Aqui você poderá encontrar muito de mim e espero com isso revelar o que ainda não sabe sobre você. Calma, aqui não será um espaço esotérico. Mas, acredito que no contato com o outro/a descobrimos quem verdadeiramente somos. Sinta-se a vontade em viajar comigo nesses escritos e saiba que o conhecimento é um processo, é uma construção, em que todos/as nós fazemos parte das diversas etapas de sua edificação. Participe desta aventura, venha pescar comigo nesse grande mar que é a vida, onde costuraremos histórias e reflexões acerca dos nossos sentimentos, pensamentos e das coisas da vida, as coisas do dia-a-dia que nos rodeiam.

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domingo, 31 de agosto de 2014

Costuras Explicativas 1 e 2

Amanhã se iniciará setembro e junto com ele uma nova estação. E assim pegaremos carona nas cores da primavera e vamos retomar nossas costuras no blog do Pescador.
Com esta retomada, vamos voltar elegendo um tema para cada semana de postagem, talvez não tenhamos postagens semanais, mas sempre que tivermos tentaremos seguir uma mesma inspiração para todas as postagens da semana.
E já começamos nossas publicações de setembro tendo como Inspiração as Costuras Explicativas, que serão uma forma de apresentação deste atelier. E começaremos explicando brevemente sobre o nome deste Blog.


Costura Explicativa 1

Por que Costuras e Pescarias?
A grosso modo poderia dizer: "são os ofícios que me formaram, que me construíram enquanto ser". Mas, sei que logo viria a indagação, como assim? Explique melhor. Pois bem, escolhi este nome por ser um dos ofícios de minha mãe e de meu pai. E, quando eu resolvi expor, publicar ou mesmo divulgar meus rabiscos, assim chamava meus escritos, minhas costuras. Foi a busca por algo que pudesse ter um significado mais profundo e encontrei em meu pai e minha mãe esse significado.
Assim, encontrei na costura a metáfora para meus rabiscos e na pescaria a metáfora para as experiências vivida, essa foi uma forma de homenagear estes dois seres que me são tão caros, minha mãe e meu pai.
A partir destes momento surgiu o Pescador e suas costuras e todas as metáforas deste atelier que aos poucos vai ganhando mais autonomia e a identidade própria destes elementos.
                                                                                          (Primeira Capa deste atelier)


Costura Explicativa 2

E quem é o Pescador que ousa costurar palavras?
Sou a soma dos tantos mínimos, resultado de tudo aquilo que eu quis e tentei ser e não consegui. Sou sorriso, sou piada, sentimento que chora, que afaga e acolhe. Sou amante e busco incansavelmente ser Cúmplice. Sou um ser errante, que caminha rumo ao desconhecido, acampando aqui e ali, ora fugindo do sol, ora o enfrentando e até esquecendo a sede quando a luta não nos permite parar. E há quem diga que sou pirata, poeta, palhaço, ator. Cantor? Não, minha melhor canção é o silêncio. Sou um aprendiz da arte da paciência, arte bela, árdua e necessária e muito difícil de ser praticada.

Sabe..., falar sobre nós mesmos é um tanto quanto difícil, se temos algo não muito agradável, logo tenderemos a ocultá-lo e se temos nossas qualidades, ao apresentá-las pode parecer que somos exibidos. Por isso, não vejo prudência num relato sobre mim. Porém, quem me conhece poderá fazê-lo com uma liberdade maior, espero que alguém possa fazer isso e assim, os que não me conhecem e desejam saber uma pouco sobre mim poderão ter algo a meu respeito.

Mas, antes de qualquer coisa, sou filho e irmão. Hoje, tio, pai? Um desejo e realidade em cada ser que de alguma forma ajudo na construção de sua vida como um ser humano melhor.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Realejo


Sou um errante, passeio pelas ruas procurando uma direção. Sem ela, não há horizonte, caminhar é vão. Ouço ao longe uma linda melodia, melancólica, que me faz alegrar o coração. Das lembranças de nossa canção.
A distância protagoniza nossa história. A liberdade, nossa bandeira. Mas, é a vontade que nos move.
Eu, um ser moribundo, jogado no mundo, sigo o som e vejo um vendedor de sonhos. Triste, sem clientes, que já não encontravam sentido nas sortes dos realejos. Preferiam os infortúnios da realidade inventada aos sonhos comprados a varejo. E eu que já não tinha mais o que perder, pedi ao pássaro para a minha sorte ler. 
E um sorriso de primavera brotou das tristezas que reinava em mim. Pois minha sorte dizia que eu teria felicidade sem fim.
E o vendedor de sonhos sorriu e mais um desejo me concedeu. Meu coração quase explodiu quando a sorte a mim ofereceu, uma luz a seguir, e a sorte dizia: "dela você não deve desistir". Então, eu ganhei de volta minha vida e o vendedor de sonhos sua alegria ao ver voltar a magia sempre contida nas sortes lidas ao som dos realejos

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Uma Singela Homenagem: Gisley - Uma Alma Rara



Hoje, resolvi reeditar este vídeo que fiz para homenagear Gisley (o Gigi, nosso Menino Maluquinho) no ano de seu encantamento, uma forma de homenagear este ser raro que passou em minha vida, que passou e deixou uma marca indelével em minha história, em minha vida e creio que na vida de muitas pessoas. Serei eternamente agradecido por ter sido agraciado por tê-lo no meu jardim de rosas negras, de rosas raras, na minha sagrada lista de Cúmplices.

Esta reedição é uma singela homenagem a esta rosa negra, esta alma rara, que como os alecrins dourados que nascem no campo sem serem semeados, nasceu no mais belo dos jardins, na terra mais fecunda, no fecundo terreno do amor, no jardim de nosso coração, lugar privilegiado para se guardar quem nos marca profundamente. Tu és presença constante em nossas vidas, estás vivo em nós e nos faz sentir esse frio que nos congela a alma, que muitos chamarão de saudade. E me faz recordar o que escreveu certa vez o pescador e traduz exatamente isso que estou sentindo agora: "Saudade é manifestação da presença de quem amamos em nós"

Esta publicação é a forma que encontrei para dar meus parabéns a este ser, no dia em que completaria seus 34 anos de vida, e que continua vivendo em mim sua vida e na vida de cada pessoa contagiada pelo seu amor, seu amor pela vida e por sua luta em defesa da vida da juventude.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Uma costura para Hilda Hilst: devaneios de um pretensioso aprendiz de escritor


Hoje me deparei com uma parte de mim já morta. Morta? Mas, ela está tão viva, estava ali em minha frente. Não sei exatamente o que senti, se era uma parte ou uma extensão de mim, ela seria eu vivido no passado próximo e que compartilhamos separadamente um breve presente? Éramos uma forma complementar de existência? Ou seríamos almas gêmeas desencontradas? Aquelas almas encarnadas em tempos diferentes, que se perderam no percurso da encarnação e ficaram fadadas a encontrarem-se somente nos escritos que superam o tempo, que narram suas histórias, seu amor e sua existência de entrega à solidão em busca da parte que lhe falta, nos seus escritos identificam-se,  e só nas entrelinhas de seus escritos sua comunicação torna-se possível e na vivência da vida real ao saber, somente encontrarem-se nas comunicação além tempo, além gerações, choram o desencontro e se entregam ao caminho em que a solidão torna-se a melhor companhia.
Ouvia as pessoas que comentavam sobre mim, sei que não era eu aquela pessoa comentada, mas eu me via tão presente em cada comentário, impossível existir um ser tão parecido comigo, um ser que tinha vivido minhas história, meus desejos e sonhos antes de mim. Seria eu olhando para mim vivido em outro tempo? Talvez me chamem de pretensioso, eu mesmo estou me sentindo assim, que pretensão a minha, comparar-me a ela que é tão fascinante com sua vida invejável e admirável.
Aquele fascínio pela morte e o meu também, ou seria o encontro com Deus? O tempo para si, seu refúgio interior e seu universo particular, seus amores diversos, o cuidado para com seus amigos e o humano num geral, seus desejos e frustrações, seu estilo de vida, sua dedicação à costura das palavras, sua ousadia literária e o seu amor incondicional ao mundo das artes. É, sem dúvida sou eu mulher, ou eu seria ela nascida homem? Não, o tempo não permite isso, não há possibilidade da mesma alma viver em corpos diferentes ao mesmo tempo, ou seria possível? Só se no caminho da encarnação uma parte da poeira de luz que forma nossa alma, tenha se entretido na admiração dos outros punhados de poeira de luz que seguiam para encarnar e ficou para trás. E, com isso tenha levado meio século para encarnar e o tempo o fez perder o caminho do corpo de destino e acabou por encarnar neste corpo que hora costura essas palavras. Pretensioso! Mais uma vez ouço dizerem. Desta vez ouço em gritos.
Não, definitivamente não, eu não sou ela nascida homem, seria carga demais sobre mim, sem contar a impossibilidade histórica da encarnação das almas, isto tudo que sinto é apenas uma admiração por sua vida, por sua história de vida. A crença na eternidade que branda o encontro com a morte, a enamora, mas nunca deixou de desejar a vida e a viveu intensamente, a vida que sonhou, criou e transformou. Talvez sejamos almas gêmeas desencontradas – mas só talvez, pois a certeza me traria muita responsabilidade e cobranças e, o momento em que vivo não me permite assumir tamanha carga –, perdidas na encarnação, e desta vez foram apenas alguns quilômetros que nos afastaram e alguns anos, se eu a tivesse lido antes de sua partida, antes de seu gozo máximo no encontro com a amada morte. Por que demorei tanto a encontrá-la? E quando a encontro, a encontro assim em história, em palavras, nas entrelinhas. Quem sabe da próxima vez nos encontremos para além das histórias, das costuras e das entrelinhas. Quem sabe?! 
Não a conheci e ainda não a conheço bem, mas o pouco que ouvi e li, eu me sinto tão parte de sua história, vejo-me vivendo sua vida e eu a vejo vivendo em mim com todos os seus desejos, sonhos, realizações e frustrações. Do pouco que sei sobre ela, percebo e sinto em mim o mesmo desejo de retirar-me, de isolar-me, de dançar com a solidão, que é a busca por si no isolamento do mundo enfadonho e cruel que nos deixa desconhecido até para nós mesmos, ao mesmo tempo em que grita em nós o desejo de intervir nele. Queremos alterá-lo, recriá-lo e ela o fez. O encontro consigo transborda de conhecimento sobre nós, onde a solidão não é solitária, mas companhia amada.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Riso - a poesia mais bela



Quando eu era criança, meu riso era a minha única poesia, e ouso dizer que ele tenha sido a poesia mais bela que eu tenha costurado um dia. Talvez, mas só talvez, pois a vida é demasiada grande para abarcá-la em meus tão mínimos pensamentos, seja por isso que eu insista tanto em manter o meu riso sempre em evidência.

Creio que ainda penso como criança, por achar que essa poesia ainda possa encantar alguém. Mas, tudo bem! Posso ser chamado de iludido ou não, utópico e sonhador, o que importa é que meu riso permaneça, pois ele revela a minha alma contente por poder viver e costurar a cada dia um novo retalho neste grande mar que é a vida.

Por mais que eu já não seja mais criança, ou não seja mais aquela criança da minha infância, não acredito que esta poesia possa estar ultrapassada, caduca. Mesmo que, hoje, eu percorra por mundos que nos impedem de dar valor aos detalhes da vida, as coisas simples, mas que fazem grande diferença.  Assim, seja o riso apenas riso ou ainda, apenas minha poesia infantil, continuarei a ostentá-lo. O riso é indispensável na descoberta e construção de um mundo novo.

Pois, o riso é a mais bela e pura poesia, mesmo que seja uma poesia infantil. É uma poesia necessária aos descobrimentos do mundo e o torna mais belo. Embeleza este nosso mundo que a cada dia se torna mais senil. 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cante a minha canção (Costuras inacabadas do pescador)

Ando tão preocupado com o mundo e com a tristeza de quem amo que me esqueço de mim. Olho no espelho e não reconheço o que vejo. Um ser moribundo, meu reflexo não é meu, meu reflexo não sou eu. Mesmo assim, sigo adiante, como um ser forte e inabalado, enganado por aquilo que finjo ser.

Enquanto por dentro, no âmago do meu ser, eu preciso de ti cuidando de mim, sem eu fingir ser aquilo que não sou. E sendo aquilo que só você, em seu colo, ao cantar a minha canção, me faz lembrar quem realmente eu sou. E, ao me olhar com teu riso cantado, o teu riso me faz sorrir e sentir que é possível ser feliz. E o reflexo do espelho já não importa mais, pois, em teus olhos eu consigo ver, sem mancha ou enganação, meu verdadeiro ser.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sentimentos de um cúmplice - sobre ficar e partir e frio que gela o corpo e a alma

Bruno, Lelé, Aline e Eu - Apresentação: Uma vida em prol da juventude

(Sobre ficar e partir. Estes dias senti um frio que me gelou a alma. Frio causado pelas ausências de alguns cúmplices, então teci a costura que segue abaixo, destinada inicialmente ao Bruno e Aline e durante sua construção destinou-se, também, ao Lelé, Leca, Rique, Ju e Wanessa. Após achar que tinha finalizado, enviei a costura, com cópia para todos/as que mencionei anteriormente e, recebi alguns retalhos que posto aqui. Posto por considerar que são parte de uma costura que eu apenas iniciei e agora se tece por várias mãos.)

Oi, meus afilhados, meus amores, meus cúmplices,
 Hoje, ao fazer uma busca de vagas de emprego, a saudade me pregou uma peça, encontrei entre os diversos anúncios uma vaga oferecida pela Zethos (o Bruno trabalha na Zethos), foi quando me dei conta que vocês não estão mais aqui.
Ontem, eu conversava com Lelé que para mim vocês ainda estavam morando ali, que no final de semana eu poderia ficar lá com vocês, essa foi a forma que encontrei para driblar a dor da partida que ameaçava despertar em meu coração. Mas, o anúncio me fez acordar e um frio apertou meu coração, tudo pareceu gelar e incomodar meu corpo e a alma.
Não sei como, mas meu corpo, desafiando a ciência que diz que a água exposta a baixa temperatura congela, liberou um choro dolorido provocado pelo vazio que se instalara em meu peito ao acordar e perceber que não poderei ligar e dizer a qualquer hora: "estou indo aí ficar com vocês".
Sei que vocês devem estar acordando para esta nova realidade e devem estar sentindo isso que, também, aperta meu coração. Escrevo entre choro este sentimento e não quero provocar ou piorar este sentimento que nos gela a alma. Só quero dizer o quanto amo vocês, mesmo que vocês já saibam e sintam o quanto é verdadeiro este sentimento.
Desejo profundamente que tudo ocorra da melhor forma possível nesta nova temporada desta série (Só a gente) que terá mais um cenário (SP) de atuação, mas que espero que tenha muitos momentos de gravações comuns (Só a gente - para sempre).
Uma alegria que tenho é estar morando com Lelé, que me tranquiliza ao saber que no outro quarto está um grande cúmplice e, assim, quando o frio apertar e fazer doer o coração, chorará junto comigo essa dor, pois também sente o vazio que sinto. E depois, riremos chorando até o riso nos invadir por completo.
Espero grande sucesso nessa nova temporada do Só a gente, agora na versão MG e SP, vamos fazer de tudo para que tenhamos grande audiência sem a participação de tão especiais, raras e competentes estrelas e quem sabe com o retorno das estrelas: Leca, Rique end Family (Ju e Biel) e Wanessa. Vocês, também, estão em meu coração, o livro onde escrevo o nome de quem me é raro – os meus e as minhas cúmplices.
Meu coração é um jardim de rosas raras, um jardim de rosas negras, jardim em que cada um de vocês tem um cuidado especial.
Beijos gelados
Paz e Vida Longa!
Com amor e frio,

Um Cúmplice que sente frio e ama

Aline diz:
Chorando... não consigo dizer nada...

Bruno diz:
Mauro,
 Simplesmente: Choro e saudades!!!! TE AMO!!! Esperamos você aqui!!!
 L
 Bruno Luz

Lélé diz:
Meus bons amigos-cúmplices...
Acabei de voltar do almoço... me preparava pra voltar à rotina aqui do serviço quando me deparo com algumas coisas que penso, sinto e também queria ter dito.
E com isso, a rotina, as tarefas, tudo pode esperar.
Partilho com vocês que tenho vivenciado um tempo de profundas e radicais emoções. E cá estou, vivo, “... apesar dos perigos...” (como canta o poeta). E muito de ter sobrevivido a tudo isso, deve-se a vocês.
Nesses anos todos, as minhas dores doeram em cada peito... as minhas alegrias ressoaram em suas risadas... as minhas lágrimas correram dos seus olhos. As minhas vitórias, nós as alcançamos.
Como disse (ou tentei dizer, não sei se consegui) à Aline e Bruno, domingo, muito do que hoje sou e tenho devo à cada um. Com isso, se dói a ausência de parte de mim, fica a esperança de que parte de vocês caminham sempre comigo, batendo e pulsando vida em minhas veias.
Ter a nobre companhia de Mauro, nesses dias, tem sido alento, força e esperança.
Alento nos momentos de dor, com a partida de Aline e Bruno, com a doença de minha mãe, com o período de afastamento de Babi (graças a Deus encerrado).
Força, na idéia da construção de novos espaços, novos conhecimentos.
Esperança de que nossos planos, tão caros e doces, venham a se tornar concretude, realidade.
E tudo isso se torna pequeno, quase nada, quando percebemos o amor com que construímos essa história linda, e as inúmeras pontes que ligam Belo Horizonte, São Paulo, Marília, Marapanim, Ananindeua, Belém, Itapecerica, Barbacena, Juiz de Fora, Vila Real, Lisboa... não pontes físicas, mas essas pontes sentimentais, que me fazem conhecer bem Belém sem jamais ter visitado, que os fazem conhecer Lisboa sem ser por imagens...
Cá estou. No momento sozinho, mas curtindo a companhia de cada um no meu coração.
E encerro lembrando doces palavras que minha prima mais velha, Manuela, me disse quando esteve conosco há poucos dias:
“Saudade é o amor que fica...”
Com amor, saudade e esperança, fica meu sorriso, misturado à lágrimas, na certeza de que todos ficamos bem, uns com os outros...
Abraceijos, com carinho...

Alessandro “Lelé” M. Seara

"Uma caminhada de mil léguas começa com um pequeno passo." (Mao Tse-Tung)

Bruno diz:
Gente... Haja lágrimas...... L
Amo vcs... DEMAIS.... Lelé – vc, Mauro, Rique, ou melhor... Todos são irmã(os) escolhidas(os).
Esperos vcs aqui em kza (SP). Mas sabiam que estaremos em BH todo mês fevereiro será entre os dias 10 e 12.
Lindos, Lindas!!!!!!!!
Só a gente na cabeça!!! Vamos brilhar em Minas, SP, Pará, etc. A distância será um detalhe, teremos dinheiro para viajar todo final de semana de avião... Vamos lutar para isso!!!

Bruno Luz

Wanessa e Eu - Festa a fantasia
Wanessa diz:
Genteeeeeeeee,
Que saudade eu estou de vocês.... Cada um tem um lugar especial no meu coração, nunca me esqueço dos momentos que passamos juntos... e se Deus quiser, vamos nos reencontrar, em breve!!!
Amo muitoooooooo vocês.... Aline e Bruno, meus afilhados lindos, desejo-lhes tudo de mais belo, onde estiverem...
E Mauro, Lelé, e todo mundo: É recíproco o carinho e amor manifestados...
Beijosssss.... e saudades...

Wanessa

Ju e Eu - Chá do Gabriel
Rique diz:
Nunca fui bom nas palavras... Mas, elas vem do coração.
Um aperto no peito a cada lembrança da presença (Física) de vocês em minha vida...
Lembro como se fosse hoje, quando um dos meus sonhos se tornou realidade. Ser do CAT.
A partir daí descobri que não foi o desdobramento de um sonho e sim de uma linda amizade.
Vocês foram e ainda são, pra mim, referência de vida.
Obrigado, sentir uma amizade verdadeira como a nossa vale a vida!!!

Bjus do Henrique, Ju e Biel
Leca e Rique - Serra da Piadade

domingo, 23 de janeiro de 2011

Entre ficar e partir


(Para Si e Tiago, que não apenas partiram, mas, permanecem aqui)

O que se diz na hora de se despedir?
Tchau? Desculpe o incomodo? A bagunça?
Muita coisa pode ser dita e nada também
Há tanta coisa entre o ficar e o partir
Que a despedida se transforma em ritual
A cada dia convivido é um pouco da gente se despedindo
A despedida é dolorosa pela construção que fazemos
As descobertas, os segredos revelados e os juntos construídos
Manias estranhas que a cumplicidade acolhe
Bichos que decoram os lugares, mas que, de vez enquanto, assustam
A vivência da intimidade permitida
Que por sinal é uma merda, mas vale à pena e faz parte
Que o diga a cumplicidade...
Quem fica não fica mais só e quem parte também não
Permanecem as lembranças, que ficam e que vão
Vamos e ficamos juntos nas lembranças do outro
Entre o ficar e partir existe uma infinidade de detalhes
Que o ritual da despedida nos permitiu construir
Testado na simplicidade da convivência
Leite quente ou gelado? Prefiro bacon no prato
Dois bifes de frango e dois de porco!
Frango com quiabo? Nem pensar!
Há quem goste de tomate, mas, prefiro cebola
Frita, cozida ou assada
“Eu Nunca”, quem quer jogar?
E agora não posso dizer que “eu nunca” comprei fiado
Tudo seria normal e não esquisito se eu não fosse um desconhecido
Chuva, barraca montada e noite estrelada
Lei de silêncio, conversa e risada
Abacaxi que empresta o sabor á cachaça
Refrigerante feito de mate e chapéu de couro
O café na mesa que parece um banquete
Trilha de escravo, sol, lomba e cachoeira
Corujas que não anunciam mau agouro
Mas, fazem companhia nas noites frias
Uma pipa com valor absurdo
E a convivências com pessoas maravilhosa que não tem preço
Casa cheia e agora vazia
Só as lembranças preenchem cada canto
Da casa e de mim
Então eu digo, obrigado por tudo
E na despedida se diz: "até logo"
E se complementa dizendo:
"Foi muito bom o tempo que passamos juntos"
E, assim, fica o desejo e a esperança do reencontro próximo

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O pescador e o retorno de saturno


Após uma ansiosa espera o dia chegou e a tão esperada idade também. Sem saber como explicar, esse aniversário foi, se não o mais, um dos mais esperados. A loucura da campanha política e meu envolvimento com ela, não me permitiu preparar como desejei este dia, no qual resolvi fazer algo somente nos quarenta e cinco minutos do sesundo tempo. Não teria uma festa organizada com antecedência e muito menos bem preparada.

Mas, teria a companhia de bons amigos que é o que vale a pena e o que mais importa. Bons amigos, papo agradável e samba de raiz. Uma mistura que me rendeu muitos risos e uma bela comemoração do tão esperado dia 2 de outubro. Como já anunciei não tenho uma explicação lógica por tal ansiedade em comemorar tal idade. Talvez seja a tal volta de saturno influenciando meu momento astral e no qual alcanço meu último ano de juventude segundo a fixação estabelecida pela a Organização Iberoamericana de Juventude (OIJ).

Esperava ter uma festa em um sítio com a FACTOTUM tocando o número que virou canção para Renato Russo e que eu tanto esperei chegar em idade. Não foi assim, mas, assim como em outros anos a festa ainda não acabou. Ainda mais que neste ano minha festa começou na véspera do dia 2 na qual a madrugada me trouxe um presente inesperado sob a noite de um belo horizonte.

Opa! Que desajeitado eu sou, falando de aniversário, de idade que esperava completar e ainda não mensionei abertamente a idade que completei no dia dois deste mês. Na verdade já o fiz com a utilização de códigos ou elementos que podem conduzir ao entendimento da minha idade atual. Vamos brincar um pouco com minha idade, já que ela nos possibilita isso.

Minha idade atual é um número real e um dos números naturais que só é divisível por um e por ele mesmo o que torna minha idade um número primo. Segundo Sophie Germain é o sexto número primo, mas, para quem não conhece tão brilhante mulher e suas teorias numéricas veja qual é o décimo número primo e terás a minha idade. Para a Organização Iberoamericana de Juventude (OIJ) é o último ano que se pode considerar jovem. Para os que gostam de química, veja qual é o número atômico do cobre e minha idade saberás. Para os músicos ou poetas é só lembrar o número que Renato Russo transformou em canção. Para os historiadores ou quem gosta de história é o número que lembra a Grande Depressão iniciada no Estados Unidos, conhecida também de Crise de (minha atual idade) e o mês do seu ápice é o mês que nasci. Para os matemáticos digo apenas que a soma dos seus divisores tem como resultado trinta, para facilitar, não esqueçam que é o decimo número primo. Para os numerólogistas seu resultado final é o dia em que nasci. Para os religiosos, descubram o ano que Jesus foi batizado por Jão Batista e minha idade encontrarás. Para os astrólogos é o ano que corresponde ao primeiro retorno de Saturno. E para facilitar e esse jogo acabar um mês eu vou usar. Sem o costume perder e minha idade dizer sem sair do contexto, é só contar o número de dias do mês de fevereiro em anos bissextos. Para você que chegou até aqui e não desistiu de ler e minha idade ainda quer saber, pois, ainda não foi possível descobrir, a quantidade de aniversário que já festejei em ordinal eu vou dizer e depois espero seu cometário: “no dia 2 de outubro foi meu vigésimo nono aniversário que em algarismos romano é XXIX e se fosse em televisão não estranhe se ouvir falar em polegada.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Cumplicidade: Quando nos tornamos cúmplices?


Ser cúmplice! Esta é uma questão que me acompanha constantemente. É assim que gosto de chamar quem me é raro/a. Outro dia escrevi sobre as rosas negras, sobre sua raridade e sobre sua beleza transformadora. Assim são os cúmplices, são seres raros, como as rosas negras, por isso chamo as minhas e os meus cúmplices de rosas negras, elas e eles não sabem disso, mas assim os considero. São tão raros que não é possível encontrar aos montes, e por sua raridade devem ser cuidados e preservados. Cumplicidade não se faz, se vive, assim como o amor. Só existem na vivencia humana, na relação mais profunda de intimidade. Na capacidade de colocar-se no lugar do outro para entender o que o outro sente e assim, nada precisar dizer, apenas oferecer o colo ou o ombro se tristeza, ou abraçar e festejar se alegria.

Os cúmplices se conhecem no olhar, se entendem no olhar, conseguem dizer e sentir apenas no olhar. O olhar de um cúmplice invade a alma, desnuda nosso ser e encontra o que por ventura tentamos esconder. Podemos esconder, de muitos, o que sentimos, não de um cúmplice. A cumplicidade não permite segredo, a cumplicidade nos dá a capacidade de poder partilhar e não viver sozinho seja o que for: dor ou alegria. Ser cúmplice é ser humano, é ser a mais autêntica expressão humana, é se reconhecer como um fragmento de uma complexa existência que se materializa na relação sincera que estabelecemos com o outro.

Mas, quando nos tornamos cúmplices? Não se torna cúmplice, se percebe cúmplice. Quando menos se espera, já é, nem o próprio cúmplice sabe o memento exato de ter se tornado um, apenas se percebeu sendo um. Todos são capazes de estabelecer relações de cumplicidade, se você ainda não tem, não se preocupe, chegará o momento que serás reconhecido e reconhecerá o seu ou a sua cúmplice. Não dá para precisar o momento em que se torna cúmplice. Mas, acredito que no primeiro contato entre os seres, estes já se percebem cúmplices, mesmo que não tenham dimensão disso. Às vezes, as turbulências cotidianos nos impedem de enxergar um ou uma cúmplice a nossa frente. Contudo, existem encontros tão fortes, que é possível perceber que aquele momento não é um encontro comum, é um encontro de alma. Devo informar que a cumplicidade extrapola a matéria, não são apenas corpos que se encontram e convivem, são almas que se reconhecem.

Por mais que não seja possível nos tornarmos cúmplices, por já nascermos cúmplices, existem momentos que tornam a cumplicidade cada vez mais forte. Como falei de rosa rara, de cumplicidade, será na história da cumplicidade de um príncipe menino com sua rosa, que não era negra, mas era rara, por ser a única entre tantas rosas, que busquei os exemplos dos momentos que tornam a cumplicidade mais forte. E é esse mesmo príncipe menino que nos exemplifica o momento em que se é reconhecido como cúmplice, através do seu encontro com a raposa. E foi do diálogo desses cúmplices reconhecidos que tirei três trechos que ajudarão a perceber, valorizar e preservar esse sentimento, assim como para que a cumplicidade se fortaleça. Pois, exige compromisso.

Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante. Esta fala da raposa nos faz perceber o quanto que não damos conta do que de fato torna o/a outro/a tão importante em nossa vida, e muitas vezes, o simples e necessários fato de estar junto, seja aqui tão perto ao alcance da mão, ou através apenas da voz que viaja quilômetros pelas ondas telefônicas ou virtuais, ou mesmo pelas escritas através das cartas ou das diversas redes sociais. Aqui, encontramos um pressuposto fundamental na relação entre cúmplices, perder tempo com o/a outro/a. Na verdade, quando estamos junto de nossos/as cúmplices, não perdemos, ganhamos tempo. Estar com o outro representa e possibilita descobrir e conhecer um ao outro, o que proporciona o nosso reconhecimento como verdadeiros cúmplices o qual a distância física faz brotar o sentimento de falta, vazio, e comumente conhecido como Saudade, que só existe porque o ser distante se tornou importante em nossa vida. Assim, desperta em nós o desejo do reencontro.

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Não existe relação de cumplicidade sem compromisso, sem o cuidado com o/a outro/a. Essa responsabilidade brota naturalmente em nós. E esta fala da raposa corresponde ao nosso grau de responsabilidade pelo outro, uma vez que nós só nos tornamos importante na vida de alguém, porque às cativamos, senso assim, somos responsáveis pela falta que o outro sente de nós, somos responsáveis pelos outros sentirem Saudade, portanto, devemos cuidar e saber cuidar. Esta falta que o cúmplice faz em nossa vida, nos leva e motiva criarmos diversas possibilidades de encontro, pois, sabermos que está lá, em algum lugar, já nos alegra. Mas, podermos estarmos juntos, nos realiza, nos deixa plenamente felizes. A cumplicidade invade tanto nosso ser, que não nos contentamos apenas, com os telefones, cartas ou meios virtuais. Queremos ver, tocar, sentir o coração do outro sincronizar com as batidas aceleradas do nosso, provocada pela ansiedade da espera do reencontro, num abraço de corpo inteiro.

Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. É quase que involuntário, mas, reencontrar um cúmplice provoca em nós quase uma revolução interior. São tantos sentimentos que envolvem uma relação entre cúmplices que um reencontro mexe profundamente com o nosso ser, são as lembranças, as confidências, as vivências ainda não contadas, os abraços não dados, os choros não chorados, os risos esperados. Tudo fará parte da projeção e preparação do encontro, que tenta materializar todo o nosso desejo de rever, e escancara nossa ansiedade e felicidade de esperar pelo outro. O encontro com um/a cúmplice expressa todo o nosso envolvimento para que tudo ocorra da melhor maneira possível, essa sempre será a motivação que um cúmplice terá no coração ao reencontrar o outro.

Bom, o tema é vasto e me é muito especial e valioso, não caberá apenas nestas linhas, mas o que segue já é um retalho do que concebo e acredito sobre a cumplicidade. Talvez tenha me perdido ao navegar esse vasto mar, mas, não dá para traduzir em palavras as entrelinhas dos sentimos de cumplicidade, por isso o que segue é apenas um alinhavado de uma costura muito mais densa e complexa. E, à medida que me aperfeiçôo no ofício da costura, trabalhos mais aprimorados e dignos de um tema tão ilustre serão postados aqui.

Paz e Vida Longa!

Um pescador que ousa costura palavras...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Não é possível fugir do que nascemos para realizar...

Cúmplices,
As ações desenvolvidas por diversas pessoas e grupos que buscam a construção de um mundo melhor sempre me foram motivo de inspiração e esperança. Esperança que na resistência teimosa de acreditar na utopia somos capazes de não deixar de fazer, mesmo diante de tanta desesperança no mundo e dos ataques e perseguições aos que não desistem de sua missão.
Falando em missão, outro dia alguém me disse que tenho pouco tempo e que não podia fugir da minha missão. Foi um conversa muito louca, fiquei assustado e intrigado com aquilo, não sei o motivo, mas aquelas palavras mexeram profundamente comigo. Ao ouvir tudo aquilo eu não pude conter o choro. De alguma forma aquelas palavras tocavam algo que há muito estava escondido ou guardado, talvez algo que estivesse fugindo.
Ela dizia: “Você tem pouco tempo, Mauro! Não fuja de sua missão, Mauro! Você não tem muito tempo, Mauro! Não negue seu dom, Mauro. Você sabe do que estou falando, Mauro!” A repetição do meu nome me intrigou e me deixava claro que tudo aquilo devia ser dito exatamente a mim e não a outro. Mauro era eu. Eu que estava ali. Aquilo tudo não podia ser dito a outra pessoa, eu devia ouvir aquilo. Aquilo tudo me soou como um alerta para algo que eu estava perdendo. Algo que eu devia resgatar. Na verdade ainda estou confuso com tudo aquilo que ouvi, mas de alguma forma tudo aquilo que ouvi mexia com algo que eu havia deixado de lado ou me negava a aceitar. Ainda hoje me pego ouvindo aquelas frases: “Você tem pouco tempo, Mauro! Não fuja de sua missão, Mauro! Você não tem muito tempo, Mauro! Não negue seu dom, Mauro. Você sabe do que estou falando, Mauro!”
Não sei exatamente qual é minha missão no mundo e muito menos quão pouco é o tempo que tenho. Mas, sei que não devo deixar de tentar mudar essa realidade de desesperança. Que devo continuar fazendo o bem, mesmo que os espaços que eu sempre acreditei não me comporte mais. Afinal, a construção de um mundo melhor é tão grande que não existirá agrupamento institucional nenhum com suas defesas particulares que conseguirá comportar mentes, corações que não conseguem ter limites na construção da tão sonhada civilização do amor.
Creio que minhas costuras sejam fruto dessa missão, façam parte desse dom. Ainda busco o sentido de tudo aquilo que ouvi. E, enquanto não o encontro, eu vou vivendo minha vida, tentando fazer o bem, falando de amor, vivendo o amor. Levando o riso e sendo riso. Acreditando no ser humano e sendo humano. Espero na travessia desse belo mar que é a vida, poder encontrar o sentido do que ouvi antes que meu tempo acabe. E, espero que, mesmo sem saber, já esteja realizando minha missão. E por mais que tentemos, não é possível fugir daquilo que nascemos para realizar, não somos nós que escolhemos nossa missão ou nossos dons, são eles que nos escolhem.
Paz e Vida Longa!
Um pescador que ousa costurar palavras.

sábado, 17 de julho de 2010

O frio faz coisas como essa!

Nos últimos dias aqui na terra das alterosas, de belos horizontes, nestes tempos de dias frios, de produção acadêmica árdua, mas muito prazerosa, muitas pessoas se junta a mim em meus pensamentos, pessoas presentes e outras mais presentes ainda, entre estas últimas, estão aquelas que já se encantaram e aquelas que estão longe. E esta distância não me permite ligar e dizer: “o que você vai fazer hoje?” “Vamos sair?” “Vou passar aí pra te dar um abraço”. Ação que só é possível aos que estão mais próximos.

Contudo, perto ou longe, é muito gostoso ligar e dizer aquelas coisas que dizemos a quem não podemos mensurar valor, por serem seres tão raros e preciosos. Só lamento não poder fazer isso aos seres raros que já se encantaram, mas, que de alguma forma se tornaram mais presente do que aqueles/as que ainda gozam da arte de viver e, com isso, acredito serem capazes de sentir a falta que eles nos fazem através do aperto que esta falta provoca em nosso coração. E como seres encantados podem escutar o que nossa alma diz nos momentos em que nosso coração anuncia o frio que estes seres provocam em nós.

Nestes últimos dias em que o sol se faz presente, nesta terra de dias frios em que tenho me dedicado em costurar um pouco sobre a vida de um pedaço que compõe o grande mosaico que é a juventude brasileira, três seres encantados estiveram e estão muito presente neste processo de costura acadêmica: Vi (Mamãe), Gigi e Dom. Pessoas que muito se dedicaram, se doaram e amaram a juventude. E, essas pessoas dedicaram-se, doaram-se e a amaram a juventude até o fim. E com suas vidas doadas sempre me inspiraram e me animaram em minha dedicação e doação no serviço a juventude que tanto amo.

Foi em meio a esses exemplos de vida e que se fazem presente em minhas memórias que busquei em meus arquivos lembranças destas pessoas tão raras e que me ajudaram a ser o que sou hoje. Ao buscar essas lembranças me deparei com uma conversa que tive pelo MSN com Gis em um de seus dias de labuta, dias que apesar da correria sempre tirávamos pequenos espaços de tempo, mas valiosos, para dizer algo, um ao outro. Resolvi, conservando a essências das palavras a mim dita por Gis naquele dia, postar o diálogo que tivemos neste espaço em que divulgo minhas costuras.

Diálogo entre cúmplices!

Entre suas tarefas diárias um dos dois cúmplices resolve pausar o que fazia para fazer algo sagrado na sua relação com seus cúmplices, dialogar, mesmo que a distância. O diálogo inicia como se os dois estivessem um ao lado do outro. Sabe quando estamos juntos com alguém, conversando por bastante tempo e por algum instante ficamos sem dizer qualquer coisa e a outra pessoa (ou nós mesmos), do nada, chama atenção e diz algo e nós fixamos o olhar nela e esperamos que ela continue a dizer? Foi assim que se iniciou aquele diálogo em que parecia que ambos estavam dizendo um ao outro, olhando nos olhos.

Gisley diz:
To aqui pensando...

Juventude diz:
No que?

Gisley diz:
Se existisse rosa negra. Ela seria ainda mais provocativa que a vermelha!

Juventude diz:
Depende...

Gisley diz:
De que?

Juventude diz:
Pense comigo: as coisas que parecem ser exceções, raridades, costumam provocar mais.

Gisley diz:
É verdade. Eu sou atraído por raridades!

Juventude diz:
As rosas “Todo Ano”, por exemplo, não chamam tanta atenção, devido nascerem o ano inteiro.

Gisley diz:
Ok.

Juventude diz:
Então, as rosas negras provocariam mais se essas fossem raras. Fico imaginando o que poderia tornar a rosa negra além de mais provocativa que a vermelha, torná-la rara.

Gisley diz:
Diga! Como?

Juventude diz:
Tenho duas idéias, rsrsrs. Uma delas não me agrada muito, mas vou dizer.

Gisley diz:
É, diga, estou curioso para ouvir, ou melhor, ler, rsrssr

Juventude diz:
A primeira seria que as rosas negras só nasceriam em determinado local e não seria possível ser plantada em outro lugar, contemplar só seria possível indo até ela neste local determinado, tipo nas terras de uma ilha de difícil acesso, rsrsrs, essa idéia é que não me agrada muito, pois, só poucos teriam oportunidade de contemplar tão bela e rara obra da natureza.

Gisley diz:
Eu também não gostei dessa, algo tão belo e raro não pode ser exclusividade para poucos contemplarem, mas, se fosse assim, deveria estar entre os direitos humanos contemplar pelo menos uma vez na vida as rosas negras, rsrsrs, fico até imaginando o escrito, rsrsrs, “Todo ser humano não pode passar pela vida sem ter contemplado, pelo menos uma vez, as rosas negras”, mas, continue, quero ouvir a outra idéia.

Juventude diz:
Somos loucos, rsrsrs, e essa viagem está gostosa demais. Então vamos à outra idéia, a segunda seria assim, as rosas negras poderiam nascer em qualquer lugar, mas elas não seriam possíveis nascer em qualquer tempo do ano, mesmo que se tentasse reproduzi-las.

Gisley diz:
E...

Juventude diz:
As rosas negras seriam as flores mais efêmeras, elas só nasceriam na primavera e desabrochariam na noite de lua cheia e seu tempo de vida seria o percurso da lua na órbita celeste, começariam desabrochar às 6 horas da noite, ou seria da tarde? Sei lá, não importa!

Gisley diz:
Isso mesmo, não importa, continue... 18 horas do dia, rsrsrs

Juventude diz:
Ok, Elas começariam a desabrochar às 18 horas do dia e a meia noite elas estariam completamente desabrochada (seria o espetáculo mais lindo da natureza), e neste momento elas começariam a perder suas pétalas, com a última pétala caindo às 6 horas da manhã, ou seria madrugada, rsrsrs, brincadeira, rsrsrs. Seria isso, mas, uma coisa em relação às rosa, seja ela negra, vermelha, amarela ou outra cor, é muito interessante. Mesmo que ela não seja rosa será sempre rosa.

Gisley diz:
Que bom viajar assim... Só isso pra me livrar dessa rotina enfadonha!

Juventude diz:
Fiquei imaginando aqui o que isso provocaria na humanidade. Acho que isso dá uma costura: “A revolução da rosa negra”, rsrsrs. Mas, isso fica para outro diálogo. Até outro dia... Cuide-se e procure descansar um pouco, beber em boa companhia seria uma boa pedida, rsrsrs

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E assim, os cúmplices concluíram seu diálogo, ação indispensável na relação entre cúmplices. E para eles, sagrada.

Desde que tive esse diálogo com Gis, contemplo os jardins de forma diferente, os contemplo em busca de encontrar uma rosa negra, ainda espero um dia encontrar. E se alguém encontrar alguma por aí, não deixe de avisar, quero poder presentear a este ser que foi uma rosa negra em minha vida de tão rara pessoa que foi.

Beijos meu grande cúmplice, nossas viagens, é uma das coisas que mais sinto falta e me faz sentir esse frio em dias tão ensolarado, rsrsrs, sem contar os bares da vida...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um dia especial

Ontem iniciei minha noite de descanso com um clima seco e abafado, pela manhã, de hoje, o dia parecia não querer amanhecer, um dia levemente “fresco” (no sentido originário da palavra) rsrsrs, seria um convite a ficar mais na cama? Ou um “sinal” de que deveria descansar destes dias, meses, ano tão corrido que tenho vivido? Não sei! A vontade de ficar mais um pouco na cama foi imensa, mas, hoje, é um dia como os outros de uma semana, é um dia de trabalho, estudo, reuniões, etc. É mais um dia de correria! A diferença deste dia dos outros dias do ano é básica e revolucionária. (Explicarei adiante)

Ao chegar a meu trabalho, e ao acessar minha caixa de correio eletrônico, vi uma mensagem com título: “Feliz aniversário”. Abri a mensagem e ela iniciava exatamente com a seguinte frase: “Hoje é um dia especial”. Essa frase, talvez mais veloz que a luz, fez um passeio em minha mente, passeio que teve como resultado a seguinte indagação: Hoje é um dia especial? O que é um dia especial? Para quem é especial?

Olhei para os meus dias passados, para os meus anos vividos e vi que todos os meus dias foram especiais. Não preciso que chegue o dia em que completo mais um ciclo de vida para dizer: hoje é um dia especial. Mas, a diferença básica e revolucionária que traz o dia do aniversário, pode explicar o motivo pelo qual esse dia é intitulado de especial.

Ao pensar sobre a especialidade do dia de nosso aniversário, fiz, de fato, uma viagem mental. O dia do aniversário é especial a primeira vista por ser o dia em que se completa mais um ciclo na vida de alguém, contudo, não são todos os ciclos de vida que são especiais, existem “vidas” que não gozam de elementos em seu dia-a-dia que tornaria o dia do aniversário especial. Mas, mesmo o dia de aniversário não especial para o aniversariante, será especial para aqueles que se relacionam com quem está aniversariando, os amigos.

Isso me leva a crer que seja esse o maior motivo pelo qual se intitula o dia de aniversário como especial, ter a presença de quem aniversaria junto de nós. A presença aqui toma o sentido de existência. O simples e notável fato de existir – seja aqui tão próximo que possamos tocar o outro ou distante ao ponto de só podermos manter contato pelas ferramentas que aproximam vidas, os meios virtuais, cartas, telefone ou mesmo a ciência de que outro esteja lá – já nos faz declarar o dia do aniversário como especial.

Outra dimensão que faz ver o dia de aniversário como especial está vinculada a revisão que devemos fazer a cada ano completado, seja de estudos, relacionamentos afetivos, dentre tantos outros. Mas, sobretudo, de nosso projeto pessoal de vida, bem como, as projeções que faremos para o ano que chega. Esta dimensão me levou a pensar ao que chamaria de o grande aniversário, que todos nós comemoramos: a festa de ano novo.

A “festa de ano novo” é um dia especial, é o dia em comemoramos o fechamento de um ciclo e início de outro na história da humanidade. Essa é a diferença básica e revolucionaria do dia do aniversário dos demais dias do ano, neste dia nós celebramos um ano que se passa e um novo ano que se inicia. Esta é a nossa festa de ano novo!

Celebrar a chegada de um novo ano nos possibilita olhar para o ano passado, ver tudo o que passamos: tristezas e alegrias, derrotas e vitórias, “sanidades e loucuras”, conquistas, choros e risadas, amigos reconhecidos e amigos que se vão, um amor intenso, um sofrimento louco e satisfações infindáveis, um amor pela vida inesgotável e dizer mais um ano se passou, mais um ano vivido e/ou menos um ano para se viver. E, com esse olhar, poderemos projetar um ano novo cheio de boas realizações. A possibilidade de um próximo ano melhor torna o dia do aniversário especial até para quem não gozou de um bom ano. O dia de nossa festa de ano novo, o nosso aniversário é, assim, um dia de esperança, um dia especial!

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Estas palavras foram costuradas por ocasião do meu 27º aniversário, um ano recheado de dias especiais, e esse dia então...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Jogando com frases prontas e respostas inesperadas


Costumo escrever frases que acredito que chamarão atenção de quem se deparar com elas. São resumos de muitas emoções, experiências, acúmulos dos nossos encontros e desencontros, sonhos, projetos, desejos. Carregam muitas vidas em si, por isso prendem ou chamam atenção. E, isso, também, me faz tomar o cuidado que tenho com cada frase criada. Esses pequenos resumos de experiências de vidas são frágeis e eu temo perde-los nos acúmulos de meus complexos refluxos mentais. Por isso, eu anoto cada frase em meu pequeno caderno de anotações ou em algum lugar possível de escrever, caso esteja desprovido de material de anotação adequado. Minha carteira de trabalho já escapou algumas vezes de se tornar mais um instrumento de escrita de minhas frases, meus versos simples, mas vindo do âmago das experiências da alma.

As frases surgem e devem ser cuidadosamente guardadas, registradas, para que depois ganhem um lugar de destaque, elas não pertencem a mim, sou apenas instrumento que as possibilitam chegarem ao conhecimento de muitos, por isso, as coloco na chamada do MSN, Orkut, Twitter. Talvez se tornem, após uma cuidadosa costura, textos mais amplos, complexos, como: artigos, poemas, crônicas, romances que possam ser expostas em sites, blogs ou em um belo livro, de capa dura, com o título escritos em letras douradas ou, caso continuem frases, ganhem destaque em cartões ou mesmo um pára-choque de caminhão.

Os fins das frases podem ser os mais diversos. Eu costumo recorrer a elas nas costuras de meus textos, mas, dia ou outro, costumo postar algumas em meu Twitter, MSN, Orkut e agora, mas recentemente no FECEBOOK. Gosto de perceber a reação dos meus amigos virtuais ao se depararem com minhas frases. As reações são as mais diversas e isso é gostoso de viver. Mas, às vezes, sou pego por uma charada utilizando frases que eu mesmo criei. Gosto de trocadilhos, de jogos de palavras, de metáforas, mas, tenho sido vítima de minhas frases. Como costumo postar minhas frases em meus espaços de comunicação virtual, meus contatos as tem utilizados para manterem contatos comigo e darem início aos diálogos que costumamos desenvolver nestes espaços.

Talvez minha distração tenha possibilitado cair nas armadilhas que eu mesmo tenho ajudado a construir, mas como eu sou um de seus criadores tenho me saído bem delas. Afinal, se as frases são minhas, devo eu ter desenvolvimento/saída para as charadas criadas com elas. Mas, ando tão distraído que já não atendo quando ouço chamar meu nome. Outro dia mesmo acordei de um sonho sem mesmo ter dormido. Talvez, estar em órbita tenha me colocado nesta situação tão desprivilegiada para mim, ao me deixar desarmado diante das piadas que sempre antecipei as respostas a elas, o que geralmente surpreende quem se aproxima de mim.

Imagine que outro dia eu estava conversando com uma amiga pelo MSN e sem que eu percebesse entramos em um jogo de palavras, uma espécie de jogo de conquista. Ela se aproveitou do momento em que escrevi para ela uma sincera frase em que expressei sua singularidade em minha vida, creio que tenha dito algo do tipo que sua presença em minha vida era como o sentido da luz do luar nas noites dos amantes. Ela de imediato disse: “frase pronta” e me devolveu o diálogo com uma frase que estava na chamada do meu MSN, “queria apenas uma companhia que me desejasse!” Não percebei que neste memento o jogo tinha começado, então apenas respondi com um sorriso (rsrsrs), foi quando percebi que tinha perdido o jogo, eu não dei seqüência ao jogo de palavras, neste caso de frases. Então ela disse: “perdeu” e completou ao dizer o que poderia ser minha resposta, tentei recuperar o jogo ao dizer uma frase justificando meu riso, mas, não se recupera a quebra do jogo de frases prontas. Mesmo sabendo que não se recupere um jogo com frases prontas, quando se cala na sua vez de falar, minha reposta foi tão inesperada que ela se rendeu a minha virada de jogo.

Você deve pensar que sou louco em participar de coisas desse tipo. Ou, dizer que isso pode ser coisa de quem não tenha algo importante para fazer na vida. Tenho muitas coisas e creio que a mais importante é fazer aqueles que se aproximam de mim, felizes. E são essas pessoas e o contato/relação com elas que eu enveredo na criação de inúmeras frases, cada uma com sua beleza singular. Elas carregam em si, os resumos das inúmeras relações que estabeleço. Enfim, tenho inúmeras frases prontas e gosto muito de elaborá-las, ainda mais quando estou diante de fatos e pessoas que me inspiram. Acredito até que poderia ganhar um trocado criando frases para pára-choque de caminhão. Descobri uma coisa, neste meu processo criativo de frases: “Pior do que escrever a alguém e não receber resposta é esperar resposta do que nunca se pronunciou”.

PS.: Ao costurar sobre frases prontas, não poderia terminar a costura de forma diferente, se não, com uma das minhas inúmeras frases que guardo com tanto zelo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Homem não chora?

(Pensei muito qual título daria para essa costura, foram muitas as possibilidades, entre elas estavam ''um manifesto masculino", "homens também amam", "somos homens não somos monstros", "o sexo frágil", "homens também choram" e achei que esse me agradou mais, pois lembrei de uma fala de uma amiga, essa semana, quando eu lhe disse que estava chorando, ela disse: "deixa eu adivinhar, é mulher, só pode ser, você é todo assim com essas coisas do coração!". Enfim, devo alertar que a costura é um pouco longa, mas é sincera.)

Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? Essa pergunta já assombra a mente humana de homens e mulheres, não por se achar que uma coisa seja melhor que a outra. Ou que uma seja mais importante que a outra. Pelo menos não é assim que eu vejo. Sei que tal pergunta já mereceu até um livro, que até hoje, não li, mas conheço muitas pessoas que já leram e dizem que é muito bom, engraçado, que diz muita coisa que acontece mesmo e tal. Mas, me pergunto, quando é que essa pergunta de fato importa? Pois, se chegamos, em nossa relação, ao ponto a abrir a boca para nos perguntarmos isso ou, para piorar, fazermos tal pergunta para nossos cúmplices, acredito que estamos prestes a ver o começo do fim do que um dia fora um sonho e que mesmo diante das mais variadas respostas, nenhuma delas restaurará uma relação que com toda certeza já está mais que fragilizada e que já não nos deixa felizes.

Quantas vezes já escutamos: todos os homens não prestam; as mulheres só pensam em dinheiro; os homens só pensam em sexo; as mulheres são histéricas; os homens são insensíveis; os homens são grossos; as mulheres são ciumentas demais. Mas, quando é que vemos uma mulher ou um homem falando mal um do outro? Estamos cansados de saber que homens e mulheres são diferentes e é apenas isso, nada de um ser melhor que o outro, ambos dispõe de habilidades, dons, especificidades, defeitos e qualidades que podem ou não agradar seus parceiros e parceiras, e que só saberemos se agradarão somente após convivermos.

Se você já se pegou fazendo isso ou presenciou alguém deve saber que algo aconteceu. E a melhor coisa a se fazer é pensar bem sobre o que dizer, se é que devemos dizer alguma coisa. Só acredito que não podemos colocar todo mundo no mesmo saco, não podemos generalizar. Afinal, aquela pessoa já foi para nós a melhor pessoa do mundo e até seus “defeitos” já nos fizeram rir um dia, mas, hoje, pela rotina, conhecimento e outros elementos únicos daquela relação única, pois, só somos o que somos na relação que estabelecemos, não suportamos mais. Mas, não é por isso que devemos sair por aí gritando aos quatro ventos que os homens ou mulheres não prestam e muito menos dizer que nunca mais vamos nos envolver em outro relacionamento ou dizer que amor não existe.

Somos contraditórios e em nossas relações isso não será diferente. Imagine! Se de fato nos incomodam essas coisas tidas como típicas do homem ou da mulher, o que explica as piadas que costumamos ouvir quando um homem é sensível demais ou uma mulher é durona? O que explica fazemos piadas com aquilo que sempre desejamos que nosso parceiro/a tenha e que por não ter nos leva a rever nossa relação ou nos faz não vê-lo/a mais como o homem ou a mulher de nossa vida.

Talvez seja nossa busca por nós mesmos e quando nos deparamos conosco não damos conta do que vemos e depositamos no outro tudo aquilo que não suportamos em nós, é muito mais fácil isso do que admitirmos que nós não somos como achamos que somos. A convivência com o outro desperta em nós o nosso verdadeiro eu e o outro que é causa da evidência do que somos, se torna, nesse momento, algo repulsivo e que é melhor ver longe. Mas, essa busca incessante por nós mesmos e que não queremos encontrar é conversa para outra costura, vamos continuar nos problemas que envolvem nossas relações afetivas.

Não venham com essa história de que homens só querem ou só pensam em sexo, que superioridade é essa? Que posse é essa das mulheres sobre o amor? Os homens também amam. E sabe essa história de que homens fazem sexo e mulheres fazem amor? Sem essa, todos fazemos sexo, homens e mulheres fazem sexo, e não adianta dizermos que fazemos amor quando na verdade nós fazemos sexo, nós trepamos, temos relações sexuais, pois, amor não se faz, amor se vive. Então não tememos em dizer que fazemos sexo e que isso nos dá prazer, que isso nos faz bem.

Outra coisa que precisa ser dito é que homens também vão para a cama porque gostam da mulher com quem estão, ir para a cama não é apenas sinônimo de alívio de tensão, mas é desejo por quem está conosco, nos faz bem e amamos. Mais uma coisa, é bom fazer sexo e depois dormir, tanto para o homem, quanto para a mulher, temos tanto tempo para conversarmos, então vamos aproveitar o momento e dormirmos bem juntinhos aproveitando este belo momento de entrega. E as preliminares? É algo maravilhoso. Mas, fazer o quê? Se existe quem não goste! No mínimo devemos procurar mais um pouco, pois, tenho absoluta certeza que vamos encontrar.

Não são todos os homens que buscam várias mulheres, existem homens que amarão uma única mulher, para quem farão eternas juras de amor, poemas e desejarão que ela nunca o deixe. É, nós assumimos que somos deixados, que choramos quando terminamos. Isso mesmo, os homens também choram, ficamos mal e sem essa de que somos o sexo forte, também somos frágeis, e, se ser sensível é “coisa de mulher”, existem mais homens femininos do que você pode imaginar, .

Isso tudo não é para me retratar ou é um pedido de desculpas, por algo que eu tenha cometido, mas estou cansado de ser jogado no mesmo balaio de todos os homens, cada ser é único e não podemos dizer que todo homem é igual, pois eu não sou, nem por isso sou melhor. Fui muitas vezes machucado nos relacionamentos que me envolvi, e diga-se que entro de corpo e alma em cada relação, e não foi por isso que julguei ou desistir de viver ao lado de um novo amor. Não deixemos que uma desilusão amorosa tire nosso belo olhar para a vida ou percamos as esperanças de vivermos felizes ao lado de outro alguém que nos tire o fôlego.

Sempre é possível sonharmos com tudo isso e acreditar no amor, independente da dor ou decepção que tenhamos sofrido. É certo que muitas vezes os homens não têm coragem de dizer o que sentem, mas muitas vezes dizemos, talvez, ainda temos dificuldades em saber como lidar com esses sentimentos, mas, dizemos muito, ao nosso jeito, sem domínio, sem saber como dizer que amamos ou como demonstrar o que sentimos, afinal, são séculos de dureza, de uma vida na qual “homem não chora”, “homem é sexo forte e não é sensível”, contudo, não podemos usar isso para permanecer na mesma: sem amor, sentimentos, sem sensibilidade. Sempre fomos tidos como os mais fortes, corajosos, mas não somos, temos medo, somos bem frágeis e quando ninguém está vendo, também choramos.

E se me permitem, quero pedir que nunca mais digam que os homens só pensam em sexo, pois, pode ser que tenha mesmo quem só veja isso, mas, já temos muitos que vêem além disso. Nós, também, acreditamos no amor e amamos com muita intensidade.

Acho que fui prolixo, mas, eu precisava dizer essas coisas, só espero não ter agredido ninguém ou não ter sido explícito no que eu quis dizer.

domingo, 2 de maio de 2010

Uma perseguição que me fez abrir o coração

Costura em fase de decisão de postagem. Como esta costura me expõe e expõe outras pessoas estou ainda meditando sobre a possibilidade de postá-la aqui. Mas, mesmo que eu não poste essa costura na íntegra, ela será exposta aqui, pois, já chegou o momento de falar abertamente sobre mim neste espaço que é, também, de partilha de vida...

Atenciosamente, um pescador que ousa costurar palavras...

Paz e Vida Longa!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Entre ecos de vazios preenchidos

Hoje, acordei antes que o sol ameaçasse despertar, a brisa fria soprava suave e denunciava o vazio em minha cama. O vazio de uma companhia amiga, que fizesse com que as noites não parecessem tão mais longas do que o habitual. A cama com aquele vazio não parecia mais tão aconchegante como sempre foi e estava maior do que nunca.
Logo eu, que sempre dormir mais que a cama, não agüentava mais estar ali, não com aquele vazio. Levantei daquela cama antes que me perdesse no vazio em que me encontrava, então me dirigir até a janela de onde é possível ver o sol nascer, a cidade ainda dormia e todo aquele vazio parecia preencher toda minha existência.
Sentir-me sufocado e a cidade ali, inerte ao que acontecia comigo. Eu e meu vazio, o mundo e sua inércia, então pela primeira vez naquela manhã que insistia em não nascer resmunguei algumas palavras e por frações de segundos o vazio que estava protegido por um silêncio incessante foi quebrado por meu sussurro.
Então não suportando mais aquele vazio, aquela inércia, aquele silêncio, como um ato desesperado de liberdade, eu gritei: queria apenas uma companhia que me desejasse! Um eco em resposta disse, “queria apenas uma companhia que me desejasse!” Surpreendido com minha disposição, apenas ri. Fiquei sem saber o que dizer.
E o eco disse: “não é para rir!” E continuou: “perceba o que está por trás dos ditos e não ditos, muitas chances são únicas, elas passam e não voltam mais, por isso, atenção, leia as entrelinhas!”. Reiterou e me disse: “ao ouvir minha resposta você podia responder que eu poderia ser essa companhia se eu quisesse!”
Mais uma vez me vi sem voz diante ao eco que insistia em questionar meu grito e gritei novamente: se me visse entenderia que tua presença é mais que desejada! E recuperando o fôlego expliquei-me: meu riso solto é quando não sei o que dizer diante daquilo que me alegra a alma, encanta os olhos e acalenta o coração!
O eco parecia estar testando minha nobre paciência, tentando me pregar uma peça ao responder meu grito em vez de apenas repeti-lo, parecia estar certificando se eu queria de fato que meu grito ecoasse por aí, e alcançasse seu destino na mesma intensidade em que ele saíra de dentro de mim.
Aquele eco tinha algo diferente, mais uma vez, não repetiu meu grito, e dessa vez não me orientou ou me ajudou a perceber o que estar por trás daquilo que eu digo, do que eu sinto e, dessa vez ao me indagar parecia querer arrancar de mim o que eu não conseguia ver e disse: "por que eu precisaria ver? Você não sabe se expressar de outro jeito?"
Aquelas palavras ecoaram em mim, invadiram meu ser, então entendi. E, não consegui prender em mim aquele entendimento, juntei todas as forças que restavam em mim e gritei silenciosamente: há beleza nos gestos simples, eles marcam muito mais as lembranças do que sempre virá à tona na memória dos nossos eternos momentos felizes.
E o eco das minhas palavras que ecoavam dentro de mim e me fez entender, levou-me a perceber que eu deveria ir ao encontro da companhia que me desejasse e, em vez de gritar, levar pessoalmente minhas palavras e sussurrar ao seu ouvido meus gritos de amor e deixar que seu eco fosse interior.
E realizado sorrir ao perceber seu lindo sorriso ao ficar sem palavras ao me ouvir sussurrar ao seu ouvido minhas juras de amor. A cidade não estava mais inerte, o silêncio já não me incomodava mais, o mundo ganhou mais cor e a vida ganhou mais sentido e meu vazio foi preenchido. E minha cama... Isso é outra história.
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