O ser humano é um ser social, necessita de relacionar-se com os demais para se constituir como pessoa. No decorrer da vida e a partir de suas experiências pessoais e em grupo constrói seu sistema de valores e significados constituindo assim, sua identidade. Os jovens que não têm a oportunidade de viver essas experiências importantes para sua formação, acabam por se tornarem pessoas inseguras e se deixam facilmente levar pelos apelos dos meios de comunicação. Por isso, muitos têm dificuldade de dizer não, de assumir compromissos ou posicionar-se criticamente diante da sociedade.
A sociedade vem impondo aos jovens inúmeros desafios. A globalização, o individualismo, a avalanche de informações, a falta de oportunidades, entre outros, faz com que o jovem muitas vezes se sinta sem referência. É aqui que encontramos a necessidade de um espaço onde o jovem possa dar sentido à sua vida. O grupo é um lugar privilegiado para conhecer sobre si, sobre o outro e sobre a sociedade.
Quase tudo que fazemos, seja na Igreja, na comunidade ou em qualquer ambiente, fazemos em grupo. Percebemos que os jovens buscam a formação ou reafirmação em diferentes grupos – skatista, roqueiro, punk, hip-hop, religioso, etc – com os quais se identificam e partilham objetivos comuns.
Nos referindo aos grupos de jovens ligados às pastorais da Igreja Estes tem uma característica diferente: tem como objetivo central a evangelização de outros jovens na perspectiva da formação integral e do protagonismo juvenil. O grupo segue, de maneira jovem, as orientações da Igreja Católica a partir de suas diretrizes. Assim, o entendemos enquanto um grupo Pastoral.
Podemos destacar três aspectos importantes da vivência grupal:
Proporciona situações onde aprendemos a buscar, juntos, uma solução para os problemas que surgem. Possibilita o crescimento em grupo e em comunidade. Isso pressupõe interesse de todos por problemas e temas comuns. À medida que todos participam, o grupo cresce. Promove espaço de diálogo, no qual todos participam com igualdade, cada um dentro de suas possibilidades e conhecimentos.
Pensando assim, fica fácil compreender, porém não podemos nos esquecer de que a participação no grupo é um processo contínuo de aprendizagem. O grupo de jovens é um espaço para se aprender a sair de um pensamento individual para ações coletivas.
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Costura publicada no Jornal de Opinião Edição nº 939
Co-autora: Ana Clésia Alcântara (Psicóloga)
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