na luta, a PJ insere na "Tenda das Juventude" o espaço: "Santuário dos Mártires", que será um espaço para se fazer memória dos mártires da caminhada. Pois, é fundamental não esquecer, não esquecer as lutas, não esquecer o erros, não esquecer a dor, não esquecer tant@s lutador@s que doaram a sua vida para a construção de um mundo melhor.

A tenda quer reforçar a luta na defesa da vida da juventude e fazer memória ao Gisley, cúmplice de luta, de caminhada e de vida, que nesta semana esteve muito presente em meus pensamentos e no que costurei. E hoje, dia de lançamento oficial da "Tenda das Juventudes", fazemos memória do dia em que Gisley partiu para uma outra forma de existência, não física e nos deixou a dor de uma das saudades mais doída, a dor da saudade de quem partiu para não mais voltar. 


Notícia: 

Espaço reunirá diversas organizações com o desejo de fomentar a luta pela vida da juventude

Com o objetivo de mobilizar os jovens presentes na Jornada Mundial da Juventude para a conscientização e luta em defesa da vida da juventude é que diversas organizações realizarão, durante o evento no Rio de Janeiro, uma atividade como espaço de debate e reflexão da realidade juvenil e políticas públicas para a juventude.

A “Tenda das Juventudes” será espaço de acolhida, formação, celebração, partilha, diálogo e convivência das mais diversas juventudes presentes na JMJ. Deseja ser uma verdadeira tenda, onde todos poderão se aproximar, aconchegar e fazer deste espaço sua morada.

A atividade terá como tema “A juventude quer viver”. Frase que tem pautado a luta pela vida da juventude em especial no combate à violência e ao extermínio que assola a juventude brasileira. A proposta dos organizadores é que esta pauta seja fomentada para os jovens de todas as partes do mudo que estarão presentes na JMJ, mobilizando assim para o engajamento na discussão sobre a banalização da violência e na defesa da vida dos jovens.

A Tenda acontecerá dos dias 22 a 26 de julho, no Galpão do Comitê Rio Ação da Cidadania, no bairro da Saúde no Rio de Janeiro/RJ. A programação contará com mesas temáticas, celebrações e momentos orantes, exposições, apresentações culturais, entre outras atrações. Destaca-se ainda o espaço em memória dos mártires da caminhada, denominado Santuário dos Mártires. Local dentro da Tenda que deseja aprofundar e celebrar a memória da tantas vidas doadas em favor do Reino.

Dentre os assuntos a serem abordados nas mesas temáticas destacam-se a juventude quer viver; justiça e transição, memória e compromisso; desafios socioambientais da humanidade e a juventude; crise econômica, direitos sociais e juventudes; tráfico de pessoas; juventudes, cultura, comunicação e direitos humanos; civilização do amor e a evangelização da juventude na América latina; e solidariedade.

A atividade está sendo organizada pela Pastoral da Juventude, Cáritas Brasileira, Juventude Frasciscana, Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Cajueiro - Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude, REJU – Rede Ecumênica da Juventude, Irmandade dos Mártires da Caminhada, Setor Pastoral da PUC/RJ. Com a parceria do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; da Superintendência de Juventude do Governo do RJ; da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal; e da Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude. Outras organizações também estão apoiando a iniciativa e que em breve serão divulgadas.

Importante também ressaltar que a iniciativa acontecerá em sintonia com a organização da JMJ, sendo uma das inúmeras atividades inscritas junto ao Comitê Organizador Local/COL e que acontecerá de maneira oficial e simultânea durante a Jornada. A Tenda está prevista no Guia do Peregrino da JMJ e respeitará a programação dos atos centrais e demais momentos significativos.


Lançamento
O lançamento da “Tenda das Juventudes” acontece no dia 15 de junho, data em que se faz memória da vida de padre Gisley Azevedo Gomes, assassinado em Brazlândia/DF, em 15 de junho de 2009.

Pe. Gisley foi assessor do Setor Juventude da CNBB e um dos principais provocadores para a criação da Campanha Nacional contra a violência e extermínio de jovens, promovida pelas Pastorais da Juventude e pautada hoje em todo o Brasil e no continente latino americano por diversas organizações e expressões juvenis.

O desejo da organização do evento é que a memória de Gisley, seu legado pela vida da juventude e no combate a toda forma de violência contra a juventude suscite o envolvimento das pessoas que irão peregrinar até a JMJ para um grande grito contra a violência e extermínio da juventude!

Serviço
Data: 22 a 26 de julho de 2013

Local: Galpão do Comitê Rio da Ação da Cidadania - Av. Barão de Tefé, 75 - Saúde - Rio de Janeiro/RJ

Contato e informações: tendadasjuventudesjmj@gmail.com
- Thiesco Crisóstomo: 94.8117.6210 – thiesco@gmail.com
- Joaquim Alberto: 61.9214.7664 – joaquimaasilva@gmail.com

Autor: Tenda das Juventudes "A juventude quer viver!"
Fonte: http://www.pj.org.br/noticias/1668

quinta-feira, 21 de março de 2013

Unicamente Mulher

O que seria a minha vida sem elas?
O que seria da minha história sem elas?
Hoje não queria apenas homenagear,
Não queria apenas agradecer,
Mas, quero dizer, que de onde eu estiver,
E enquanto me restar o mínimo de força,
Colocarei meu ser em tua defesa Mulher,
Na defesa de tua luta e teus direitos,
Direito ser unicamente mulher
Nem maior, nem menor,
Apenas MULHER,
Pois, eu não cansarei em anunciar,
Que eu nada seria sem a teu ser,
Faço da tua luta, minha razão,
E em minha vida, em minha história,
Encontro a tua força e a tua beleza de ser Mulher,
São tantos exemplos e inspirações,
Minha gratidão será eterna,
Mulher! Algumas eu tive a graça de conviver,
Outras nunca saberão da minha existência,
E seja de perto ou de longe,
Eu as admiro e bendigo cada uma delas,
E eu lhes serei eternamente grato,
Mulher! Que ao seu modo me ajudou a crescer,
Crescer como homem e, me ajudou a ser forte,
Forte e sensível na luta diária que travamos para sermos HUMANOS.


One Woman "Uma Mulher"


Sobre a Costura Musicada - "Uma Mulher" (Uma Mulher): No último Dia Internacional da Mulher, dia 8 de Março, a Organização das Nações Unidas - ONU, lançou esta costura musicada, uma canção para a ONU Mulheres, que é uma celebração musical das mulheres no mundo, a canção ganha vida com a participação de mais de 20 artistas de diferentes nacionalidades. E este é o primeiro tema musical criado para uma organização das Nações Unidas. 

Pela beleza que esta costura musicada carrega e pela semana que estamos passando no Costuras e Pescarias e por considerar uma aproximação com o poema do pescador resolvemos postá-la nesta semana, mesmo não sendo hoje dia de costuras musicadas. E isso se faz também como forma de reforçar essa luta que apoiamos e defendemos e que a ONU Mulheres tem como elemento sustentador. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Na simplicidade está o segredo da felicidade


Aquela manhã o dia pareceu-lhe incomum, como se fosse possível isso acontecer, como se houvesse dias comuns. A noite o abraçou como se soubesse de algo que ele ainda estava por descobrir. O sol pareceu-lhe o mais belo de todas as suas lembranças. O vento e a brisa oscilavam entre o frescor, o frio e o calor. Sentia um perfume que pairava pelo ar que não sabia de onde vinha e o fez viajar no tempo. Reviveu muitas de suas memórias adormecidas, perfumadas por um conjunto de aromas suaves. Entre risos, sentiu sua face molhar com uma água salgada que brotava da janela de sua alma e vinha de seu mar interior.

Parecia que tudo resolveu lhe visitar naquela manhã. As árvores pintavam um verde que lhe lembrou dos olhos de alguém, que aquele momento não fez diferença, a beleza daquele verde bastava em si. Nunca tinha visto flores tão coloridas como percebera naquela manhã ao passar por elas. E ali descobriu a origem de tão variados perfumes que o fez chorar sorrindo. Questionou se aquelas flores com aquele perfume tão intenso sempre estiveram por ali, por seu caminho. Ou o que o levara a notar aqueles perfumes tão intensos e aquelas cores vibrantes das flores, que pareciam borboletas repousando de suas tarefas diárias de colorir o vento. Aproximou-se e espantou-se quando viu aquele belo panapaná, multicor, que sua presença fez sair voando do meio daquelas flores e pintaram o vento. Sentiu-se extasiado com visão tão bela e simulou ser um pintor a pintar o ar e riu. Riu de si mesmo, de sua ação delirante e insana.

Ação insana para quem passava por ele e o via a agir sem se preocupar com a censura dos olhares, escravos da padronização da sociedade. E ele, pela primeira vez, sentiu uma sensação de liberdade, mesmo sem pensar sobre o sentido dela, bastava o que seu corpo dizia sentir. Sua manifestação livre e desprendida dos padrões sociais deixava quem passava por ele deslocado a questionar o que viam. Mas, com medo do que encontrariam como resposta, preferiam chamá-lo de louco. Assim são chamados quem decide seguir as vontades do corpo e esquecer as construções racionais (regras) que nos limitam, nos escravizam ao nos impor como devemos agir. O corpo não mente, a mente pode até tentar, mas o corpo denuncia. Hoje, estamos tão acostumados aos padrões sociais que não conseguimos perceber as reações de nosso corpo quando algo nos tira a liberdade. Se soubéssemos ouvir o que o corpo nos diz, conseguiríamos perceber quando não estamos sendo verdadeiramente livres.

Aquelas pessoas não percebiam, mas seus corpos queriam juntar-se àquele corpo que simulava um pintor e que ao pintar o ar parecia mais uma coreografia, parecia dançar ao som de uma canção que só ele ouvia. Existem canções que só os corpos percebem, mas só alguns, livres e sem amarras, e só esses deixam se envolver por elas e assim entram na dança. Eis uma expressão de liberdade, dançar ao som que não se ouve. Os corpos são essencialmente livres, mas a racionalidade humana os fizeram escravos. O corpo dele, naquela manhã, quebrou os grilhões que o prendia e iniciando com o movimento coreografado de quem pintava o ar, começou a dançar.  Dançou ao som da melodia mais bela, dançou ao som da liberdade, acompanhado por aquelas flores voadoras, aquele panapaná com suas cores vibrantes e que deixavam o seu balé mais envolvente. Algo que ele não sabia explicar o envolvia e o deixara leve, a agir como se estivesse sendo levado pelo vento, a sentir-se vento.

Seu sorriso estava contagiante, quem o via desejava estar ali, junto a ele, experimentando sua felicidade insana que contagiava quem dele se aproximava, simulou um ciranda que fez alguns dos passantes juntar-se a ele e enquanto dançavam, a chuva o veio visitar como que para abençoar sua capacidade de levar o riso à vida de quem há muito não sorria. A chuva veio lavar o preconceito de quem ainda relutava entender que a liberdade não é loucura e abençoou quem se juntara àquela dança de alegria, àquela ciranda do respeito à diferença e do riso presente. Ela veio se fazer presente nesta cerimônia que ele ainda não sabia do que se tratava. E já findava o dia quando ela foi embora, veio se fazer presente  e dizer-lhe que estava junto em seu breve propósito de anunciar que o fruto da liberdade é a felicidade. “Breve propósito”! Repetiu ele ainda sem entender tudo que estava acontecendo.

Ainda dançavam quando surgiu no céu um lindo arco-íris, que com suas cores vibrantes dizia que não podia deixar de comparecer em uma despedida tão linda. Despedida? Todos se entreolharam sem entender o que aquele sinal queria dizer. “Despedida!” Repetiu ele que começava a entender tudo que acontecera em seu dia e por ter tido um dia tão magnífico. Todos ainda sentiam uma força superior que os envolviam no mesmo sentimento de amor. Então o arco-íris partiu, deixando em evidência um céu límpido e de um tom de lilás jamais visto, que lentamente foi escurecendo, e sol, lá no horizonte, enviava uma luz hipnotizante e parecia não querer ir, mas não podia ficar e, de longe, ninguém viu, mas o sol chorou por ter que partir e deixá-lo ali. A noite voltou com todo seu mistério e desta vez mais misteriosa do que nunca, mas ele já percebera o que aquele dia o reservara, sentia no profundo de sua alma o motivo de aquele dia ter sido tão diferente. Então ele, olhando cada mulher, cada homem, cada criança e cada ser que esteve com ele naquela dança, disse: “chegou a hora, já sinto a presença dela, sinto que, hoje, ela se aproxima de mim”.

Na verdade, todos os dias de sua vida tinham sido assim, ele só nunca o percebera, pois para ele sorrir e fazer o bem nunca foi  algo extraordinário, sempre fora uma prática cotidiana. E naquele dia, o cosmo apenas o fizera perceber o valor de sua vida de simplicidade, de amor e cuidado com os seres da terra. A lua começou a ocupar seu lugar na órbita terrestre e as primeiras estrelas começaram a iluminar o céu e ele a se maravilhar com o que via e disse: “cada ser tem sua estrela que brilha através dos sorrisos que damos ao outro sem que para isso precisemos perdê-lo, pois o riso não se subtrai quando o damos, o riso se multiplica e torna a vida mais bela”. Como gesto de agradecimento por ter uma presença tão sublime ali, todos o abraçaram, num abraço que transmitia bem querer, aconchego e paz. E, em meio aquele abraço, olhou o céu e rio para a lua que lhe sorria, e agradeceu os milhões de risos das estrelas que também vieram fazer presença no dia do seu encontro mais esperado.

Em meio aquele gesto de amor de cada pessoa que entrou na ciranda, em que a lua e as estrelas vieram iluminar seu encontro tão esperado, seus olhos transmitiam uma esperança penetrante, esperança na humanidade, esperança que a realização de um mundo melhor é possível.  Olhando cada rosto que estava ali a lhe abraçar, pronunciou as seguintes palavras: “Amada morte, será hoje nosso encontro mais profundo? Ou queres apenas um beijo meu?” Questionou já sabendo a resposta, e acrescentou: “Diante de ti, resta-me apenas, entregar-me”. E expressou o sorriso mais belo que um ser humano fora capaz de expressar, por saber que aquele encontro era sinal que sua missão tinha chegado ao fim, e sorrindo fechou os olhos e adormeceu, nos braços daquela ciranda de amor.

E todos que ali estavam não choraram, foram preenchidos por uma alegria nunca sentida. Todos se admiraram quando a luz do luar e das estrelas concentrou-se sobre o corpo dele que era aconchegado naquele abraço coletivo. E como mágica seu corpo converteu-se em pura luz e espalhou-se no ar, e todos se viram abraçados como se estivessem assinando uma aliança de amor.  E então souberam que aquela presença era o amor que se fez humano para nos ensinar que na valorização das coisas simples, do cuidado com o próximo e com a natureza está o segredo da felicidade. E a maré que passou o dia inteiro agitada acamou-se e recolheu suas ondas deixando que aqueles raios de luz iluminassem suas águas.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Junto posso mais


Por vezes, ao pensar o que muitos dizem sobre relacionamento, sobretudo a ideia que nos impõe que temos uma pessoa certa para nós me perco em meus pensamentos ao tentar compreender as ideias correntes sobre esse tema. Tema tão recorrentes e tão difícil, por muitos, de ser administrada. Se é que seja possível, nas dimensões que essa questão é posta que isso aconteça. Penso sobre essa coisa de existir alguém que ainda vamos encontrar e que nos completará e fico a me perguntar: como posso ser metade, se me sinto tão inteiro? Como posso ser completado se não sinto que algo me falta? Seria muita crueldade viver uma vida inteira pela metade se não encontrarmos essa suposta metade que está em um outro, em algum lugar que sabe-se lá se a geografia nos favorecerá.  Afinal, nunca sabemos se vamos encontrar essa nossa metade que está além de nós. E surgem outras questões: as pessoas que vivem sós, seriam pessoas pela metade? Ou seriam seres trasncendentais, completos por essência? Não, creio que nossa visão de incompletude, de busca pela cara-metade esteja equivocada e muitas vezes chega beirar a insanidade. 
E sobre os relacionamentos e nossa vivência neste mundo de experimentação, nos falta compreender o sentido de nossa busca por companhia, que não é uma busca por preencher o que falta em nós, pois somos seres inteiros, completos. Mas sim, a busca por aquilo que desejamos para além de nós, uma vez que somos essencialmente seres de convivência e partilha. Por isso, digo que o que eu busco não é complemento para o inteiro que eu supostamente deveria ser, ou mesmo que os outros acreditam não ser possível ser. Busco expansão daquilo que acredito que deva ser espalhado pelo mundo, busco expansão da minha procura pela felicidade, busco o contagio do riso na vida de todas as pessoas, busco uma vida de harmonia entre os seres e a propagação das minhas mil razões para viver e que percebi que só junto poderei realizar. Pois, junto posso muito mais do que poderia sozinho.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

De a-braços dados


Uma Costura Viva: e se é viva... Vive!


Boa Tarde Pejoteiros. Evoé, axé e aleluia!!
Oi gentes! Alguém responde no plural
Para contemplar a diversidade do local
Boa tarde! - Lá do fundo se ouve alguém responder
Beijos do Mundo de cá, alguém reafirma o seu lugar
Opa, opa povo, alguém quer saber o que é
Com sorriso largo, alguém faz questão de esclarecer
É que o mundo de cá se esbarra em abraços por esses mundos de lá
E para certificar que tudo deve seguir como está
Anuncia-se a geografia de onde se deve estar
Sempre! É o grito de que o desejo de estar junto deve permanecer
Sem fronteiras que separem o mundo lá do mundo de cá
Pois, os abraços costumam ser o melhor lugar para se estar
Para os a-braços sempre uma mão que se estende
Mão que ama e protege, que firma e afirma, que dá carinho e dengo
E há braços, abraços que acolhem, que se despedem, que aconchegam e que protegem
De mãos dadas na luta abraçada e nos braços as bandeiras levantadas
E juntos veremos cada lutador e construtor da Civilização do AMOR,
Na mente um sonho, no peito a decisão de seguirem sempre em união
Sem a dúvida, sem o medo da força ou do fuzil
Para os a(braços) os muitos braços de pejoteiros e pejoteiras de cada canto do Brasil


(Costura elaborada em mutirão pelos Amigos/as das PJ's  e sistematizada pelo Pescador - participação especial: Aline Ogliari, Dominique Faislon, Edina Linda, Gisele Carmos, Pâmela Cervelin Grassi, Rodrigo Szymanski)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Contra a dilaceração do Pará, eu digo: Não! - Campanha contra a divisão.


Mauro, e esse negócio de divisão do Pará? O que você acha disso? É bom? Quem está por trás disso? Quem se beneficiará com essa divisão? O povo é contra ou favor? Essas, e tantas outras perguntas, muitas pessoas tem me feito, e já faz um tempo, e tenho oferecido respostas, que a meu ver, até então, não estavam à altura em responsabilidade e seriedade de tais indagações feitas a mim. Minhas repostas estavam muito ligadas ao sentimental, não isentas de certas reflexões, pois não acredito que nossas respostas possam estar isentas de nossos conhecimentos prévios, adquiridos em nossos processos de aprendizagem, de nossa relação com o mundo, mas, de todo modo, sentia minhas repostas ainda com a falta de uma argumentação para além do simples: “sou contra e pronto”.

É isso mesmo, desde que surgiu essa ideia de divisão, me posicionei contra, pouco me manifestei, estive reservado a responder sobre o assunto a quem me abordada em conversas informais ou mesmo pelas redes sociais. Creio que tenha agido assim, por não querer desqualificar o debate, divulgando um posicionamento sem consistência ou mesmo motivado apenas pelo sentimento de ser paraense e não querer ver meu Estado fatiado. Agi assim, também, por não saber, de fato, em dados concretos, das implicações disso sobre a vida do povo paraense, das implicações políticas e econômicas que se terá como resultado sobre o Estado ou mesmo as motivações que levaram a se propor tal divisão.

Mas, chegou a hora de dizer o que penso, na verdade já está passando da hora, faltam aproximadamente 11 dias para que todo o povo paraense vá às urnas dizer se é a favor ou contra a divisão, e apenas agora, publico uma manifestação pública de meu posicionamento sobre este plebiscito. E esta manifestação é para dizer que sou contra, e eu digo não a divisão. E o que me motiva a me posicionar assim? Muitos são os motivos, desde os de cunho pessoal, afetivo ao econômico e político. 

Em fim, vamos aos dados deste jogo de interesses pessoal que está longe de ser em defesa dos interesses da população paraense. Pois bem, para adentrar nesta discussão é necessário estar atendo, ou mesmo saber da existência dos vários movimentos de emancipação política de algumas regiões de vários estados brasileiro com o intuito de criar novas unidades federativas. Veja as novas propostas na imagem abaixo:

(Imagem retirada da Internet)

O Estado do Pará vive, atualmente, este processo, no qual se têm a proposta de se criar duas novas unidades federativas: os Estados do Tapajós e Carajás, que além de propor a divisão do Estado do Pará, tem dividido a população paraense. Juntamente com este movimento emergiram grupos em defesa da criação dos Estados do Tapajós e Carajás e grupos ligados a não fragmentação do território paraense. Grupos que têm usado dos mais diversos recursos para defenderem seu posicionamento, travando verdadeiras batalhas “ideológicas tentando persuadir a população com diversos argumentos contrários e a favor da divisão”.

(Imagem retirada da Internet)

Entretanto, segundo Miguel Diniz, e eu concordo, “o cerne da questão está em entender se a fragmentação do estado é viável e se realmente irá garantir o tão sonhado desenvolvimento para região e, principalmente, para a população mais carente. Não podemos pensar apenas em desenvolvimento econômico, pois nem sempre ele está associado a desenvolvimento social e cultural”.

Segundo dados do IBGE o Estado do Pará, o 2º maior estado brasileiro em extensão, com densidade demográfica é de 6,07 hab/km², possui 142 municípios, com uma população de 7.581.051, distribuída em uma área de aproximadamente 1.247.950.003km².
Diante deste momento vivido pelos paraenses o Instituto de Pesquisas Econômicas – IPEA divulgou alguns dados que apontam a inviabilidade para a criação das novas unidades federativas no atual Estado do Pará. De acordo com o IPEA, estes novos Estados já nasceriam com déficit econômico, pois para a criação de novas unidades federativas, as mesmas, dependem do repasse de verba do governo federal. Projeção dos Indicadores econômicos com a divisão: 

O Pará ficaria com 56% (R$ 32.527 milhões) do PIB. Carajás com 33% (R$ 19.582 milhões) do PIB. Tapajós com 11% (R$ 6.408 milhões) do PIB.

Ainda segundo o IPEA, para se efetivar a divisão do Pará, serão gastos aproximadamente R$ 4,2 bilhões. E, para se manter os novos Estados deve se gastar R$ 2,16 bilhões. Em 2008 o PIB do Pará foi de R$ 58,52 bilhões, deste valor “o estado gastou 16% com a manutenção da máquina pública, nesta estimativa Tapajós gastaria 51% de seu PIB e Carajás, 23%, sendo que a média nacional é de 12,72% ou seja, seriam estados insustentáveis”. Com a divisão se teria os seguintes perfis econômicos:

Sobre o cenário político: ao se criar dois novos estados criam-se juntamente 60 novos cargos políticos, divididos da seguinte maneira entre eles: uma média de 8 deputados federais, 24 estaduais e 3 senadores. Disponho aqui uma projeção dos custos para manter esses políticos. Sem contar as despesas com verbas de gabinete os, benefícios como: plano de saúde, passagens aéreas, gastos administrativos, ajuda de custo, auxilio palitó e moradia, entre outros, cada deputado federal ganha uma média de 26.273,13 que somado chega a uma média de R$ 10,5 milhões por ano, e ainda tem os gastos com os novos senadores que chega ao valor básico de 10,8 milhões.

Segundo DINIZ (2011), “outro fator preponderante são os gastos com a criação da infraestrutura como Tribunais, sede do Ministério Público, sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; equipamentos para o funcionamento das diversas secretarias e demais órgãos do governo como escolas, creches, hospitais, postos de saúde; segurança; aquisição e aluguel de veículos e prédios; material de consumo e permanente; despesas com pessoal, cargos de confiança etc., para atender o funcionamento dos novos estados”.

Ainda se tem muito a dizer, mas, deixarei  para outras postagens. Mas, deixo aqui uma das indagações que ainda me incomodam, e está diretamente ligada ao grupo parlamentar que defende a divisão. Pois, este grupo que defende a divisão, que quer ver o Pará fatiado, está de olho nesses novos cargos políticos que vão surgir, tal grupo enxerga o nosso amado e belo Estado como um belo bolo econômico e resolveu fatiar para melhor aproveitar a sua fatia, a dilaceração do Pará é apenas mais uma possibilidades de ganhar suas verbas sem nada fazerem. Pergunto: o que estes políticos que hoje defendem a divisão do Pará tem feito para melhorar a vida do povo paraense? Vejo apenas uma proposta que vai onerar mais os cofres públicos e deixar a população pior do que está. Pelas projeções econômicas, os únicos beneficiados serão os bolsos de quem propõe a divisão.

Sou Paraense e minha posição sobre a divisão é Não, contra a divisão eu Voto Não. Votar sim é ser a favor da corrupção, contra a corrupção meu voto é Não.  Contra a dilaceração do Pará eu digo: Não! 55 é Não.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mexeu com Dandara, mexeu comigo!




Dandara é uma luz que veio iluminar nossos dias para não passarmos sem ver o que está por trás da fumaça do individualismo extremo, incentivado e propagado pelo “capetalismo”. É o exemplo de luta e resistência de 5.000 pessoas, que formam esta comunidade, em defesa de sua dignidade, seus sorrisos por terem um lugar no qual podem construir suas moradias, podem plantar e chamar de lar que nos faz ver que é possível se viver Comum-Unidade e com Humanidade. Pois, ser humano, deveria resumir tudo o que se compreende sobre o cuidado com a vida no planeta, o respeito e a valorização da vida e a garantia de todos os seres poderem viver dignamente.
Dandara é símbolo, exemplo e história viva de que podemos lutar por nossos direitos e resistir contra tirania dos opressores que estão no poder. Dandara é grito das muitas organizações que por muito tempo foram silenciadas, é a voz das/os muitos/as lutadoras/es que foram brutalmente calados por lutarem em defesa de um mundo justo e solidário.
Dandara não está sozinha, “nós estamos pelas praças e somos milhões, nos campos e favelas somos multidões”, e com essa soma de lutadores vamos lutar e resistir contra a decisão covarde, injusta e imoral do TJMG que manfu despejar essa Comunidade que já é um ícone da resistência e luta contra os mandos do capital, essa luta é justa e legítima, e mais do que nunca precisamos vencer, para que mais lutas como esta, necessárias, possam ser travadas. Pois, não podemos os conformamos com a pobreza, com a violência, com a má qualidade na educação, saúde, transporte e com destruição do meio ambiente. E é essa realidade que nos diz que outro caminho não há.
E, por sabermos que podemos mudar essa realidade e por tudo que Dandara representa que venho expor meu grito e que meu grito ecoe com o vento, que meu grito voe longe. Para isso, venho que pedir que gritemos juntos, grite: Despejo não. Com Dandara eu Luto, com Dandara Lutamos, com Dandara Lutaremos Sempre. Mexeu com Dandara, mexeu comigo!
Hoje, dia 20 de outubro de 2011, dia do Poeta, às 04:00h da madrugada, cerca de 800 pessoas da Comunidade Dandara, no Ceú Azul, em Belo Horizonte, iniciaram mais 1 MARCHA rumo ao centro de BH (4ª MARCHA DA COMUNIDADE DANDARA AO CENTRO DE BH – Luta por moradia digna) Foram 25 Kms a pé até a 6ª Vara da Fazenda Pública, na R. Gonçalves Dias, perto da Praça da Liberdade, onde o povo de Dandara, que acompanhou se manifestando mais uma Adiência juducial para tentativa de Conciliação, sob a presidência do juiz Dr. José Manoel. Na Marcha estiveram mulheres grávidas, idosos, crianças de colo e pessoas em cadeiras de roda. E, se “se o poeta é o que sonha o que vai ser real, bom sonhar coisas boas que o homem faz” como seguir em marcha na luta por moradia digna “e esperar pelos frutos no quintal”, na cidade e na vida da gente, “sem a polícia, nem a milícia”. Assim, lutando e resistindo vamos levando a vida, acreditando que vamos “viver bem melhor”. Doidos pra ver nosso “sonho teimoso um dia se realizar”
“Se a polícia for para despejar haverá confronto. Muita gente preferirá morrer na luta do que voltar a viver humilhado jogado nas ruas. Problema social jamais se resolve de forma justa com repressão, com polícia, se resolve sim é com POLÍTICA, com diálogo e negociação séria.”


CAMPANHA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE A COMUNIDADE DANDARA, EM BELO HORIZONTE, MG


Se você está fora do país, ou conhece alguém que esteja, contribua com a CAMPANHA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE A DANDARA.


Tire foto(s) com um cartaz dizendo “Despejo não. Com Dandara eu luto!”. Assine o nome, local e data da foto. Sugerimos que tal foto seja tirada num local que identifique facilmente o país.


Publique a foto no Facebook e a envie pra comdandaraeuluto@gmail.com  


Mais informações sobre Dandara http://www.brigadaspopulares.org/

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pessoas Cadentes



Hoje, antes que o sol despontasse no horizonte, fui até a varanda ver o fim da noite e vi algumas estrelas que teimavam em brilhar, lutavam contra uma certa ordem natural, na qual o dia chega e a noite vai embora e junto com ela as belezas noturnas que dão lugar a uma nova beleza recoberta pelo brilho de uma estrela diurna que chamamos de sol.
Ao contemplar tão fantástica beleza, me pus a pensar que muitas pessoas são como as estrelas, teimosas. Mas, com uma grande diferença, elas lutam em resistência contra ordens que passam longe do natural, na qual a noite e o dia já não são possíveis de ver com tanta beleza. E, o fim de uma noite e o nascer de um novo dia, já não é tão belo e muito menos, motivo de alegria. Pois, o horizonte denuncia mais um dia de fardo e labuta, de exclusão e repressão, mesa vazia e crianças nas ruas, olhares com ódio e lágrimas nos rostos, e o amanhecer se torna um lugar inseguro que nos enche de medo.
E, as pessoas, como as estrelas, que teimam em brilhar, lutam para que ao despedir-se da noite, o horizonte anuncie uma nova ordem mundial: de respeito e igualdade na nova manhã que se aproxima.  E o horizonte volte a ser um sinal de um mundo melhor onde os sonhos não sejam sinônimos de algo impossível. 
Estava imerso naquele mar de refluxos mentais e ainda encantado com a resistência daquelas estrelas, enquanto eu pensava que as estrelas cadentes nos possibilitam a realização de um desejo, foi quando, num piscar de olhos, uma delas rasgou o céu, gerando uma bela chama de fogo que iluminava aquele manto negro que começava a perder sua bela cor.
Creio que ao me ver ali, contemplando  sua  resistência e ao imaginar os inúmeros desejos contidos em meu coração, fez seu último passeio celeste rumo à terra, gerando um belo espetáculo de doação e entrega, concedendo a mim um pedido, que oferecia a mim com a doação de sua vida. Muitas pessoas são como as estrelas cadentes que nos concedem a realização de um desejo, pois assim como as estrelas cadentes, entregam suas vidas para que muitos outros possam desejar um novo mundo e nos possibilitam sonhar com uma vida melhor e possível.
Diante disso, o que nos resta é, além de sonhar, é ir à luta e realizarmos os inúmeros desejos que temos e só possíveis de realização pelas doações da vida de muitos companheiros resistentes e teimosos como estrelas deste início da manhã, sobretudo aquela que se tornou cadente concedendo-me a realização de um desejo. Um desejo que venho te oferecer como meu gesto de bom dia nesta nova manhã que se inicia.

domingo, 19 de junho de 2011

Cicatriz - Campanha contra a violência doméstica infantil / Movimento de luta contra qualquer forma de violência.


Esta publicação faz parte do Movimento de luta contra qualquer forma de violência. O vídeo trata da violência doméstica praticada contra crianças. A agressão, violência praticada contra crianças deixam marcas indeléveis, marcam para a vida toda. "Algumas feridas não se tornam apenas cicatrizes, ficam marcadas na alma por toda a vida." Não silencie, não deixe impune, denuncie! O seu silêncio é a continuidade da violência. 

terça-feira, 14 de junho de 2011

É assim que se perpetua a cultura da violência - Movimento de luta contra qualquer forma de violência



É assim que se perpetua a cultura da violência. Hoje lutamos por uma cultura de paz e não violência, e nos deparamos com um episódio lamentável e repugnante como estes. Nenhum lugar deve ser espaço para a violência ou muito menos possibilitá-la, e o educativo, que deveria ajudar a todos/as a ver um mundo melhor, igualitário, livre e democrático, hoje, na PUC-RS, torna-se palco de violência, antieducativo, sectário e antidemocrático.

E, para nós, educadores e cidadãos de direitos, que lutamos a favor da vida, por uma cultura de paz, o acontecido na PUC-RS torna-se motivo de vergonha. Pois, o espaço educativo, é um dos espaços privilegiado para ajudar a juventude a atuar socialmente de forma respeitosa, e com firmeza frente a qualquer forma de opressão e repressão e não ser o promotor de tais atitudes.

Manifesto-me aqui como forma de apoio e solidariedade à Tábata (Cumplíce querida) e a todas as companheiras/os estudantes da PUC-RS, que ao exigirem um DCE mais transparente e um processo democrático para eleição das chapas e das/os delegadas/os do CONUNE, foram covardemente agredidas/os.

Tenho a esperança que este ato de resistência sirva como inspiração à luta contra outros processos desrespeitosos e, que as lutas sejam justas, sem covardia e violência. Sobretudo, violência contra a quem defende o ambiente acadêmico como espaço de transformação social, de construção de outro mundo possível.  

Diante de tudo isso, da luta por um mundo sem violência é que divulgo este vídeo como mais um ato do Movimento de luta contra qualquer forma de violência.

Segue o relato de Maurício Peronte sobre o ocorrido: “Covardia no DCE: agrediram a Tábata e outra estudante que lutavam por uma eleição democrática. Quando apagaram a luz, a Tábata se abraçou na outra garota, pois um dos caras tentou dar um soco nela; se agarraram na urna pra se proteger; caíram e foram chutadas por esses calhordas. Já foi feito o boletim de ocorrência. TODO O NOSSO APOIO PARA A DEMOCRATIZAÇÃO DO DCE DA PUC. FORA COM ESSES AGRESSORES!!! 

sábado, 11 de junho de 2011

Dia dos namorados ou mais um dia do consumo/capitalismo?


O dia dos namorados.
Este dia só cabe para as pessoas que se enquadram nessa situação, que tem ou são namorados. Não podemos de forma alguma nos sentir menor, inferiores, por não estarmos namorando. Hoje, li em uma atualização de uma amiga no Facebook, que me fez pensar e costurar sobre o assunto, e, para melhor entendermos o que segue descreverei aqui o seu post: Eu não passo o dia do índio com um índio, da árvore com uma árvore nem Tiradentes com o Joaquim José da Silva Xavier então porque tenho que passar o dia dos namorados com um namorado? Mas, ainda assim, se alguém insistir mais de uma vez em me dar presente eu aceito”.

Inicialmente, essa manifestação parece mais um ato de quem lamenta o fato de todos terem com quem passar esse dia e a pessoa não. Mas, devo dizer que é isso que o sistema em que estamos inseridos quer que sintamos. Sei que isso não é o caso da minha amiga, pois a conheço bem e sua frase final, Mas, ainda assim, se alguém insistir mais de uma vez em me dar presente eu aceito”, mostra o real motivo de seu post, que é fazer piada e, diria mais, apresenta um sutil sarcasmo sobre este dia e reforça o que seguirá. E foi a íntegra de sua mensagem que me motivou a desenvolver essa costura e por isso vou usá-la para tecer as palavras que seguem.

O dia do índio, da árvore e até de Tiradentes, são datas criadas para valorização do que: o índio, a árvore e o Tiradentes representam.

Índio: o respeito, a valorização e o reconhecimento das comunidades indígenas, dizimadas por ocasião da invasão de suas terras, ao que chamam de "descobrimento do Brasil".

Árvore: faz-nos lembrar, já que temos a memória curta, de que os recursos naturais são finitos e é preciso cuidar da vida no planeta e lutar contra a exploração e desmatamento indiscriminados em prol do capital.

O mesmo segue para o Sr. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, esse dia deve-se ao reconhecimento de sua luta em prol da libertação, por mais contestável que seja, de um povo, das amarras dos mesmos "descobridores do Brasil”, os mesmos responsáveis pelo desaparecimento de tantas comunidades indígenas.

O dia dos namorados, esse sim, merece seu questionamento, sua indignação, não por não poder ou dever passar esse dia com um namorado, mas por esse dia ser mais um dia do capital, o mesmo capital que outrora incentivou a invasão das terras do sul da América Latina e hoje, faz com que nossa fauna e flora sejam extintas.

O dia dos namorados é mais um dia para se comprar presente e fazer lucrar o sistemas capetalista e fazer com que quem não tenha namorado ou namorada, sinta-se menor, diferente, fora do sistema, fora de órbita e acabe por usar argumentos nem sempre adequados, como o uso de datas de valorização de povos e lutas merecidamente reconhecidas como igual as datas unicamente frutos do e para o capetalismo.

Ou seja, só passa o dia dos namorados com um namorado quem o tem, ou até quem o pode passar, no sentido corporal, uma vez que o mesmo sistema que nos incita estar com o namorado, comprar presente e por aí segue, é o mesmo sistema que nos obriga a trabalhar para ser alguém em sua lógica, ou seja, ter dinheiro. Passar o dia dos namorados com um/a namorado/a é uma situação conseqüente de se ter namorado, o dia não pode ser superior ao relacionamento, o dia está para o relacionamento e não o contrário, como nos quer fazer sentir o sistema capetalista.

Assim, essa data deveria ser, em vez de um lamento por quem não tem namorado/a, mais um dia para lutar pelos direitos de vida e liberdade que as referidas datas anteriormente citada representam, o dia do índio, da árvore e de Tiradentes.  E, a lógica da mensagem que motivou esta costura, se enquadraria muito bem, a outras datas, se não criada pelo capitalismo para incentivo do consumo e gerar dependência dele, como o natal e o papai noel, e o nascimento de Jesus substituído pelos presentes, a páscoa e o coelhinho, e a ressurreição trocada pelo chocolate, e até o dia das mães, data dedicada a tantas lutadoras que diariamente labutam para educar seus filhos em um mundo que incita ao individualismo e ao consumo inconseqüente. 

sábado, 14 de maio de 2011

Decidir e Lutar


Ser herói e nunca ser reconhecido,

É possível ser herói escondido?

Muitos nomes surgem na luta por um mundo melhor

Mas, o que se divulga é sempre o pior:

“Os arruaceiros, os ladrões de terra,

Os desocupados, os acomodados

A luta pela terra é criminalizada”

A igualdade de direitos banalizada

Até quando vamos continuar a fechar os olhos para nossa gente?

Os heróis e heroínas deste povo sofrido um dia serão percebidos, evidenciados?

Na luta, suas vidas são ceifadas, são calados e ameaçados,

Nosso herói do campo quer ter um pedaço de terra para plantar e colher

Quando, na maioria, o muito que tem é mal uma cova onde pode morrer

Nosso povo pobre que luta por acesso a uma educação de qualidade

E rejeitar, de vez, um diploma mal qualificado para ser colocado no quadro

Reconhecer a luta de homens e mulheres pelo direito de amar livremente

E não serem apontados na rua por manifestar seu amor a uma pessoa do mesmo sexo

Gritar que não há nada de errado em amar e não existe regra para o amor

O amor se manifesta independente de sexo, etnia, credo ou cor

Lutemos com o povo negro para que reconheçam seus direitos e valor

E não serem lembrados ou beneficiados apenas por sua cor

Quando a liberdade de fato será proclamada?

Quanto preconceito e exploração ainda existente

Até quando vamos tratar outros humanos como menos gente?

Dizer: "basta!" Não é suficiente,

É preciso correr o mundo e denunciar

Dizer que ainda se mata quem tentar falar

Alguém poder dizer: “eu queria falar, mas, eu tenho medo”

O medo não existe quando não mais se vive

Quando a vida em si já é a morte

O morto tem medo do que? Medo de morrer?

A morte já não nos amedronta mais,

Lutemos para vencer o medo de viver

De viver neste mundo cheio de preconceito e violência

De viver morrendo e nunca ser lembrado

Juntemos nossos corpos falidos aos muitos ceifados

E lutemos, lutemos até a morte final do corpo que está cansado de sofrer

Lutemos para que morramos vivendo

Morramos vivendo nossa vida cheia de conquista de direitos

Não podemos esperar, é preciso decidir, ir em frente, e lutar

Lutar por terra, teto, agasalho e pão

Lutar por saúde, transporte, trabalho e educação

E conquistar voz, sorriso e brincadeiras na rua ou no quintal

Banho de cachoeira ou mergulho no mar

E felizes possamos plantar, colher, costurar e pescar.

Só assim talvez consigamos conquistar nossa vida e morrer

E ter cada herói e heroína do povo reconhecido
E, então morrer como um povo feliz.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um mestre do riso


Hoje, perdi uma costura que trabalhei para homenagear essa grande alma. Juntamente com outra alma que passou por aqui e, também, nos deixou grande exemplo de vida, anunciou a paz e plantou, assim como Chico tem plantado, o riso na vida de muitos.

Esta semana essa alma grandiosa, Chico Anysio, completou 80 anos de idade. Nascido em Maranguape, Ceará, Brasil, aos 12 (doze) dias do mês de abril de 1931, Chico é grande exemplo de ser humano, que através do riso tem plantado a paz e alegrias neste mundo, cheio de ganância, banhado em sangue de muitos inocentes e que tem caminhado aceleradamente rumo ao caos, destruição e extinção. O Grande mestre Chico tem inspirados muitos e a mim de forma particular, pequeno diante de sua grandeza, mas grande admirador e aprendiz da arte de fazer rir, arte que esta grande alma sabe usar com maestreza.

Deixo aqui minha gratidão a esse mestre.

Segue abaixo a costura declamada por Chico no vídeo.

Mundo Moderno (Chico Anysio):

Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio – maior maldade mundial.
Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matungo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.
Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, maratonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas. Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos… Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meia-água, menos, marquise.
Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Atitudes como está é lamentável...

(O fato acorreu durante a visita de Amazonino Mendes, prefeito de Manaus, a uma área de risco na qual uma mulher duas crianças morreram soterradas no último final de semana)

É lamentável que coisas como essa aconteçam em um país tão rico. Sou paraense e tenho uma estima muito grande por Manaus. Tenho muitos amigos deste Estado irmão, além de inúmeros amigos paraenses que moram por lá. Estes últimos trabalham e contribuem com a economia e desenvolvimento local colocando sua competência a serviço.

A reivindicação da moradora é legítima e a atitude de Amazonino é desrespeitosa e sua declaração após o ocorrido é maior ainda. O prefeito é um servidor público, e deve estar a serviço do povo que o elege e é quem o sustenta, e sem dúvida merece respeito.

Um administrador público que não sabe ouvir o povo, não é digno de representar o povo. Com certeza no período eleitoral, candidatos políticos como Amazonino se lembram desses moradores, dessas áreas de riscos, mas, logo assumam o poder, esquecem do povo que os elegeu. E na hora que são cobrados de suas promessas agem com arrogância e desrespeito para com seu eleitorado.

A moradora é a voz de muitos que sofrem pelo descaso público, é a voz de muitos que por medo calam-se. Cansados das promessas eleitoreiras, se conformam a viver em situações indignas e se esquecem de seus direitos. Ela é a pedra que grita ao calar da boca daqueles que denunciam esse sistema excludente.

Independente da origem. Seja de Roraima, do Pará, do Maranhão (como menciona Amazonino em sua declaração após o ocorrido), entre outras origens, todos são merecedores de atendimento público adequado e com dignidade. E nunca uma reivindicação, cobrança do povo por vida digna, respeito e conquista de seus direitos devem ser tratados da forma que Amazonino agiu em relação a moradora/eleitora.

Ir a público, depois, tentando explicar sua reação minimiza, mas não justifica, minimiza pela condição humana que estamos passivos de cometer equívocos, erros, mas, antes de qualquer coisa, nosso olhar deve ser o de olhar, a partir, da capacidade humana de viver a dor do outro, compreender as situações, muitas vezes desconfortantes.

Sendo assim, Amazonino deixou de agir tanto como um servidor do povo, pois foi eleito e é mantido por este e deixou de agir como cidadão que busca o bem comum. Aqui não está uma análise de sua atitude preconceituosa em relação aos paraenses que moram em Manaus, mas, sua incapacidade de ouvir e acolher, enquanto servidor do povo, as reivindicações de vida digna para este mesmo povo que o elegeu e o sustenta.

Dispenso e ignoro qualquer manifestação contrária a esta minha manifestação que tenha como motivação, a defesa partidária ou mesmo rixas regionais. Pois, meu olhar ateve-se na avaliação do exercício correto do poder público e no exercício e prática de atitudes que visem o bem comum, o exercício da cidadania.

Evitei no texto, por minha origem, fixar-me em um discurso religioso, mas em síntese, a lamentável cena que motivou esta costura, só foi possível pela incapacidade que muitas vezes temos de desenvolver um olhar cristão, um olhar de cuidado humano, um olhar com-Paixão. Enquanto não contagiarmos a quem temos contato com a pandemia do resgate humano, do cuidado, ainda vamos ter muitas atitudes como esta, preconceitos e desigualdade.

Entre na campanha: Não grito com ódio no olhar, dou abraço com-paixão.

sábado, 30 de outubro de 2010

Uma pergunta, uma resposta


Nestes últimos dias tenho intensificado meu envolvimento com a capanha eleitoral 2010, sobretudo,  neste segundo turno para eleição presidencial. Creio o que está se desenvolvendo na atual conjutura eleitoral nos trará um novo envolvimento dos cidadãos e cidadãs no cenário político. Diante do tipo de capanha desenvolvida neste ano e uso de elementos, antes, para muitos, distintos, como a religião, pois ainda há quem diga que religião e política não se misturam podemos esperar uma nova figura surgir neste cenário. Há verdade nisso, mas, em vez de reproduzir essa idéia, devemos pensar na complementariedade das coisas. Agumenta-se que Fé e Política não se misturam por serem coisas distintas, mas, na prática cotidiana elas se complementam. É São Tiago que nos alerta sobre isso. (2, 14-25).

Devemos nos preparar para reaparecimentos de atores sociais que há muito estavam adormecidos e também, de novos atores, antes nunca imaginados se envolvendo em campanha política. O envolvimento cego de inúmeras pessoas ligadas aos mais diversos seguimentos religiosos, do fiel aos pastores em seus diversos cargos hierarquicos, evidenciou um novo sujeito polítco, ou seria outro sujeito religioso? Se for religioso seria: o fundamentalista religioso político. Se for político seria: o militante político religioso fundamentalista. É possível ver diferença nisso? Ao final foi sempre o fundamentalismo que pautou e pautará as possíveis ações destes sujeitos. Aqui não está em jogo se deve ou não relacionar fé e política, pois, eu tenho convicção da necessária articulação entre elas. O que trago é o fato do mau uso da dimensão religiosa e até a fé ou crença das pessoas em determinada religião como ferramenta eleitoreita, pois, quem entende a complementariedade entre estas dimensões humanas, não as usam equivocadamente. Então, não esperem que um ser religioso que entende o real sentido da relação entre fé e política tenha sua ação impulsinada por uma fé cega. Mas, dos fundamentalistas  religiosos sim, como pode ser visto nesta eleição de 2010.

O aparecimento em massa do milititante político religioso fundamentalista nesta campanha eleitoral, que transformou a fé e a crença em arma eleitoreira, desqualificando a seriadade da relação entre fé e política fez reaparer inúmeros sujeitos religiosos de grande referências e que possuem muita propriedade ao que se trata da relação entre fé e política, além de inúmeras novas figuras religiosas que também defendem o desenvolvimento de um processo eleitoral que seja, no minimo, respeitoso e uso correto, não da religião, mas da fé com a política, como visto em São Tiago.

Aguardemos! Os próximos anos prometem que isso seja intensificado, e com isso reacende e desperta mais pessoas a se envolverem ou relacionarem fé e política da forma como de ser feita que é entendendo a vivência da fé como a prática do bem comum, ou seja, através da política que é o exercício pleno da cidadania de um indivíduo, através da relação respeitosa entre os indivíduos tendo como propósito a harmonia entre seus direitos e deveres, e acima de qualquer coisa, agir motivado pelo desenvolvimento do bem comum.

Uma pergunta, uma resposta

Após enviar o post anterior (No dia 02 de Janeiro de 2011 - Melhor não arriscar...) para meus contatos de e-mail recebi a seguinte mensagem como resposta: Meu querido, que pena, você tão inteligente e religioso... Prefere O Dilmo??? Ah ah ah...

A pergunta foi: Prefere O Dilmo?

A minha reposta foi:
Eu fico grato por sua consideração. E sim, hoje estou com Dilma, exatamente por valorizar meu envolvimento religioso e reconhecer que não devemos fazer mau uso das questões religiosas e das crenças como vejo ser feito nesta eleição.

Creio, também, que minha mínima inteligência leva-me a perceber que esta mulher, Dilma, apresenta o que considero ser o melhor para país, sobretudo, no tange as lutas que desenvolvo. Não acredito que votar neste ou naquela seja uma questão de menor ou maior inteligência ou ser mais ou menos religioso, contudo não descarto que estes elementos influenciem sobre nossas decisões, porém cada pessoa o usa como acha ser melhor conveniente ou adequado.

Eu não vejo, por exemplo, ser adequado usar, hoje, a questão religiosa para dizer que este é melhor que aquela, que neste caso, para mim, seu uso é uma questão de conveniência de certos candidatos que acabam convencendo por esse viés muitos eleitores, vejo que as eleições e a decisão de nosso voto deva passar por análise sociopolítica que cada pessoas possui ou é capaz de fazer e não religiosa como se tornou as eleições presidenciais neste ano. Eu fiz minha anáilise sociopolítica que me ajudou a decidir em quem votar neste segundo turno que é: Votar em uma Mulher para ser presidente do Brasil.

Minha decisão, assim como de muitos, não está insenta dos meus preceitos religiosos ou desprovida de inteligência, tomo esta decisão consciente do quero para mim e acredito ser o melhor para o meu país que tanto amo.

Minha decisão não condiz com a decisão de voto de muitas pessoas queridas e que tanto prezo, que possuem inteligência igual, inferior ou superior a minha e apesar de divergente da minha decisão, não as menosprezo ou desvalorizo sua decisão, pois acredito, que assim como fiz, estas pessoas decidiram seu voto a partir de uma análise crítica do cenário sociopolítico que vivemos e lamentaria apenas em um caso, se essas decisões fossem tomadas motivadas pelas ondas de boatos e ataques inconseqüentes que a campanha eleitoral de 2010 agregou em seu desenvolvimento, sem levar em consideração fatores importantes para o bom desenvolvimento e gestão do país.

Por fim, muitos amigos e amigas não votam comigo, cada um de nós temos nossas motivações e princípios que nos levam a decidir por este ou aquele candidato. Eu tenho muitas e muitos que me fazem optar por Dilma na Presidência.

Beijos, saudades

Mais uma vez obrigado pelo tão inteligente, rsrsrs

Ah! Dessa vez não dá para trocar os votos, neste caso, eu não conseguiria cumprir o acordo, rsrsrs

Paz e Vida Longa!

Mauro Juventude - um pescador que ousa costurar palavras

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Conto com seu voto para juntos e juntas elegermos a Primeira Mulher Presidente do Brasil. Dia 31 de Outubro eu Voto Dilma 13 para Presidente.
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